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Cristiano Ronaldo Portugal 2022Getty Images

Cristiano Ronaldo vive o pior momento de sua carreira antes da Copa do Mundo

Cristiano Ronaldo não era a grande estrela da seleção portuguesa para a Copa do Mundo de 2006. Não vestia nem mesmo a camisa 7, que ainda estava às costas do veterano Luís Figo, mas já despontava como um jogador a ser notado. Ainda um jovem e rápido ponta, o luso havia conseguido se estabelecer entre os titulares do Manchester United e contabilizou 12 gols e cinco assistências em 47 jogos pelos Red Devils na campanha 2005/06. Durante a contagem regressiva para o Mundial que seria realizado na Alemanha, estufara as redes duas vezes nos últimos três amistosos por seu país. De lá até este 2022, muita coisa mudou.

Cristiano ascendeu nos anos seguintes àquela ótima campanha portuguesa de 2006. Passou a ser não apenas um dos melhores do mundo, e sim um dos gigantes de todos os tempos. Dono de uma coleção invejável de títulos e recordes por clubes e pela sua seleção. Mas às vésperas da Copa do Mundo de 2022, o que mudou para CR7 é que nos últimos meses o craque atemporal dá mostras evidentes de estar sendo alcançado pelo tempo. O atacante atualmente é reserva do Manchester United, dono de apenas um gol na temporada de clubes (de pênalti, na Europa League), e com atuações bastante abaixo do esperado nos últimos três jogos de Portugal antes do Mundial no Qatar.

O diagnóstico é simples, mas irrefutável: depois anos e anos, Cristiano Ronaldo vive o seu pior momento antes de uma Copa do Mundo. Tudo bem que nos últimos jogos anteriores ao Mundial de 2010 ele não tenha marcado gols pela seleção portuguesa, mas sua temporada 2009/10 pelo Real Madrid (a sua primeira no clube espanhol) foi recheada de gols: 33 em 35 jogos. Naquela altura de sua carreira, Cristiano já havia conquistado, dentre outros títulos e premiações individuais, uma Champions League e havia sido eleito melhor jogador do mundo.

A temporada 2013/14, que antecedeu a Copa do Mundo no Brasil, teve um CR7 com 51 gols pelo Real Madrid e em forma decisiva pela seleção portuguesa – inclusive marcando um hat-trick nos playoffs de eliminatórias europeias contra a Suécia. Apesar de ter chegado lesionado para a competição mundial, vinha gerando expectativas e até sonhos mais altos para o selecionado das Quinas (alcunha carinhosa com a qual Portugal também é tratada).

No caminho até a Copa do Mundo de 2018, foram 44 gols em sua última temporada pelo Real Madrid (com direito a um novo título de Champions League). A seleção portuguesa chegava à Rússia com um status maior do que nunca, após ter conquistado a Eurocopa dois anos antes, e com CR7 jogando bem e fazendo gols nos últimos amistosos internacionais antes de a bola rolar nos gramados russos.

A estreia portuguesa na edição passada do Mundial foi contra a rival Espanha, em um jogo memorável de Cristiano: foram três gols que evitaram a derrota para os espanhóis em um histórico 3 a 3. Agora em 2022, o último adversário de Portugal antes da Copa no Qatar também foi a Espanha. No entanto, ao contrário do visto há quatro anos, Cristiano Ronaldo não jogou bem. Não fez gols e desperdiçou três boas oportunidades. Portugal perdeu por 1 a 0 e ficou fora do Final Four da Nations League. E embora o selecionado luso possa render muito mais do que de fato rende, é impossível não atestar a queda de nível técnico de um CR7 que, ao mesmo tempo que pode chegar ao Qatar mais descansado (algo importante para alguém de 37 anos), também mostra estar sentindo a falta de ritmo de jogo.

Reserva de seu clube e sem tantos gols quanto se acostumou a fazer, Cristiano Ronaldo vive, a poucos meses antes da bola rolar no Qatar, o seu pior momento antes de uma Copa do Mundo. A esperança dos portugueses é que, se tem uma coisa que CR7 provou ao longo de sua carreira, é que não se pode duvidar de sua capacidade. Vamos ver o que aguarda os lusos agora em 2022.

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