Com passagens por vários grandes clubes do futebol brasileiro, o executivo Rodrigo Caetano, um dos mais rodados do país, foi apresentado nesta sexta-feira (8), como novo diretor de futebol do Atlético-MG, substituindo Alexandre Mattos, que deixa o clube por atritos com o treinador Jorge Sampaoli e com o novo presidente, Sérgio Coelho.
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Muito bem cotado no mercado, chegou a ser sondado por clubes como São Paulo e Vasco nesta última janela, mas acabou acertando com o Galo.
Assim, fica o questionamento, já que o torcedor mineiro pode não conhecer o trabalho de Rodrigo Caetano: por onde ele já passou? Quais times montou? Quais foram seus melhores trabalhos?
A carreira de Rodrigo Caetano
Revelado pelo Grêmio quando ainda era jogador, foi no Imortal que Rodrigo Caetano recebeu a primeira oportunidade de trabalhar como executivo em um clube grande, após dois anos como superintendente de futebol no RS Futebol. Inicialmente contratado como dirigente da base do clube, impressionou pelo trabalho nas categorias jovens e recebeu oportunidade como diretor executivo.
Trabalhando ao lado de Paulo Pelaipe, então comandante do futebol do clube gaúcho, Caetano foi promovido para realizar uma maior integração da base com os profissionais em 2007. Foi durante seu período como dirigente das categorias jovens que atletas como Douglas Costa, Anderson e Lucas Leiva receberam oportunidade nos profissionais. No final daquela temporada, porém, já questionado pela torcida, Pelaipe resolveu deixar o clube e Caetano assumiu o comando do futebol do Grêmio.
Após uma temporada conturbada em 2008, com o clube gaúcho terminando com o vice-campeonato do Brasileirão, o executivo deixou o Rio Grande do Sul para começar a expandir seu currículo entre os clubes brasileiros: foi trabalhar no Vasco, rebaixado naquele ano.
Se a sua passagem no Grêmio havia sido considerada boa, foi pelo Cruz-Maltino que Rodrigo Caetano se consolidou como um dos principais nomes do mercado: em três anos, o dirigente reconstruiu a equipe de São Januário, venceu a Série B em 2009 e a Copa do Brasil em 2011, além de ter revelado jogadores como Dedé, Allan, Rômulo e Philippe Coutinho. Em suas duas campanhas na Série A do Brasileirão, terminou na 4ª colocação em 2010 e com o vice-campeonato em 2011.
ReproduçãoDevido a divergências com a diretoria do Vasco, deixou o clube e assumiu o mesmo cargo no todo-poderoso Fluminense, que recebia altos investimentos da Unimed. Para aquela temporada, a diretoria concentrou os gastos na chegada dos meias Thiago Neves, Jean e Wagner, além do lateral Bruno. A campanha deu certo e o Tricolor acabou campeão brasileiro.
No ano seguinte, porém, com menos investimentos da patrocinadora, a equipe não repetiu a mesma campanha e acabou com pontuação de rebaixado no Campeonato Brasileiro, mas foi salvo pela escalação irregular dos jogadores Héverton, da Portuguesa, e André Santos, do Flamengo, que acabou rebaixando a Lusa.
Ficou um ano no Vasco, em 2014, onde conseguiu a terceira colocação na Série B, recolocando o Cruz-Maltino na elite do futebol brasileiro. Em 2015, porém, assumiu o Flamengo como nome forte da gestão Bandeira de Mello, onde ficaria por três anos e faria, talvez, seu trabalho mais contestado.
No Rubro-Negro, teve que contar com um orçamento um pouco menor em suas primeiras temporadas, já que a gestão do clube focava mais no pagamento das dívidas, mas foi muito contestado por contratações que não deram tão certo. Por mais que alguns nomes como Éverton Ribeiro, Diego Alves e Willian Arão hoje sejam considerados acertos, a passagem do executivo ficou famosa pelo alto número de jogadores contratados que não deixaram saudades na Gávea.
CR FlamengoPodem-se apontar atletas como Paolo Guerrero, Alex Muralha, Rodinei, Henrique Dourado, Marlos Moreno, Berrío, Rômulo, Conca, Ederson e muitos outros. Demitido em 2018, logo foi anunciado como diretor de futebol do Internacional, recém-promovido de volta à Série A do Brasileirão.
No Colorado, alternou bons e maus momentos. Trouxe um alto número de jogadores pouco produtivos, mas também fez parte de campanhas que recolocaram o clube na luta por títulos importantes no futebol do país. Se notabilizou por algumas contratações questionadas, como Rodinei, Tréllez e Natanael, entre muitos outras, e alguns acertos, como Boschilia, Thiago Galhardo e Edenílson. Após ser apontado como um dos pivôs da crise que tirou Eduardo Coudet do clube gaúcho, seu nome ficou queimado para boa parte da torcida e o dirigente deixou o clube.
Os clubes de Rodrigo Caetano:
- Grêmio: 2005 a 2008
- Vasco: 2009 a 2011
- Fluminense: 2012 a 2013
- Vasco (segunda passagem): 2014
- Flamengo: 2015 a 2018
- Internacional: 2018 a 2020
- Atlético-MG: 2021 em diante
Quais são os títulos conquistados por Rodrigo Caetano?
Fluminense FCCom pouco mais de quinze anos de carreira como diretor executivo de futebol, Rodrigo Caetano esteve por trás de algumas campanhas surpreendentes dos clubes onde foi responsável pela pasta, mas, enquanto soma um bom número de títulos a nível estadual, as conquistas maiores não têm aparecido há alguns anos.
O profissional gaúcho participou dos projetos que levaram o Vasco a conseguir o acesso da Série B, em 2009, além da Copa do Brasil, em 2011; um ano seguinte, o Fluminense conquistou o Brasileirão Série A com Caetano como responsável pelo futebol.
Sua passagem mais recente, pelo Internacional, ficou destacada pela falta de títulos, inclusive no Campeonato Gaúcho.
Os títulos de Rodrigo Caetano:
- 2007: Campeonato Gaúcho (Grêmio)
- 2009: Campeonato Brasileiro - Série B (Vasco da Gama)
- 2011: Copa do Brasil (Vasco da Gama)
- 2012: Taça Guanabara (Fluminense)
- 2012: Campeonato Carioca (Fluminense)
- 2012: Campeonato Brasileiro (Fluminense)
- 2017: Campeonato Carioca (Flamengo)
- 2018: Taça Guanabara (Flamengo)
