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Marcelo Crivella 08 02 2019Getty Images

Marcelo Crivella, prefeito do Rio, não quer volta do futebol em maio

Na última segunda-feira (13), médicos de vários clubes do futebol carioca se reuniram para discutir os protocolos a serem adotados no momento em que o Campeonato Estadual retornar. A ideia inicial era de que a bola voltasse a rolar no Rio de Janeiro pelo menos até o dia 15 de maio. No entanto, a Goal apurou que o prefeito da cidade, Marcelo Crivella, não quer nem ouvir falar sobre este assunto nem cogita tal prazo. 

Os clubes do Rio chegaram a um acordo e decidiram que o Carioca será finalizado dentro de campo. Há quem acredite que apenas duas semanas sejam suficientes para encerrar a competição. O Flamengo, por exemplo, deseja finalizar o torneio e deixar as demais datas livres para o Campeonato Brasileiro e Copa Libertadores, mesmo que essas competições sejam iniciadas apenas em junho/julho. 

O Rubro-Negro, inclusive, se espelhou no Bayern de Munique, que voltou os treinos na Alemanha, na última semana. Cerca de 600 kits de testes contra o covid-19 foram encomendados, além de uma cartilha especial voltada para a prevenção dos jogadores no retorno aos treinos.

Willian Arão em treino do FlamengoAlexandre Vidal / Flamengo
(Foto: Alexandre Vidal / Flamengo / Divulgação)

A iniciativa do Flamengo foi elogiada, mas ao mesmo tempo chegou-se à conclusão de que nem todos os times do Rio têm condições de agir da mesma forma e oferecer a mesma segurança aos seus jogadores. Além disso, o prefeito Marcelo Crivella não quer ver o retorno do futebol tão cedo na cidade. Na última segunda, Crivella, em entrevista coletiva, afirmou que as medidas restritivas para conter a disseminação do coronavírus serão mantidas e não há data prevista para acabar. 

"Nesta reunião foram debatidas todas as medidas de isolamento social tomadas pela prefeitura e a conclusão foi de que devem ser mantidas. Nesse momento, elas não poderão ser diminuídas. Além disso, foram ratificadas as recomendações de melhorar a performance de internação de idosos nos hotéis (apenas 50 das mil vagas foram preenchidas) e aprimorar o enfrentamento às aglomerações nas estações e no interior dos transportes públicos", disse o prefeito. 

O mesmo vale para o futebol. Mesmo com a intenção dos clubes de que, inicialmente, os jogos sejam realizados sem público, Crivella não vê necessidade de voltar o futebol em maio. Um dos epicentros da doença, a cidade do Rio de Janeiro ainda espera uma aceleração dos casos nas próximas semanas e quer focar todos os esforços no combate à doença. 

No último final de semana, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que os meses de maio e junho serão os mais duros para o Brasil na luta contra a covid-19. E é com esta conta que a prefeitura do Rio tem trabalhado. Os especialistas que auxiliam Crivella projetam que será necessário pelo menos mais dois meses e meio para que as coisas comecem a voltar ao normal. 

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