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Copinha revelações 16x9GOAL

Os times campeões da Copinha com mais jogadores "que deram certo"

É claro que todo mundo gosta de ser campeão. Ver seu time levantando uma taça é o ápice da experiência para os torcedores, mas a Copa São Paulo de Futebol Júnior, o mais tradicional torneio de futebol de base do país, carrega consigo uma diferença bem clara: ainda que tenha sua importância, representa apenas uma pequena parte de um enorme processo. É apenas o início, bastante distante do meio e a anos-luz de representar o fim.

Agora em 2025, o São Paulo superou o Corinthians para cravar a quinta taça em sua história. Ao longo da campanha, os tricolores tiveram como grande destaque o atacante Ryan Francisco, suspenso da final por causa do acúmulo de cartões amarelos. Pelo lado corintiano, a força é mais dividida entre nomes como o goleiro Kauê, o volante Bahia ou o lateral esquerdo Denner. Mas a pergunta que mais importa é quais jogadores vão realmente vingar como grandes nomes do futebol profissional – onde, no final das contas, o joio é separado do trigo.

Esta é a diferença da Copinha, dos torneios de base e da fábrica de jovens futebolistas como um todo: o principal troféu não costuma, necessariamente, ser uma taça: é conseguir revelar atletas que possam contribuir e até brilhar pelo time profissional, rendendo também lucrativas somas em dinheiro. Ok. Mas e se juntarmos o melhor de cada mundo? O título da Copa São Paulo e o campeão que mais revelou jogadores importantes: quem apareceria com maior destaque?

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  • Djalminha Flamengo anos 90Reprodução

    O Flamengo “Galáctico” de 1990

    A lista é longa, já que estamos falando de um torneio disputado desde 1969. Nomes consagrados do futebol do final dos anos 1970, como Paulo Roberto Falcão, tiveram seu primeiro grande brilho nacional na disputa da Copinha. Portando, é natural que (assim como acontece com toda lista) algum nome ou outro acabe sendo esquecido.

    Mas um time inesquecível da Copinha, que terminou campeão e provou estar recheado de grandes jogadores que nos anos seguintes fariam sucesso no mais alto nível, foi o Flamengo de 1990. A equipe que superou o Juventus da Mooca por 1 a 0, na final, tinha gente como Djalminha, Júnior Baiano, Paulo Nunes, Nélio e um Marcelinho que ainda não havia recebido o “sobrenome” de Carioca – e que nem imaginava que se tornaria um dos maiores ídolos do Corinthians.

    Cinco nomes que dispensam apresentações (isso sem citar outros jogadores menos brilhantes daquele time, como o lateral Piá). Um número recorde de protagonistas concentrados em um único time campeão da Copinha, se compararmos com as equipes que ficaram com o troféu a partir de 2001, no século 21.

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  • Corinthians Copinha 2024Rodrigo Gazzanel / Agência Corinthians

    O século 21...

    Vejamos o próprio Corinthians. Dentre os campeões de 2024, os meias Ryan e Breno Bidon, por exemplo, foram os únicos que somaram mais tempo nos profissionais do Timão, mas ainda não se estabeleceram como grandes nomes. Parte natural do processo, claro.

    A pressa por ver campeões da Copinha instantaneamente transformados em astros, daqueles que estreiam entre os profissionais como se já fossem veteranos, é mais culpa dos títulos do Palmeiras em 2022 e 2023, conquistados respectivamente com brilhos de Endrick e Estevão – atacantes que já renderam muitos gols e dinheiro aos alviverdes.

  • Palmeiras, base, Estevão WillianFabio Menotti / Palmeiras

    Os fenômenos Endrick e Estevão

    Endrick e Estevão, aliás, talvez sejam os maiores protagonistas da Copinha em um time campeão – e é importante especificar aí a parte do campeão, uma vez que Vinícius Júnior, Rodrygo e Neymar foram nomes que disputaram a competição. A dupla palmeirense também é a que mais rendeu em altas transferências: cerca de 137 milhões de euros no somatório das vendas para Real Madrid e Chelsea.

  • Gremio v Sao Paulo - Brasileirao 2024Getty Images Sport

    Corinthians de 2007 e Cruzeiro de 2004

    Mas como o assunto aqui é o conjunto e o número de jogadores que “vingaram”, os destaques começam a ser feitos para o Cruzeiro de 2007 e o Corinthians de 2004. A equipe mineira que bateu o São Paulo nos pênaltis tinha o goleiro Rafael, atual titular do próprio Tricolor Paulista, o zagueiro Maicon (aquele, apelidado de “God of Zaga” pela semelhança física com o herói da série de games God of War) e o atacante Guilherme, que acabaria fazendo sucesso no Atlético-MG entre 2011 e 2015.

    Já o Timão de 2004 foi campeão com o goleiro Júlio César, que chegou a ser titular da equipe principal, o meio-campista Rosinei (que foi peça importante no próprio Corinthians, além de Internacional, América do México e Atlético-MG) e com o atacante Jô, grande nome daquele time e que anos mais tarde, depois de rodar o mundo, se tornaria ídolo do Atlético-MG e do próprio Corinthians.

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    As fornadas do São Paulo

    Foram os dois últimos títulos do São Paulo, em 2019 e 2010, contudo, que vieram recheados com o maior número de jogadores que tiveram destaque relevante. Casemiro e Lucas Moura, além de Bruni Uvini e até Willian Arão, foram campeões pelo Tricolor há 15 anos. Mais recentemente, os são-paulinos foram campeões em um time que tinha Antony, Rodrigo Nestor, o lateral-esquerdo Welington e o zagueiro Diego Costa.

    Apesar de ser uma espécie de “vestibular” da bola (e portanto com importância a ser destacada na vida de qualquer clube, atleta ou até torcedor), ser campeão da Copinha está longe de ser um atestado absoluto. Representa apenas mais um desafio de uma série de muitos outros que virão.