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EPL storylines GFXGetty/GOAL

O problema de R$ 1,77 bilhão do Liverpool, Moises Caicedo "melhor do mundo" e o que observar na volta da Premier League

Olhando para outros jogos, o Chelsea tem a chance de afundar ainda mais o azarado Nottingham Forest, enquanto o Manchester City recebe o Everton sem Jack Grealish no Etihad Stadium. Já o Arsenal tentará conquistar sua primeira vitória em três temporadas em Craven Cottage, contra o Fulham. As disputas pelo título, por vagas europeias e contra o rebaixamento já começam a pegar fogo.

Há muitas narrativas interessantes para acompanhar neste retorno da Premier League, e a GOAL selecionou as oito mais intrigantes.

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  • Newcastle United v Nottingham Forest - Premier LeagueGetty Images Sport

    Postecoglou com tempo contado no Forest?

    Ange Postecoglou rapidamente conquistou o público inglês quando começou sua trajetória no Tottenham, em 2023, com uma sequência invicta de 10 jogos na Premier League. Sete partidas após assumir o Nottingham Forest, ele ainda busca sua primeira vitória e já corre risco de demissão. Como o Forest, sensação da temporada passada, e Postecoglou, um técnico vencedor em vários continentes, chegaram a essa situação? Há muitos fatores a considerar.

    Se deixarmos de lado o debate sobre o comando técnico, a explicação simples seria que o Forest apenas superou as expectativas no último campeonato e agora está voltando à média. Seu saldo de gols esperado em 2024/25 foi de -3,4 (segundo o FBRef), o 13º melhor da liga, seis posições abaixo da colocação real, o sétimo lugar.

    Mas reduzir a análise apenas aos números seria injusto com o que o Forest conquistou sob o comando de Nuno Espírito Santo. O time se tornou um dos mais sólidos e difíceis de enfrentar na Premier League, enquanto o talento criativo de Morgan Gibbs-White e a boa fase do veterano atacante Chris Wood garantiram os gols necessários. Parte desse brilho ofensivo esfriou e a defesa ficou mais vulnerável por causa das lesões, mas os problemas vão além disso.

    O temperamental dono do clube, Evangelos Marinakis, atraiu atenção indesejada ao confrontar Nuno em campo após o empate por 2 a 2 com o Leicester City, no penúltimo jogo em casa da temporada passada. Ambos minimizaram o episódio, dizendo que o grego apenas se preocupava com o atacante lesionado Taiwo Awoniyi, mas a cena não pegou bem. A situação piorou quando Nuno admitiu, em agosto, que sua relação com o dono havia se deteriorado, e relatos posteriores atribuíram isso à chegada de Edu Gaspar, ex-Arsenal, como novo diretor global de futebol.

    A demissão do popular Nuno para contratar Postecoglou foi uma decisão confusa. Marinakis mantinha boa relação com o ex-técnico do Celtic e chegou a jantar com ele durante o meio do ano. Se esse era o plano, por que esperar o fim da janela de transferências para anunciá-lo? Além disso, os estilos de Nuno e Postecoglou são completamente diferentes, e as táticas do australiano já estavam desgastadas no fim de sua passagem pelo Tottenham.

    O Forest perdeu o senso de unidade. Um clube coeso e vibrante virou um ambiente fragmentado. Segundo reportagens recentes, se Postecoglou não conseguir sua primeira vitória neste fim de semana, contra o Chelsea, no City Ground, o nativo de Nottingham Sean Dyche pode assumir o cargo, em mais uma reviravolta completa de filosofia. Difícil entender a lógica disso tudo.

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  • FBL-ENG-PR-CHELSEA-LIVERPOOLAFP

    Hype máximo em Caicedo

    Moisés Caicedo é o melhor meio-campista da Premier League? Em uma palavra: não. Desculpem, torcedores do Chelsea. Mas o debate é interessante.

    O equatoriano demorou a se adaptar ao Stamford Bridge após a transferência de £ 115 milhões (R$ 870 milhões) vinda do Brighton, em 2023. Parte disso foi o peso da expectativa, parte foi o planejamento desorganizado do elenco e parte se deveu à sua juventude e à necessidade de evolução.

    Dois anos depois, é difícil encontrar um torcedor dos Blues que não repetiria o negócio. Exceto talvez Todd Boehly e Behdad Eghbali, por motivos contábeis, todos estariam felizes em pagar mais £ 115 milhões ao Brighton se fosse preciso. O fato de ninguém mais falar sobre o preço do jogador é o maior sinal de que Caicedo foi um sucesso em Londres: já venceu dois títulos e ajudou o clube a voltar à Champions League.

    O auge de Caicedo nesta temporada aconteceu antes da pausa de outubro, quando dominou o meio-campo contra o Liverpool e marcou um golaço na vitória por 2 a 1. Se continuar nesse ritmo, consolidará seu lugar entre a elite mundial.

    Os melhores meio-campistas do mundo costumam contribuir com gols ou assistências com alguma regularidade. Jude Bellingham e Pedri se destacam nesse aspecto, mas até jogadores mais recuados, como Rodri, Declan Rice e Vitinha, produzem bons números. Caicedo, por sua vez, já soma três gols em sete partidas na Premier League, sua melhor marca na Europa, e parece determinado a melhorar ainda mais nesse quesito.

  • Manchester City v Manchester United - Premier LeagueGetty Images Sport

    Novo Haaland alimenta esperanças de título do City

    O Manchester City ocupa o quinto lugar, a apenas três pontos da liderança, e há uma razão principal para continuar na briga: Erling Haaland. O atacante já marcou 21 gols em 12 partidas por clube e seleção, um número absurdo até para seus próprios padrões.

    A novidade é que Haaland acrescentou novas camadas ao seu jogo. Ele deixou de ser apenas o típico finalizador que espera na pequena área por uma bola que caia em seu raio de alcance. O City precisou que ele diversificasse seu estilo para acompanhar os rivais, e ele respondeu.

    Haaland marcou 12 dos 19 gols do City na temporada, além de ter dado uma assistência. Nenhum outro jogador da equipe tem mais de dois gols (marca de Phil Foden), enquanto Tijjani Reijnders, Rayan Cherki, Jérémy Doku, Savinho e Matheus Nunes balançaram a rede uma vez cada. Omar Marmoush, Bernardo Silva e Oscar Bobb ainda não marcaram. Acabou o tempo em que o City tinha múltiplos goleadores; hoje, há um protagonista e vários coadjuvantes que precisam aparecer quando chamados. Haaland é o único constante, e já é tratado como o que poderá vir a ser o maior artilheiro da história da Premier League.

    Se mantiver esse ritmo, terminará a temporada com 48 gols na liga. Parece absurdo, mas não é impossível. Ser o primeiro jogador a ultrapassar a marca de 40 já seria histórico e, pelo que mostra, plenamente alcançável.

    Liberado antecipadamente da seleção da Noruega, Haaland deve chegar ao jogo contra o Everton, no sábado (18), descansado e cheio de energia. Pode ser uma tarde longa para os Toffees.

  • Sunderland v Aston Villa - Premier LeagueGetty Images Sport

    Black Cats querem enterrar fantasma do rebaixamento

    Entre os três clubes promovidos à Premier League nesta temporada, o Sunderland parecia a aposta mais segura para permanecer na elite. O clube fez várias contratações inteligentes. A principal delas a de Granit Xhaka, ex-meio-campista do Arsenal e campeão alemão pelo Bayer Leverkusen. O clube parecia alinhado em todas as esferas, do conselho administrativo às arquibancadas.

    É uma realidade muito diferente do Sunderland da última década, aquele que sofreu rebaixamentos consecutivos até cair na terceira divisão do futebol inglês pela primeira vez desde 1987. Os Black Cats voltaram à Premier League cheios de atitude e seguem invictos no Stadium of Light, onde enfrentarão o Wolves neste fim de semana.

    Apesar do trabalho heroico do técnico Vítor Pereira para salvar o time do rebaixamento na temporada passada, o Wolverhampton ainda não se encontrou nas sete primeiras rodadas de 2025/26: foram cinco derrotas e dois empates. As novas contratações não conseguiram substituir a magia nem os gols de Matheus Cunha, enquanto Jorgen Strand Larsen ainda sente os efeitos da frustrada negociação com o Newcastle, que ofereceu £ 60 milhões (R$ 454 milhões) no fim da janela, e segue sem marcar na liga.

    Os torcedores no Molineux já soam o alarme, mas aparentemente não na diretoria, que renovou o contrato de Pereira por mais três anos no mês passado, mesmo em meio à sequência sem vitórias. Uma derrota em Sunderland pode gerar revolta, mas os anfitriões estão prontos para aproveitar o embalo e conquistar mais uma grande vitória neste início promissor.

  • Arsenal v West Ham United - Premier LeagueGetty Images Sport

    Arsenal busca espantar seus fantasmas

    Parece que, a cada semana em que o Arsenal lidera a tabela, o jogo seguinte é tratado como uma final. É o peso que o clube carrega há três anos.

    A diretoria do Emirates Stadium não vê o cargo de Mikel Arteta ameaçado. Pelo contrário, reconhece tudo o que ele fez para recolocar o clube entre as potências da Inglaterra e da Europa. Ainda assim, a pressão externa será insuportável se ele não conquistar um título nesta temporada.

    Os Gunners têm a chance de abrir quatro pontos na liderança neste sábado, quando visitam o Fulham em um clássico londrino. Mas Craven Cottage tem sido um estádio de más lembranças: foi lá que muitos sonhos começaram a ruir.

    Em 2023-24, o Arsenal visitou o Fulham na véspera de Ano Novo, logo após perder por 2 a 0 em casa para o West Ham. O time abriu o placar com Bukayo Saka, mas acabou derrotado por 2 a 1. Depois de liderar o campeonato no Natal, os Gunners iniciaram o novo ano na quarta posição, e essa sequência negativa foi apontada por muitos torcedores como a principal razão para terminarem vice-campeões, um ponto atrás do City.

    Na última temporada, a visita ao Fulham aconteceu um pouco antes, em dezembro, e novamente terminou em frustração. O Arsenal saiu atrás com gol de Raúl Jiménez, empatou com William Saliba e chegou a virar com Saka, mas o gol foi anulado pelo VAR por impedimento. Naquele momento, o time já era o terceiro colocado e via o líder Liverpool abrir vantagem.

    Agora, o destino quis que a primeira viagem do Arsenal como líder em 2025-26 fosse justamente ao Fulham, oferecendo a Arteta e seus jogadores a chance de espantar os fantasmas e corrigir os erros dos últimos dois anos.

  • FBL-ENG-PR-TOTTENHAM-WOLVESAFP

    Péssimo desempenho em casa coloca o Tottenham em alerta

    Depois do caos do Ange-ball, Thomas Frank transformou o Tottenham em um time mais maduro. As partidas deixaram de ser caóticas, e há uma esperteza tática que o clube não mostrava havia várias temporadas. Os Spurs transmitem mais confiança contra adversários fortes, o que torna a visita do Aston Villa, no domingo (19), ainda mais interessante.

    Mas há um enorme “elefante na sala”: o desempenho do Tottenham em casa. O estádio bilionário do clube é um verdadeiro palácio e pode ser um 12º jogador em circunstâncias ideais, como ficou claro nas campanhas europeias da temporada passada. No entanto, em 12 jogos da Premier League em 2025, os Spurs venceram apenas três: contra o rebaixado Southampton, o recém-promovido Burnley e o Manchester United. O “fator intimidação” de enfrentar o Tottenham em casa ainda não voltou, e Frank precisa resolver isso se quiser transformar uma equipe vista como frágil e irregular em um time realmente competitivo.

    Os ingressos para os jogos dos Spurs não são baratos, e a torcida, cada vez mais desiludida com a longa gestão de Daniel Levy, está impaciente. A frustração é visível nas arquibancadas, e a tensão toma conta sempre que o time é pressionado.

    “É muito importante transformar nosso estádio em uma fortaleza”, disse Frank em sua apresentação, em julho. “Mas isso só pode acontecer com a união entre nós e os torcedores. Precisamos construir essa relação, porque quero que jogar aqui seja algo muito, muito difícil para qualquer adversário. Só conseguiremos isso juntos.”

    O Aston Villa, de Unai Emery, chega a Londres em boa fase: está invicto há sete partidas depois de um início de temporada com seis jogos sem vencer. Os ingleses Ollie Watkins e Morgan Rogers também voltaram a marcar e são as principais esperanças da equipe visitante.

  • Burnley v Liverpool - Premier LeagueGetty Images Sport

    Como o Liverpool pode resolver seus problemas no ataque?

    Se o Tottenham tem um “elefante na sala”, o Liverpool tenta esconder o seu debaixo do tapete. Mas, no caso de Florian Wirtz, já é tarde demais. Todos podem ver: nove jogos, nenhum gol e nenhuma assistência.

    Wirtz já havia virado alvo das piadas “007”, zero gols, zero assistências em sete partidas, há duas rodadas e continua sem participar diretamente de um gol. Ele até poderia ter quebrado o jejum na derrota dos Reds para o Chelsea, quando saiu do banco e deu um toque sutil para deixar Mohamed Salah na cara do gol, mas o egípcio, em início de temporada também abaixo do esperado, desperdiçou a chance.

    O meio-campista alemão admite ainda estar se adaptando ao ritmo frenético da Premier League, onde a pressão é constante e todos os times atacam com intensidade. É compreensível, mesmo com o preço de £ 117 milhões (R$ 884 milhões), ainda mais porque Arne Slot ainda tenta encontrar o encaixe ideal para seu estilo de jogo. Mas até quando a paciência deve durar, especialmente considerando que Alexander Isak custou £ 125 milhões (R$ 945 milhões) e tem três temporadas de experiência no futebol inglês? O sueco, afinal, será inevitavelmente julgado pelos gols que marcar.

    Isak praticamente perdeu toda a pré-temporada com o Newcastle enquanto tentava forçar a transferência para o Liverpool. No fim, conseguiu o que queria, deixando os Magpies em uma posição delicada. Mas, desde então, usou suas seis primeiras partidas com o novo clube para recuperar ritmo e, olhando com mais atenção, há motivo para preocupação.

    Nos últimos 11 jogos por clubes e seleção, Isak marcou apenas uma vez, no gol que abriu o placar na vitória por 2 a 1 sobre o Southampton, pela terceira fase da Copa da Liga, em setembro. Depois de atuações apagadas com a Suécia nas Eliminatórias da Copa, a imprensa do país questiona seu rendimento, e há quem defenda que Hugo Ekitike deveria ser o titular no clássico contra o Manchester United, domingo, em Anfield.

    É natural que um time leve algum tempo para encaixar tantas peças novas e caras, mas a pressão é enorme: o Liverpool precisa brigar pelo bicampeonato da Premier League. No momento, o Arsenal parece estar muito mais entrosado e consistente.

  • Manchester United v Sunderland - Premier LeagueGetty Images Sport

    Rúben Amorim busca segunda vitória consecutiva

    Apenas o Liverpool separa Rúben Amorim de sua primeira sequência de duas vitórias consecutivas como técnico do Manchester United. O português está ficando sem tempo para alcançar essa marca antes de completar um ano no cargo. Mas sem muito o que comemorar, convenhamos.

    Há um abismo entre os dois rivais históricos quando se trata de resultados recentes, planejamento e qualidade dos elencos. Ainda assim, os jogadores de Amorim não temem Anfield: empataram lá nas últimas duas temporadas, deixando para trás a traumática goleada de 7 a 0 sofrida em 2022/23. Agora, o desafio é ir além: conquistar uma vitória improvável e realmente bagunçar o favoritismo do rival.

    Após a Data Fifa de setembro, o United voltou enfrentando o Manchester City e perdeu por 3 a 0. Foi quando as críticas a Amorim começaram a ganhar força. E, como de costume, basta uma derrota para o clube mergulhar em “crise nacional”. Se o United perder novamente neste domingo, a reação será semelhante, mesmo com a clara diferença de nível entre os times. Por outro lado, talvez este seja o melhor momento para enfrentar o Liverpool de Slot, que vem de três derrotas seguidas pela primeira vez sob o comando do técnico holandês e dá sinais de desgaste neste ponto da temporada.

    E poupem o pensamento de Frank Ilett — o famoso “United Strand”, que não vai cortar o cabelo até os Red Devils vencerem cinco partidas seguidas — no domingo, certo? Afinal, o caminho para uma sequência de cinco vitórias começa com o simples passo de conquistar duas seguidas.

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