A LaLiga acaba de fechar o acordo econômico mais importante de sua história. De acordo com a Associação Patronal, o fundo de investimento CVC (Capital Partners) vai injetar na competição 2,7 milhões de euros nos próximos dias.
Verba que irá diretamente para as contas dos clubes da primeira e segunda divisão do futebol masculino, da primeira divisão do futebol feminino, do futebol semiprofissional e não profissional e para o Conselho Superior de Esportes.
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Esta ajuda vai acabar, com os problemas econômicos dos times, que vão receber nesta temporada essa verba importantes para contratações, segundo os critérios que a LaLiga ainda vai estabelecer.
Em uma entrevista para a Goal, a especialista em finanças, Marc Ciria, disse que: "90% desses 2,7 milhões cairão para os clubes na forma de um empréstimo," Ou seja, não é um fundo perdido, mas sim um empréstimo seguro que a LaLiga e a empresa vão criar para os clubes, que terão que devolver a longo prazo.
Ciria detalha que o dinheiro será distribuído da seguinte forma: “70% para fazer frente aos investimentos em infraestrutura, 15% para refinanciar a dívida e 15% para aumentar o limite salarial.”
Getty Images(Foto: Getty Images)
Os critérios de distribuição serão baseados na distribuição atual dos direitos de televisão. Desta forma, o Barcelona receberá cerca de 280 milhões de euros, dos quais cerca de 42 milhões serão destinados ao aumento do limite salarial para poder registrar as novas contratações da temporada e Lionel Messi, que aguarda o momento certo para fechar o acordo de sua renovação.
Além disso, o presidente do Barcelona, Joan Laporta já adiantou que o clube ainda espera poder contratar mais alguns jogadores durante este mercado. Para o Real Madrid, haverá números semelhantes que ajudarão o time em novas contratações e para devolver parte do financiamento do novo Santiago Bernabéu.
Com esse ajuda atípica, os limites salariais dos clubes serão aumentados automaticamente. Os clubes profissionais terão superado, desta forma, seu principal obstáculo depois de uma pandemia que os deixou com uma clara redução de receitas e de despesas elevadas.
O acordo da Laliga com a CVC também é um golpe para a criação da Superliga: "Tebas (Javier Tebas, presidente da LaLiga) tem sido inteligente e tem procurado uma maneira de levantar uma receita econômica significativa para que grandes clubes tenham menos incentivos para iniciar uma Superliga Europeia", disse o especialista em marketing esportivo, Xavier Ginesta.
“Este acordo está claramente associado a uma vontade de injetar dinheiro nos clubes para melhorar o equilíbrio competitivo do campeonato para se aproximar da Premier League.”
Além disso, diz Ginesta, “O CVC é um dos grandes concorrentes do JP Morgan, o fundo que financia a Superliga”. Segundo Marc Ciria, especialista em finanças, o Tebas cumpre 3 objetivos: “ganhar credibilidade, dar oxigênio à LaLiga e permitir que o Messi seja anunciado quando o empréstimo for recebido.”
A CVC ainda terá uma participação de 10% na empresa recém-criada que a LaLiga vai liderar. A Associação Patronal explicou que a principal intenção do acordo, para além de ajudar os clubes a crescer, é ter a capacidade de liderar a transformação do futebol.
