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Firmino Liverpool Barcelona Champions League 02 05 2019Getty Images

Fez falta! Por que Firmino poderia mudar a sorte do Liverpool contra o Barcelona

O Liverpool tentou até o último momento ver se Roberto Firmino estaria em condições de disputar o primeiro jogo da semifinal da Champions League, quarta-feira (01), contra o Barcelona. Dias antes, o brasileiro teve que ser substituído durante a vitória sobre o Huddersfield, pelo Campeonato Inglês, por causa de um problema na virilha. No final das contas, ficou no banco de reservas e entrou em campo pouco antes da magnífica falta cobrada por Messi, que garantiu os 3 a 0 e a enorme vantagem para os catalães avançarem à final.

Antes da bola rolar, Jürgen Klopp surpreendeu ao escalar Georginio Wijnaldum para a vaga do brasileiro, algo que jamais havia acontecido nas nove vezes em que Firmino não começou como titular nesta temporada. Daniel Sturridge (que sequer esteve no banco no Camp Nou) foi opção cinco vezes, e o belga Origi foi escalado em outras três ocasiões – atuando pela esquerda de ataque, empurrando Sadio Mané para uma posição mais centralizada. Ou seja, o treinador alemão surpreendeu ao arriscar tal opção em partida tão importante.

A escolha, em teoria, é até justificável: fora de casa, contra o poderoso Barcelona, Wijnaldum daria mais força ao meio de campo. Do outro lado, Ernesto Valverde pensou parecido ao deixar Arthur no banco e optar por uma peça mais física e combativa, como Arturo Vidal. Como manteve o seu 4-3-3, embora Wijnaldum tenha recuado algumas vezes, a tentativa aparente de Klopp poderia ser a de buscar manter os movimentos de Firmino, de atacar a área, armar e aparecer para finalizar, ao mesmo tempo em que Wijnaldum poderia ainda dar força combativa (algo importante em mata-matas fora de casa). Talvez tenha tentado “matar dois coelhos com uma só cajadada”. Não conseguiu.

Em volume de jogo, o desempenho do Liverpool demonstra que a aposta inédita de Klopp teve seus méritos. A partida estava disputada até que Jordi Alba teve olhar apurado para cruzar rasteiro e Luis Suárez abrir a contagem aos 26’ do primeiro tempo. Com o Barcelona em vantagem, os ingleses conseguiram dominar a peleja dentro do Camp Nou: tiveram mais posse de bola (52.4%) e arriscaram 15 finalizações no total. Em toda a temporada, os Reds jamais haviam perdido um jogo em que chegaram tantas vezes ao ataque.

Mas enfrentar um Barcelona com Lionel Messi em um novo esplendor requer algo a mais. Tem que ser decisivo, não se pode errar chances. E quando a equipe de Klopp não vacilou nas finalizações, o goleiro Ter Stegen apareceu para fazer pelo menos uma defesaça.

Georginio Wijnaldum FC Liverpool Champions LeagueGetty ImagesWijnaldum jamais havia sido escalado nesta temporada para o lugar de Firmino (Foto: Getty Images)

A ausência de Firmino se fez pesar especialmente neste ponto. Mesmo considerando Sadio Mané e Mohamed Salah, é o brasileiro quem possui o melhor aproveitamento de finalizações a gol na trinca de ataque. O camisa 9 acerta 61.4% de suas finalizações no alvo, especialmente quando está em condições melhores do que as desta quarta-feira (01). Considerando todos os atacantes dos Reds o melhor aproveitamento pertence a Origi (71.4%), que poderia ter sido opção inicial - jogando Mané para o centro. Precisando de um milagre para chegar à segunda final seguida de Champions League, o Liverpool falhou na hora de transformar a sua superioridade em gols.

Klopp arriscou com Wijnaldum no ataque e até elogiou, com certa justiça, o volume de jogo do seu time. O problema, também, foi ter faltado sorte. Pois o Liverpool perdeu mais vezes com Firmino do que sem ele e venceu quase em todas as ocasiões em que finalizou um mínimo de 15 bolas contra o adversário. O segundo gol anotado por Messi teve a sorte como protagonista, com o chute de Suárez saindo da trave direto para o argentino. O terceiro, uma obra da genialidade do camisa 10 barcelonista.

O Liverpool provavelmente não ganharia mesmo se Roberto Firmino estivesse em suas melhores condições dentro de campo, uma vez que o Barça protagoniza a sua maior série invicta como mandante na Champions League (chegou a 32 jogos). Mas é provável que os Reds conseguissem voltar para casa ao menos com um gol marcado... e isso faria toda a diferença.

E ainda pode fazer em Anfield, no próximo dia 7, terça-feira, quando os dois concorrentes mais fortes desta fase decidirem quem irá para a final em Madrid.

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