É impressionante como as coisas mudam. Tiquinho Soares estava seguro, pegou a bola e fez, no último minuto, o gol de pênalti que garantiu a vitória do Botafogo sobre o São Paulo, pela 31ª rodada do Brasileirão de 2022. Foi a sua primeira cobrança da marca da cal com a camisa alvinegra. Pouco após o apito final, os torcedores botafoguenses entoaram, pela primeira vez, a música que passaria a embalar a história de Tiquinho com a Estrela Solitária no peito.
“Ai, ai, ai, ai... tá chegando a hora... o dia já vem raiando, meu bem, Tiquinho Soares é f*d@”. A música pegou e foi repetida a cada vez que o atacante tinha sua escalação anunciada, a cada gol marcado e até mesmo como forma de demonstrar apoio, quando Tiquinho já vivia uma péssima fase e fazia jogo muito abaixo do esperado contra o Santos -- no momento em que a histórica derrocada botafoguense no Brasileirão de 2023 tinha tomado forma. Passado quase um ano e meio daquela tarde no Morumbi, parte da torcida alvinegra parecia hesitar para terminar a música da maneira como ela foi concebida.
O Botafogo, afinal de contas, trocou um título quase certo por um dos maiores vexames dos campeonatos nacionais por pontos corridos. Tiquinho, que antes era quase certeza como craque daquele Brasileirão de 2023, acabou sendo um dos tantos símbolos daquela derrocada. Desde o pênalti perdido contra o Palmeiras, no momento que acabou simbolizando a mudança de sorte entre os clubes naquela competição, até a ótima atuação na goleada frente o Aurora, no jogo de volta da pré-Libertadores, o camisa 9 tinha apenas dois gols em 16 jogos. Uma queda vertiginosa se comparado ao seu histórico até aquele momento (0,1 gols/partida contra 0,5 de média no período anterior).
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