As declarações de Jorge Jesus ao jornalista Renato Maurício Prado seguem repercutindo no mundo do futebol. Conforme trouxe a GOAL, o atual técnico do Flamengo, Paulo Sousa, e seu estafe não gostaram nada da postura de Jesus.
No final da tarde desta quinta-feira (05), Hugo Cajuda, representante de Paulo Sousa, soltou um comunicado à imprensa fazendo duras críticas a Jorge Jesus.
"É um ataque nunca antes visto a colegas de profissão e compatriotas, mas mais do que isso, é um ataque à classe dos treinadores profissionais de futebol, um ataque à ética e à dignidade", disse o agente sem citar o nome do conterrâneo.
SL BenficaMesmo sem menção ao nome do treinador, o resto do comunicado deixa claro a alusão ao seu trabalho: Cajuda cita o 'desastre' ocorrido no Benfica, que investiu pesado em reforços durante a pandemia e não conseguiu conquistar títulos - justamente o período no qual Jorge Jesus deixou o Flamengo para comandar os Encarnados mais uma vez.
No Flamengo, a postura de Jorge Jesus também não foi bem vista. Alguns destacaram que o Mister quer tentar tumultuar o ambiente e desestabilizar Paulo Sousa.
Outros reforçaram que Jorge Jesus não deve voltar ao Flamengo, ainda mais depois deste episódio.
Abaixo, confira a nota completa de Hugo Cajuda.
A (falta de) vergonha sai à rua
"Sem surpresa assistimos a mais um momento deplorável, de alguém que só estando perturbado e desesperado pode revelar tamanha falta de ética, falta de respeito e falta de profissionalismo. Apesar do seu largo histórico, a referida pessoa consegue subir muitos patamares em mais um episódio vergonhoso.
Esta é a continuidade do “eu” sempre a sobrepor-se ao “nós”, do uso da pandemia, um tema tão grave, para justificar desastres, como o que aconteceu no Benfica, ou como justificativa para abandonar o Flamengo poucos dias após renovar e num momento delicado para o clube. As explicações e as desculpas deveriam ser dadas aos benfiquistas por terem visto ser gastos 150 milhões de euros para conquistarem zero títulos.
A referida pessoa revela total ausência de sentimentos para com a instituição Flamengo, ao contrário do que apregoa, porque a tentativa de desestabilizar um clube “amigo” desta forma é inaceitável.
É um ataque nunca antes visto a colegas de profissão e compatriotas, mas mais do que isso, é um ataque à classe dos treinadores profissionais de futebol, um ataque à ética e à dignidade.
Agradecemos os muitos contactos de treinadores e outros profissionais do mundo do futebol, em especial dos que trabalham no Brasil e que nos têm procurado para manifestar o seu total repúdio para com esta situação com a qual não concordam.
Deveria ser uma obrigação pessoas com esta notoriedade terem comportamentos exemplares, passando mensagens positivas ao mundo, em vez daquilo a que estamos a assistir”.
