Se o Barcelona de Bartomeu tem uma marca essa é a da gastança. O presidente investiu quantias exorbitantes e há quem diga que perdeu o controle com a saída de Neymar. O clube arrecadou 222 milhões de euros com o brasileiro e abriu o bolso com Philippe Coutinho e Dembélé (150 e 145 milhões, respectivamente).
E após um ano e meio no Camp Nou sem convencer, o brasileiro se transferiu para o Bayern, enquanto o francês não parou de acumular lesões graves desde sua chegada.
No último verão europeu, o Barcelona teve o luxo de contratar o jogador mais parecido com Messi. Nem a necessidade de uma central com hierarquia - De Ligt foi para a Juventus -, a queda de Luis Suárez e nem mesmo a insistência do elenco com a volta de Neymar, mudaram os planos de Bartomeu, que assinou com Griezmann por 120 milhões, preço fechado devido à existência de uma cláusula, mas não se deve esquecer os outros 15 que precisaram ser pagos depois que o Atlético de Madrid ameaçou denunciar o Barcelona.
Todos os três estiveram no banco em uma partida tão importante contra o Bayern, enquanto Coutinho ainda estava no time rival. O único que se destacou foi o brasileiro, que marcou o sétimo e o oitavo gols do Bayern de Munqiue antes de encerrar uma temporada em que pode ser proclamado campeão europeu como sempre sonhou ao chegar ao Barcelona... mesmo que seja com a camisa do time Bávaro. Tão grande é o absurdo na direção técnica errática do Barcelona.
Bartomeu ainda teve cinco diretores esportivos (Zubizarreta, Soler, Robert, Segura e Abidal) em cinco anos, dando guinadas multimilionárias impossíveis de amortizar e com salários que impedem qualquer clube de apresentar uma oferta minimamente interessante para qualquer um deles e que comprometem as finanças da entidade. Não podemos esquecer que, com os salários na mão, constitui a equipe mais cara do mundo. A bolha, porém, estourou.
