Mas a temporada, que começou com título paulista e triunfo na Supercopa do Brasil, começou a mover desconfianças a partir do final de junho. Neste período, o Palmeiras sofreu derrotas duras no Brasileiro (perdendo sua invencibilidade em casa contra o Botafogo) e foi eliminado na Copa do Brasil para o rival São Paulo – uma constante “pedra na chuteira” nas campanhas mais recentes.
Algumas vezes, especialmente no Brasileirão, parece que também falta um pouco de sorte e/ou de maior qualidade para transformar boas oportunidades em gols. Mas no final das contas, o que move o humor da torcida é o resultado. Abel Ferreira sabe muito bem disso. O seu discurso após empate contra o Internacional, no Beira-Rio, pela 15ª rodada, resume muito bem isso.
"Futebol é eficácia. Hoje vejo que, se tinha que ter um vencedor, éramos nós. O goleiro deles hoje segurou um ponto. A primeira parte foi um jogo equilibrado. A segunda nós estivemos por cima, uma oportunidade do Menino, outra na cabeça do Murilo, o remate do Jhonatan. Merecíamos mais hoje, mas futebol é assim. As equipes mais eficazes ganham, fazem pontos", afirmou.
"Faltou só fazer gol, o que posso dizer mais? Continuar a trabalhar, é assim que os campeões fazem. Não conheço um campeão que só ganhe. Os campeões são os que levam as pancadas e continuam. Se querem um treinador que só ganhe títulos, descubram, porque não sei onde está o treinador que só ganha".