Contratado como solução para os problemas do São Paulo, Daniel Alves chegou ao Morumbi em agosto de 2019. O ídolo viria para recolocar o Tricolor no caminho dos títulos, dando ao clube paulista o "espírito vencedor" que passou longe da Barra Funda nos últimos anos.
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Desde então, já passou por bons e maus momentos: foi apontado como um dos melhores meias atuando no Brasil no começo de 2020, mas sofreu ao ser eliminado na Libertadores e ser derrotado por equipes menores como Mirassol e Binacional. Agora, um ano e três meses após vestir a camisa do Tricolor pela primeira vez, finalmente parece perto de realizar seus sonhos no São Paulo.
Daniel Alves fez, discutivelmente, sua melhor atuação como jogador do clube paulista nesta quarta-feira (18), na vitória por 3 a 0 diante do Flamengo que colocou a equipe comandada por Fernando Diniz nas semifinais da Copa do Brasil. Jogando como meia, Dani deu a assistência para o primeiro gol, de Luciano, e participou da jogada dos dois outros tentos do São Paulo, fazendo uma exibição de gala no Morumbi.
Divulgação/Copa Sul-AmericanaCom um salário altíssimo de mais de R$ 1 milhão e meio mensais, o craque foi contratado para decidir em momentos assim: jogos duros, contra adversários fortes, onde a qualidade do agora meio-campista pode se sobressair e ser a diferença entre cair precocemente ou avançar de fase.
Acima de tudo, a partida de Daniel Alves diante do Flamengo serve como uma resposta para boa parte da torcida do São Paulo, que cobrava atuações melhores e uma postura extra-campo mais séria do jogador. Ausente em boa parte da campanha da equipe na Libertadores, não esteve em campo no empate diante do River Plate, no Morumbi, e nem na derrota contra o LDU, em Quito, mas não foi bem em partidas decisivas como contra o Binacional, contra o Fortaleza, na Copa do Brasil, ou contra o Mirassol, no Campeonato Paulista.
Além do mais, notícias começaram a pipocar afirmando que o atleta, ora essa, gostaria de deixar o Tricolor. Assim, a cobrança se intensificou. O craque, contratado para decidir, vinha sendo um jogador comum. Gabriel Sara e Brenner, por exemplo, garotos formados na base, ou Luciano, foram mais importantes para a retomada do clube do Morumbi do que Daniel, mesmo custando uma fração do salário do ex-lateral da seleção brasileira.
A cobrança foi tão pesada que alguns já questionavam se Daniel Alves não deveria amargar o banco de reservas. Após exibição fraquíssima diante do Grêmio, onde o jogador foi apontado como o pior em campo, setores da torcida pediam a titularidade do menino - visto como joia - Rodrigo Nestor, formando um meio de campo completamente "made in Cotia", junto de Sara, Igor Gomes e Luan. A matemática era simples: os garotos vinham dando resultados, enquanto os veteranos, não.
Daniel precisava responder, e como os grandes estão acostumados, o fez em grande estilo. Quase decidiu junto de Sara diante do Lanús, mas parou na fragilidade da defesa do São Paulo. Foi bem contra o Flamengo, na goleada por 4 a 1, e deu uma assistência para Luciano no Brasileirão, neste último sábado (14), novamente contra o Fortaleza. Mas o melhor estava por vir.
O craque conduziu um recital nos dois jogos diante do Rubro-Negro pela Copa do Brasil: marcou, armou, brigou - e muito -, colocou Gerson no bolso, a partida debaixo do braço, deu assistência e saiu ainda maior do que já é após duas vitórias contra o atual campeão brasileiro e continental. Em sua conta no Instagram, postou afirmando querer "desfrutar de seu sonho".
Daniel Alves, vivendo grande fase, parece cada vez mais próximo de ver seus sonhos virarem realidade. Faltam quatro jogos e um título inédito da Copa do Brasil.