O Flamengo perdeu o lateral direito Rafinha para o Olympiakos, da Grécia, e terá de buscar um substituto no mercado para uma posição que parecia resolvida após anos complicados. O que poucos sabem, porém, é que o Rubro-Negro chegou a sondar Fagner, do Corinthians, antes de acertar com o ex-defensor do Bayern de Munique.
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O contato se deu em janeiro de 2019, quando tanto Flamengo quanto Corinthians estavam de férias. Ciente de que a lateral era uma posição complicada, a diretoria rubro-negra viu em Fagner, vindo de uma Copa do Mundo como titular da seleção brasileira, uma rara unanimidade para o setor.
"Fiquei sabendo dessa sondagem, sim", disse o próprio corintiano quando o contato já havia sido descartado. Os problemas para que as tratativas avançassem passavam primeiro pela necessidade de investimento para trazer o jogador, que havia renovado contrato com o Timão e estava cotado em 5 milhões de euros (cerca de R$ 21 milhões, à época) e pela falta de vontade da diretoria alvinegra em fazer negócio.
Considerado um patrimônio do clube do Parque São Jorge, o lateral também já disse seguidas vezes que não tem interesse em deixar o Corinthians em breve. Ele ganha o teto salarial do clube, assim como o goleiro Cássio, o zagueiro Gil e o meia Luan, e dificilmente receberia o mesmo valor em outro lugar.
Com essa porta fechada, o Flamengo viu em Rafinha a chance de ouro de resolver o setor: um jogador experiente, que chegaria de graça e não teria problemas de adaptação ao sistema de trabalho de um técnico europeu, como Jorge Jesus. O casamento, como se sabe, deu muito certo: títulos no Campeonato Carioca, Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores em um só ano.
O Mengão agora analisa o mercado para saber como suprir essa saída, inesperada pela diretoria. A janela de transferências internacional só abre em outubro, quando a Libertadores já terá sido retomada e o Brasileiro estará finalizando o seu primeiro turno, o que indica que o auxílio emergencial virá do território nacional.
Uma nova investida do Flamengo sobre Fagner é improvável, porém. O clube não está disposto a fazer uma proposta de valores "irrecusáveis" e não há muita receptividade com a ideia de mudança por parte do próprio atleta, bem adaptado à vida em São Paulo.
Pesa também uma rejeição que a torcida flamenguista tem com o nome do corintiano por causa de um lance envolvendo o meia Éderson, em 2016. Na ocasião, Fagner fez falta dura e não marcada pelo árbitro Héber Roberto Lopes. O atleta rubro-negro, que atuou por mais meia hora, acabou substituído no segundo tempo e entrou em um ciclo de lesões até se aposentar.




