O Athletico-PR detém 85% dos direitos econômicos de Vítor Roque, atacante que contratou por R$ 24 milhões em abril de 2022. O restante – 15% – pertence ao América-MG, como soube a GOAL com uma fonte ligada ao clube mineiro.
A reportagem apurou ainda que há uma cláusula contratual que determina o pagamento de 10% do valor de uma futura venda ao estafe do atleta, hoje liderado por André Cury. O percentual do empresário será abatido da parte que cabe aos paranaenses. Desta forma, o Furacão ficará com 75% de uma futura venda, o América-MG terá 15%, e o agente embolsará 10%.
O Cruzeiro, ex-clube do atacante de 17 anos, não manteve um percentual após a compra dos paranaenses. A justificativa do presidente Mário Celso Petraglia foi a forma como a Raposa tirou o garoto do CT Lanna Drummond.
Em 2018, sob a gestão de Itair Machado, o Cruzeiro fez um teste falso na Toca da Raposa I, onde está alojada a base, para tirar Vítor Roque do rival de forma gratuita. A história chegou nos corredores da Arena da Baixada, e o mandatário do Athletico cedeu um percentual ao América-MG por considerar a postura da antiga gestão do Cruzeiro antiética.
Em alta no clube paranaense, o jovem entrou na mira de gigantes da Europa – Barcelona, Chelsea, Newcastle e PSG já fizeram consultas –, e Vitor Roque segue valorizado. O clube pede o valor da multa rescisória nas sondagens feitas pelo atleta.
Hoje, a cláusula internacional determina um pagamento de €60 milhões (R$ 332,5 milhões na cotação atual) à vista para a saída do jogador. Ele só poderá se transferir para fora do Brasil a partir de abril, quando já terá completado 18 anos.
O Athletico acredita que Vitor Roque pode se tornar a maior venda da história do clube – posto ocupado por Bruno Guimarães, vendido ao Lyon, da França, por €22 milhões (R$ 110 milhões à época), em 2020.
