Mas o momento de ruptura aconteceu em 2019. "Na hora que saiu a escala, o coração foi a mil. Você relembra tudo que passou na sua vida, tudo que viveu pra chegar até ali e você pensa: vale a pena", relembrou a árbitra em declarações veiculadas pelo GE. Em maio daquele ano, Edina foi escalada para apitar um CSA vs Goiás e se tornou a primeira mulher, após um hiato de 14 anos a apitar um jogo da primeira divisão do Campeonato Brasileiro -- a precursora foi Silvia Regina de Oliveira.
Mas não foi apenas no Brasil que Edina Alves Batista chamou a atenção. Em 2021, ela se tornou a primeira mulher a apitar uma partida de futebol masculina em uma competição da FIFA. No caso, o Mundial de Clubes e o jogo entre Al Duhail, do Qatar, contra o Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul. Um reconhecimento do trabalho duro e uma quebra de paradigma em um esporte tão dominado pelo machismo. A árbitra faz parte do quadro da Fifa desde 2016.
Figura importante para a quebra de paradigmas e preconceitos, Edina também fez história ao lado de Neuza Back, integrando a primeira equipe de arbitragem 100% composta por mulheres a apitar um jogo de Libertadores (no caso, Defensa y Justicia 1 x 1 Independiente Del Valle). Na Copa do Mundo feminina, inclusive na edição 2023, Edina é figura mais que certa nos gramados.