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Os times que decepcionaram na fase de grupos do Mundial de Clubes: Porto e Boca Juniors passam vergonha, e Atlético de Madrid sai por baixo

Terminou a fase de grupos do Mundial de Clubes de 2025, e como acontece em Copas do Mundo, essa primeira etapa, de tantos jogos e empolgação, já deixa saudades em todo fã de futebol. Na verdade, quase todo fã de futebol, porque algumas equipes voltaram para casa deixando muito a desejar.

Como é de costume, quase tudo é uma questão de expectativas. Para o time semiamador do Auckland City, por exemplo, ter conseguido um empate por 1 a 1 com um clube do tamanho do Boca Juniors é (ou deveria ser) tão ou mais impactante do que ter sofrido 10 a 0 ante o predatório e superprofissionalizado Bayern de Munique.

Para outras equipes de maior tradição, a queda precoce doeu não apenas pela eliminação em si, mas pelo desempenho ruim apresentado pela equipe aliado a algum resultado trágico. De formas diferentes, foi essa a receita que fez de Porto, Boca Juniors e Atlético de Madrid as maiores decepções da competição.

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  • Atletico MadridGetty Images

    Atlético de Madrid

    A queda do Atlético de Madrid no Grupo B, o “da Morte”, não chega a ser tão bizarra. “Estávamos num grupo muito bom, com o campeão da Libertadores e da Champions”, disse o técnico Diego Simeone após a eliminação ser consumada, mesmo com a vitória sobre o Botafogo na última rodada.

    O Atleti fez os mesmos 6 pontos que PSG e Botafogo, mas ganhou o carimbo de primeiro europeu eliminado por causa dos critérios de desempate. Dentro desse contexto, ter sido goleado por 4 a 0 pelo Paris Saint-Germain, logo na estreia, deixou a situação dos colchoneros bastante complicada.

    A vitória histórica dos botafoguenses sobre o PSG encaminhou de vez a queda, uma vez que o Atleti precisaria torcer por um tropeço dos parisienses contra o Seattle Sounders — que vestiu a carapuça de time mais frágil da chave, como já lhe era atribuído — ou vencer um bravo Botafogo por um mínimo de três gols de diferença.

    O triunfo sobre os alvinegros aconteceu, com o gol do 1 a 0 sendo marcado apenas nos minutos finais. Pela capacidade de investimento muito maior do que a do atual campeão brasileiro e da Libertadores, o Atlético de Madrid tinha o favoritismo para avançar. E, apesar de também ter somado a mesma pontuação de seus adversários, ter sofrido uma goleada acabou o colocando no grupo das decepções.

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    Porto

    Já o FC Porto uniu a essa decepção um toque de vergonha — tanto que os jogadores foram recepcionados com protestos de torcedores no retorno para casa. O grupo com Palmeiras, Al Ahly e Inter Miami era mais difícil do que muitos poderiam imaginar, mas ainda assim os Dragões chegavam com favoritismo para avançar às oitavas de final.

    O empate sem gols com o Palmeiras, na estreia, pareceu indicar mais a força dos alviverdes do que a fraqueza dos portistas, mesmo com os portugueses mais próximos da derrota naquele encontro. Mas havia uma certa obrigação de vencer o Inter Miami, que, apesar de ter Messi e Suárez, é reconhecidamente uma equipe mais limitada do que seus veteranos são capazes de nos fazer crer. A derrota, de virada, por 2 a 1 (com direito a golaço de falta de Lionel Messi) deixou a situação mais complicada para a última rodada, com o Porto sem depender de suas próprias forças.

    A partida contra o Al Ahly, do Egito, tinha (ou deveria ter) ares de final. Seria a última oportunidade de o Porto mostrar algum futebol de alto nível, mas o empate de 4 a 4 agradou somente os isentos que assistiram ao encontro sem nenhum tipo de paixão. O gigante português voltou para casa sem vencer e com muita coisa a ser melhorada — como já havia ficado claro na campanha ruim dentro de seu próprio campeonato nacional.

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    Boca Juniors e River Plate

    Mas, embora o roteiro do Mundial até aqui seja de decepção com os europeus e elogios ao futebol sul-americano, dentro de campo ninguém fez pior do que o Boca Juniors. Importante destacar o “dentro de campo”, uma vez que a torcida argentina deu um show de impressionar até mesmo aqueles que já conhecem a capacidade de mobilização dos xeneizes.

    Sem impor aquela aura de medo de anos — ou décadas — atrás, o Boca poderia até não passar. Bayern de Munique e Benfica chegaram como favoritos no Grupo C e avançaram. A equipe argentina conseguiu um bom empate contra os portugueses, e a derrota por 2 a 1 para o Bayern de Munique, na segunda rodada, mostrou que os alemães não são esse bicho-papão todo.

    A expectativa na última rodada era de avançar para as oitavas de final, contando com uma vitória do Bayern sobre o Benfica. Se isso não acontecesse, como foi o caso, havia ao menos uma quase certeza de despedida por cima, com goleada sobre os semiamadores do Auckland City, da Nova Zelândia — um time cujos jogadores dividem as atividades com bola com profissões como engenheiros e barbeiros. Não foi o caso: o Boca empatou por 1 a 1, tendo precisado de um gol contra para estufar as redes. O feito histórico do Auckland foi, inevitavelmente, o vexame boquense. O atenuante para os xeneizes foi, ao menos, ver o arquirrival River Plate também decepcionar e cair, na última rodada, no grupo em que passaram Inter de Milão e Monterrey.

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