O céu parecia ser o limite para Neymar com a camisa da seleção brasileira. O atacante revelado pelo Santos até protagonizou feitos importantes com a equipe principal, como o lugar conquistado na artilharia histórica do selecionado comprova. Em suas melhores condições, quase sempre se apresentou em alto nível em termos de atuações. Jamais foi aquele cara que se escondeu de um jogo difícil. A vontade e a habilidade sempre estiveram lá. Disso, não há dúvidas.
Mas o grande problema quando se mira o céu, é pensar que há uma aterrisagem a ser feita. A balança entre a expectativa e a realidade. Vestido com a camisa canarinho, Neymar voou. Mas também foi outras muitas vezes ao chão. Uma experiência cujo saldo, ao menos até este momento, não foi dos mais felizes. Especialmente para o atleta. A sua mais nova imagem com as mãos no rosto, em agonia e choro, antes de a derrota por 2 a 0 contra o Uruguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, ser sacramentada, é apenas mais um destes tristes episódios.
Aos 31 anos, jogando na Arábia Saudita e já com um longo histórico de lesões acumulado, é impossível não se questionar sobre como Neymar será lembrado na seleção. Ainda que seja possível ver muita coisa sendo escrita até 2026 -- já que sua vontade segue sendo a de tentar dar um novo título mundial ao Brasil --, podemos dizer, metaforicamente, que o grande craque brasileiro de sua geração se encontra nos 40 e poucos minutos do segundo tempo de sua narrativa particular em verde e amarelo.






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