Quem vai ser o novo técnico da seleção brasileira após a demissão de Dorival Júnior?

A CBF volta suas atenções para Jorge Jesus, que enfrenta um momento instável no Al Hilal. Ednaldo Rodrigues tem como objetivo anunciar um novo comandante até a Data Fifa de junho, garantindo a presença de um treinador à frente da seleção antes do início do Mundial de Clubes. Apesar de o Al Hilal também estar classificado para o torneio, Jorge Jesus teria sinalizado disposição para abrir mão da competição caso avance o acerto com a equipe brasileira, como apurou a GOAL.

Antes de Jorge Jesus, o nome mais próximo de assumir a seleção brasileira foi Carlo Ancelotti. A CBF acreditava em um desfecho positivo com o italiano, mas tratava o assunto com cautela após a frustração das tratativas em 2023. Desta vez, novamente esbarrou em entraves com o Real Madrid.

Segundo apuração da GOAL, Ancelotti entende que teria direito a uma compensação financeira de cerca de 10 milhões de euros pela rescisão antecipada do contrato, que termina apenas em 2026. Florentino Pérez, presidente do clube espanhol, por outro lado, se recusou a pagar qualquer valor, e se mostrou disposto a liberá-lo sem custos. Sem flexibilidade por parte do estafe do treinador — que responsabiliza o clube pela decisão de interromper o vínculo —, a CBF optou por encerrar as conversas.

No início de abril, o apresentador André Rizek noticiou que a CBF trabalhava com quatro nomes estrangeiros como opções para o cargo: Carlo Ancelotti, Jorge Jesus, Abel Ferreira e José Mourinho nesta ordem de prioridade. Assim como 'JJ', Abel, do Palmeiras, também estará no Mundial de Clubes no meio do ano. Já Mourinho, atualmente no comando do Fenerbahçe, da Turquia, está fora da competição.

A GOAL apurou que alguns treinadores estrangeiros também foram oferecidos à cúpula da seleção brasileira nas últimas semanas. Campeão da Eurocopa de 2021 com a Itália, Roberto Mancini foi um dos nomes apresentados à CBF por meio de intermediários. Segundo uma fonte ouvida pela reportagem, o técnico italiano demonstrou interesse em liderar não apenas a equipe principal da Canarinho, mas também em contribuir com um projeto mais amplo de reformulação do futebol de seleções no país.

Outro nome que chegou aos dirigentes da entidade foi o de Didier Deschamps, campeão mundial com a França em 2018. Um empresário estrangeiro entrou em contato com o coordenador de seleções masculinas, Rodrigo Caetano, para sugerir o treinador. Porém, a CBF recusou as contratações de Deschamps, e Zlatko Dalic, ex-treinador da Croácia, como soube a GOAL. Os dois nomes foram sugeridos pelo mesmo intermediário, mas não empolgaram os dirigentes da entidade.

Embora Ancelotti fosse o favorito e, agora, Jorge Jesus esteja em alta na vez, outros nomes também agradam ao presidente Ednaldo Rodrigues e já foram avaliados pela CBF. Entre as opções colocadas à mesa estão Filipe Luís e Renato Gaúcho — este último, apesar de ter assumido o comando do Fluminense, está descartado.

O ex-técnico Tite também esteve em pauta, mas, naturalmente, saiu de cena para cuidar da sua saúde mental após recusar o Corinthians. Ainda assim, todos correm por fora nessa disputa.

A cúpula da CBF se reuniu também no dia 4 de abril, para avançar na definição do sucessor de Dorival Júnior no comando da seleção brasileira. O encontro contou com a presença de Ednaldo Rodrigues, Rodrigo Caetano, e do coordenador técnico Juan.

Segundo Ednaldo, a escolha será anunciada em breve, a tempo da convocação para os dois próximos compromissos das Eliminatórias Sul-Americanas, marcados para a Data Fifa de junho. O foco da reunião foi alinhar os últimos detalhes para oficializar o novo nome no comando da equipe.

Rodrigo Caetano destacou que tem se reunido constantemente para resolver essa questão: "Temos tido reuniões com o presidente Ednaldo, com a participação do Juan em algumas delas, com o foco em buscar o nome desse futuro treinador da seleção brasileira. Assim que tivermos isso definido por parte do presidente, iniciaremos as negociações para o mais rapidamente possível anunciar o nome do novo comandante da seleção brasileira", disse.

Dorival Júnior foi demitido do cargo de técnico da seleção brasileira após a goleada de 4 a 1 sofrida para a Argentina no Monumental de Núñez, em Buenos Aires. Embora a seleção ainda figure em quarto lugar nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, com 21 pontos, o desempenho da equipe sob o comando de Dorival gerou forte pressão, especialmente após o revés histórico. Auxiliares Lucas Silvestre e Pedro Sotero e o preparador físico Celso Resende também foram desligados.

Sob o comando de Dorival Júnior, a seleção brasileira apresentou números inconsistentes nas Eliminatórias, com quatro vitórias, dois empates e duas derrotas em oito partidas. O time marcou apenas 12 gols e sofreu nove. Além disso, a eliminação nas quartas de final da Copa América — após empates contra Costa Rica, Colômbia e Uruguai — também contribuiu para o desgaste de Dorival.

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Em nota, a CBF disse: "A Confederação Brasileira de Futebol informa que o técnico Dorival Júnior não comanda mais a Seleção Brasileira. A direção agradece ao profissional e deseja sucesso na continuidade de sua carreira. A partir de agora, a CBF vai trabalhar em busca do substituto."