Faltam três dias para a estreia da seleção brasileira feminina na Copa América 2022. A competição, que será realizada na Colômbia entre os dias 8 e 30 de julho, é o momento perfeito para que a seleção brasileira mostre a que veio e o que tem evoluído desde a chegada de Pia Sundhage.
Após a Olimpíada de Tóquio, a seleção enfrentou três equipes sul-americanas: Argentina (duas vezes), Venezuela e Chile. Os quatro jogos terminaram em vitória do Brasil, todos realizados ainda no ano passado. E vale lembrar que só após os Jogos de Tóquio a treinadora efetivamente passou a aplicar suas ideias e visões na seleção, acelerando o processo de renovação.
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A Copa América é a competição perfeita para reencontrar estes adversários e perceber o que mudou. Afinar o meio-campo e o ataque são tarefas essenciais, principalmente após observarmos as oportunidades desperdiçadas nos amistosos contra a Dinamarca e a Suécia na Data Fifa de junho.
E é importante não esquecer da defesa. Embora Pia tenha encontrado as suas xerifes de confiança na linha de trás, ainda falta uma atenção maior principalmente em momentos logo após sofrer um gol. Reduzir o tempo de reação e não sentir a pressão é fundamental para que não aconteçam apagões como os que vimos recentemente em outras partidas.
Ter a seleção completa durante um mês será fundamental para que a treinadora e a comissão técnica realizem esses ajustes sem precisar enviar as jogadoras de volta para os seus clubes. Para colocar todas as atletas no mesmo nível físico e de conhecimento das estratégias de jogo. E para que todas convivam, se conheçam melhor e consigam que este entrosamento se reflita também dentro de campo.
Getty ImagesA Copa América vai servir para nos mostrar o que Pia e sua comissão técnica efetivamente aprenderam com os amistosos contra equipes europeias ao longo do ano. Vai servir também para melhorar a moral dentro de campo, afinal mesmo entendendo toda a racionalidade e a evolução da seleção nos últimos jogos, perder ainda dói. O torneio continental é o mais importante do ano não só por valer vagas para a Copa do Mundo e Olimpíadas, mas também porque levantar uma taça é uma motivação extra para jogadoras e torcida.
Não é ter a certeza de que a seleção já tem o título garantido. Mas não dá para negar que, por ter vencido sete das oito edições e estar um patamar além dos países vizinhos no processo de desenvolvimento da modalidade, o Brasil é favorito. Mesmo sem a tríade Marta, Cristiane e Formiga, o Brasil ainda é a principal força sul-americana no futebol feminino. Isso não deve ser subestimado.
As únicas equipes que já conseguiram tirar pontos da seleção brasileira em Copas Américas foram Colômbia e Argentina. As hermanas, inclusive, foram as únicas a levantar a taça além das brasileiras - em 2006, com uma vitória por 2 a 0 em Mar del Plata na final.
O Brasil tem pela frente Argentina, Uruguai, Venezuela e Peru pelo Grupo B da competição. Se a história tem algum peso no futebol - que, como já diz o clichê, é uma caixinha de surpresas -, a seleção brasileira pode encher a torcida de orgulho mais uma vez no fim do mês.
