A pandemia do coronavírus segue causando efeitos no futebol brasileiro e, diante deste cenário, o Flamengo acelera a discussão sobre o corte salarial de seus funcionários. O Rubro-Negro se movimentou para voltar as atividades no dia 30 de abril e tentar retomar o Campeonato Carioca até meados de maio - mas, ainda sem uma resposta nesse sentido, o clube já vê como muito difícil essa possibilidade.
Na última quinta-feira (23), o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, manteve o discurso de isolamento social sem prazos para começar a ser flexibilizado. Ele também se mostrou contra o retorno dos treinos e dos jogos de futebol no próximo mês, posição semelhante a adotada pelo prefeito carioca, Marcelo Crivella. Sendo assim, o clube debate as medidas que serão adotas sobre o corte de 25% no salário dos funcionários do futebol e de todas as outras áreas. Num primeiro momento, a intenção é poupar quem recebe abaixo de R$ 4 mil mensais.
De mãos atadas, o presidente Rodolfo Landim vê incertezas com as receitas de TV e patrocínio, e também discute a aplicação da MP-936, com redução da jornada de trabalho e corte dos vencimentos dos funcionários em carteira por três meses, com o Governo Federal arcando com parte do salário baseado no seguro desemprego. Desta forma, o clube evitaria demissões nesse período.
Finalizando os ajustes das medidas, a diretoria deve se pronunciar até a próxima semana, quando chega ao fim as férias coletivas adotada pelo clube. Os cortes devem passar a valer a partir de maio, logo, os vencimentos de abril, que serão depositados até o dia 5 do próximo mês serão feitos de forma integral.
Na semana passada, o Flamengo pegou um empréstimo pré-aprovado avaliado em torno dos R$ 40 milhões, explicando que fez isso para manter o fluxo de caixa. Vale ressaltar que, desde o início da pandemia, o clube perdeu o patrocínio do Azeite Royal e não recebeu a primeira parcela anual da Adidas. Além disso, já escuta de outros patrocinadores o pedido para esticar os prazos de pagamentos.


