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Diego Cavalieri Botafogo Palmeiras 08 10 2020Vitor Silva/Botafogo FR

Cavalieri salva o Botafogo na linha tênue entre vilão e herói em jogo de extremos

O duelo entre Botafogo e Palmeiras, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro, colocou frente a frente equipes em extremos diferentes. Os alvinegros vinham com o maior jejum de vitórias nesta Série A (10 partidas) e poderiam igualar a sua pior sequência em todas as suas participações no certame – igualando 2004 e 2009. Os alviverdes, por outro lado, eram os únicos invictos tendo 12 jogos em sua conta.

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Em comum, apenas o fato de ambos não estarem agradando seus torcedores por serem as duas equipes com mais empates neste Brasileirão: sete para o Palmeiras, nove para o Botafogo. Enquanto os alviverdes sonhavam em encostar nos líderes, mesmo sem apresentarem um futebol à altura do que o seu elenco pode fazer, os alvinegros se encontram mais uma vez inseridos no desespero da luta contra o rebaixamento - com uma equipe marcada por entregar fácil seus pontos enquanto o clube faz contratações que revoltam o seu torcedor, como foi o caso de Kelvin, anunciado durante a semana.

Ou seja: o encontro já teria uma narrativa extremada dentro das aspirações de um e de outro. E no final das contas, herói e vilão da partida vencida por 2 a 1 pelo Botafogo só não tiveram os papéis invertidos por conta dos caprichos do futebol. Todos os gols saíram apenas no segundo tempo, no estádio Nilton Santos, com os donos da casa abrindo 2 a 0 graças a Pedro Raul e Caio Alexandre. Mas seguindo a tônica do time que parece ter medo de vencer, o conjunto agora treinado por Bruno Lazaroni recuou demasiadamente e chamou o Palmeiras todo para o ataque. Willian Bigode diminuiu e esteve muito perto de empatar.

Já na reta final do jogo, o atacante entrou livre na área, em posição regular mas no limite do impedimento, e Diego Cavalieri cometeu um pênalti polêmico: houve quem visse um desarme do goleiro, houve quem encontrasse irregularidade. O árbitro Rodolpho Toski apitou para a marca da cal, mas aí o guardião alvinegro, revelado justamente pelo Palmeiras, voou para o seu lado direito para fazer a defesa no chute de Willian: quem poderia virar herói vestiu a carapuça do vilão e vice-versa.

O Botafogo ainda teve que sofrer mais, entrincheirado sem parecer ter outra opção, mas desta vez conseguiu a vitória e evitou sua pior sequência na história de um Brasileirão. Melhor ainda: deixou a zona de rebaixamento. Mas segue sem mostrar segurança. Já o Palmeiras agora vê sua primeira derrota mostrar, para os poucos que ainda duvidavam, que a distância entre invencibilidade e bom desempenho pode ser bem maior quanto parece.

No duelo entre os times que mais ficam no meio-termo entre a vitória e derrota, a narrativa foi de extremos. Ainda que mais um empate só não tenha acontecido por detalhes.

“Os jogos para trás faltaram detalhes pra conquistar as vitórias. Hoje fizemos os gols, tivemos um sufoco ali atrás no final, mas é mérito de todo mundo. O grupo trabalha muito, é muito unido. Sempre fui um cara tranquilo, consciente, treino para quando tiver oportunidade poder ajudar. Sou grato ao Botafogo, todos sabem o momento difícil que vivi há um tempo, quase parei e o Botafogo abriu as portas para mim. Então venho todos os dias para trabalhar e dar meu suor. Garotada está de parabéns também. Aproveito e agradeço a toda minha família, que sempre me apoiou”, vibrou Cavalieri, herói em dia de linhas tênues, ao final da partida, para o Premiere.

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