Atlético: Cuca pede contratação de centroavante à diretoria

O técnico Cuca já identificou a principal carência do elenco do Atlético-MG: um centroavante, o famoso camisa 9. Pressionado após atuações ruins do time, o treinador atleticano segue em busca de padrão de jogo e, ao mesmo tempo, entende que o clube precisa ir ao mercado. As principais opções do elenco para a função são o chileno Vargas e Eduardo Sasha, dois jogadores de características semelhantes, de mobilidade.

Diego Tardelli, ídolo da torcida, se recupera de lesão muscular e, com contrato até o final de maio, ainda tem futuro indefinido. Uma alternativa a Cuca seria deslocar Hulk para a função, já que o atacante tem grande força física. Mas, até aqui, o treinador tem preferido escalá-lo pelo lado direito, função na qual o atleta se sente mais a vontade em campo. Marrony chegou a atuar mais centralizado com o ex-técnico Jorge Sampaoli, no último Brasileirão, mas rendeu melhor pelo lado esquerdo do ataque.

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Pelo estilo de jogo preferido, Cuca gosta de um centroavante referência na área, mais alto e finalizador. No empate em 1 a 1 contra o Deportivo La Guaira-VEN, o Atlético-MG atingiu a marca de 59 cruzamentos na área do adversário e foi ineficiente em levar perigo.

Eduardo Vargas e Arles Flores - Deportivo La Guaira x Atlético-MG Libertadores 21042021Getty

Na diretoria atleticana, o discurso é de cautela sobre a busca por reforços. Além disso, o clube encontra dificuldades para buscar esse nome no mercado. Primeiro por conta da escassez de atletas com essas características no futebol brasileiro e sul-americano. Os principais nomes estão com contratos em vigência com clubes concorrentes do Galo e, dificilmente, irão liberá-los para fortalecer um rival.
 
A segunda questão é que o clube já conta com um excesso de estrangeiros no elenco. Atualmente são sete gringos no grupo e, em competições nacionais, apenas cinco deles podem ser relacionados a cada jogo. Apenas na Copa Libertadores que o Galo não tem esse problema.

O terceiro ponto é a questão financeira. Mesmo com alto investimento recente e aporte financeiro da família Menin, responsável por emprestar dinheiro a juros zero ao clube, o Atlético-MG quer reduzir a folha salarial. O momento de pandemia e a incerteza sobre a volta de torcida aos estádios freia a possibilidades de grandes contratações. A prioridade é manter salários e direitos de imagens em dia.
 
Em 2020, durante a paralisação dos campeonatos por causa da pandemia, o clube fez um acordo com os jogadores: o pagamento de direitos de imagens referentes aos meses de junho a setembro serão quitados em 2021.

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