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Inter de Milão e Liga Europa: último título viu o melhor Ronaldo

Ronaldo chegou à Inter de Milão em 1997 como melhor jogador do mundo, transferência mais cara da história e, claro, grande personagem do futebol no planeta. E foi na final da Copa da UEFA daquela temporada de estreia, há 22 anos, que ele cumpria a expectativa da torcida e do clube italiano.

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Desde então, a Inter havia alcançado só mais uma final europeia, a da Champions League de 2010, quando venceu o Bayern. Na Liga Europa, que voltará a decidir na sexta-feira, contra o Sevilla, a última lembrança remete ao time que consolidou o atacante brasileiro e seu apelido marcante na Itália: Fenômeno.

Ronaldo foi contratado junto ao Barcelona após brilhar no clube catalão e também na Copa América de 1997. Ele não demorou para engrenar com a camisa do novo clube, e terminaria seu primeiro Campeonato Italiano com 25 gols em 32 jogos. Mas o final acabou sendo muito frustrante.

Faltando quatro rodadas para o término da Série A, a Inter visitou a Juventus com um ponto atrás do rival na classificação. Ronaldo estava voando, vinha de seis gols nos últimos 20 dias, e saiu de campo como protagonista de um lance controverso.

A Juve vencia por 1 a 0 quando o Fenômeno driblou o zagueiro Iuliano e, no contato, caiu pedindo pênalti. O árbitro mandou seguir, e na sequência da jogada foi Del Piero, do outro lado, que sofreu uma penalidade. O goleiro Pagliuca ainda defendeu a cobrança, mas a Juventus segurou o 1 a 0 e o resultado é sinônimo de revolta até hoje para os torcedores da Internazionale, vice-campeã daquele ano.

Mas o time precisou retomar a confiança rapidamente. Dez dias depois era a final da Copa da UEFA (nome antigo da Liga Europa), a primeira em jogo único e campo neutro, colocando Inter e Lazio para medirem forças em Paris. E Ronaldo fez seu jogo mais marcante com a camisa da Inter.

Ele já tinha decidido a semifinal contra o Spartak, marcando dois gols na vitória em Moscou. E na decisão esbanjou sua grande forma, saindo da área para puxar arrancadas, construir tabelas e chegar na frente para finalizar como poucos de sua geração.

Ronaldo - Inter MilanGetty ImagesFoto: Getty Images

A Inter abriu o placar logo cedo, com Zamorano, e ampliou no segundo tempo com Zanetti. Aí vieram dois lances exaustivamente repetidos quando se revisita a carreira do Fenômeno: o terceiro gol, quando recebeu lançamento e gingou ao seu estilo para deixar o goleiro no chão, dribá-lo e fazer o terceiro; e um elástico na lateral esquerda num momento do jogo em que ele sobrava em campo, física e tecnicamente. Além de campeão com uma vitória por 3 a 0, o brasileiro foi eleito o melhor em campo.

Para muitos, aquela foi a fase mais impressionante do atacante, ainda anterior à série de lesões que lhe acompanhariam durante a carreira. Para se ter uma ideia, naquele primeiro semestre de 1998 ele foi titular em todos os 28 jogos da Inter. Só em três foi substituído, e bem nos minutos finais dos jogos. 

Apesar da capacidade técnica inegável, nunca mais Ronaldo pareceu tão inteiro como naqueles meses, quando tinha 21 para 22 anos. Em 1998-99 ele começou a conviver com mais problemas médicos, e em 2000 já havia jogado pouco quando veio a grande lesão de sua carreira, contra a mesma Lazio.

Claro, depois Ronaldo ainda ressurgiu para ter um mês incrível com a seleção brasileira e vencer a Copa do Mundo de 2002. Mais tarde, no Real Madrid, até teve grandes momentos, mas levou só um Campeonato Espanhol, e apesar de grandes atuações e muitos gols não era mais o Fenômeno da Inter. Já no final de carreira, no Corinthians, também teve jornadas impressionantes, ganhando Paulista e Copa do Brasil, mas claro, já em outro patamar de competitividade.

A Inter de Milão, tricampeã da Champions League, tem também três títulos da Liga Europa, todos ainda nos tempos em que a competição se chamava Copa da UEFA. Agora, 22 anos depois, vai em busca da quarta taça, contra o Sevilla, esperando que Lautaro Martínez e Romelu Lukaku tenham em Colônia uma jornada digna de Ronaldo em Paris naquele verão de 1998.

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