Há dezenas de sites e aplicativos que entregam estatísticas e informações sobre futebol. A maioria são muito sérios e úteis. A questão é: o que fazer com esses números? Quais realmente falam sobre aquele time e/ou jogador e quais não dizem absolutamente nada?
Normalmente aqui nesta coluna eu entrego pra vocês dicas e análises sobre jogos e equipes para que vocês tomem as decisões mais acertadas na hora de investir, certo? Hoje vou complementar este serviço dando dicas sobre o que NÃO USAR na hora de fazer sua análise pré jogo.
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1. Estatísticas por jogo ou por minuto jogado?
Um erro comum é analisar a performance de um atleta pela quantidade de jogos realizados. Isso vale para todos os fundamentos do jogo. Ao usar a média por 90 minutos, seremos mais precisos ao analisar a performance de um jogador do que se usarmos as médias por jogo.
2. Não compare jogadores com minutos em campo diferentes.
Outro erro comum que se faz é comparar dois jogadores pelas suas médias ou totais sem levar em conta a QUANTIDADE de minutos jogados de cada um. Um jogador que ficou MAIS minutos em campo tem mais chance de participar de eventos na partida, de acertar e de errar mais.
Por isso, ao comparar dois jogadores, tenha certeza que eles se equilibram no número de minutos jogados. Se não, é comparar tomates com batatas.
3. Posse de Bola não é indicativo de nada.
Nada além de, ter a bola ou não. Mas um time não joga melhor futebol se tiver mais a bola ou pior futebol se a tiver menos. E também não há nenhum estudo - e olha que já se fizeram INÚMEROS - que comprove que quem tiver mais a bola tem mais probabilidade de vencer partidas.
A posse de bola serve para comparar com outras estatísticas e claro, para entender o modelo de jogo do time e seus padrões. Mas não é um número que por si só ajude nas decisões dos seus investimentos.
4. Quantidade de finalizações não significa poder ofensivo
Muito se pega a média de finalizações por partida de uma equipe para dizer que ela tem alto ou baixo volume ofensivo. Ok, pode até ser eventualmente. Mas não serve como PADRÃO. Olhe para a taxa de aproveitamento das chances criadas que será mais significativo para ver eficiência.
E se você quer saber a qualidade das chances e finalizações, o melhor é recorrer aos Gols Esperados (Expected Goals - xG). Essa métrica fala muito mais da realidade que o número puro de finalizações.
5. Aproveitamento dos passes pode ser enganoso!
É claro que todo mundo prefere um jogador que acerte MAIS passes do que erre, correto? Então, uma taxa de acerto de passes acima dos 80% sempre é positiva. Mas cuidado! Coloque a estatística em contexto para entender melhor.
Um zagueiro geralmente tem alta taxa de acerto em passes, pois passa na maioria das vezes sem pressão de marcação, em longos espaços livres. Já um extremo tem pouco espaço e muita pressão de marcação. Entenda as funções, posicionamentos e comportamentos dos adversários para COMPREENDER a taxa de acerto de passes.