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Neymar: de herdeiro de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo a sucessor de Ronaldinho Gaúcho – e não apenas do jeito certo!

O Brasil terá como próximos adversários Colômbia e Argentina, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Jogos daqueles considerados “nobres” dentro da competição classificatória. E mais uma vez um dos temas é a ausência de Neymar – e variações do tipo: “quem será o substituto de Neymar?”. Tem sido algo bem comum.

Falando em ciclos que têm se repetido... Neymar esteve, mais uma vez, no centro das atenções por motivos extracampo. A ausência na semifinal do Campeonato Paulista, pelo Santos, já havia gerado frustração entre os torcedores. Para piorar, pouco depois ele foi flagrado em uma festa daquelas que parecem homenagear o Deus Baco, apesar de professar ter se transformado em bom moço dentro de um casamento tradicional.

Cada um tem o direito de viver sua vida como quiser, mas para um atleta de elite este tipo de situação muitas vezes entra em choque com desempenho esportivo. Para alguém que vem se recuperando de lesão, ser flagrado em festas não é exatamente um atestado de bom profissionalismo pois não ajuda em nada na recuperação em si. Pelo contrário. Esta é uma história antiga, e no caso de Neymar vem sendo repetida desde os tempos de PSG.

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  • Neymar GFX@neymarjr Instagram

    Outra lesão, outro corte e outra polêmica

    No mesmo dia em que a festinha polêmica virou bafafá de redes sociais, com direito a entrevistas até mesmo escatológicas com uma moça que teria passado um tempo íntimo com o camisa 10 do Santos, Neymar foi cortado da seleção brasileira que vai enfrentar Colômbia e Argentina, pelas Eliminatórias.

    O corte foi pela mesma lesão na coxa que o fez perder a semifinal do Paulistão, mas o timing em que a notícia caiu reflete muito o momento de Neymar: mesmo quando parece que voltará a aparecer por causa de seu futebol, a notícia principal volta a ser algo relacionado à sua ausência dos gramados.

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  • FBL-EUR-C1-BARCELONA-MILANAFP

    O herdeiro que não foi

    Tido, na última década, como o substituto natural de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo no trono do futebol, Neymar acabou não seguindo por este caminho. O seu roteiro tem mais paralelos com um outro craque, que ao contrário do argentino e do português não representou o nível de dedicação necessário para ter um reinado longo no esporte de alto rendimento. Neymar é um sucessor de Ronaldinho Gaúcho.

  • FBL-BRAZIL-TRAININGAFP

    A magia e o brilho curto

    Isso é um baita elogio quando pensamos na magia que ele foi (e ainda é) capaz de escrever com seus pés. Na idolatria geracional que foi capaz de movimentar entre a despedida do Santos e seu retorno ao clube que o revelou.

    Mas também serve como alerta de um brilho mais curto. É piscar os olhos e ver que a carreira no mais alto nível realmente está acabando, talvez com apenas mais uma chance de ter o seu Canto do Cisne, e escutar, invariavelmente, algumas pessoas dizendo que o saldo final de sua vida futebolística deixou um sabor de “quero mais”, um “poderia ter sido ainda maior”. Em última instância, um certo sabor de decepção.

    A esperança dos torcedores brasileiros – não apenas os santistas - é que Neymar ainda consiga dar a volta por cima. Depois de fracassar no Milan e no Flamengo, Ronaldinho Gaúcho teve uma "Última Dança" brilhante no Atlético Mineiro, conquistando a Libertadores em 2013 e dando uma derradeira resposta para quem duvidava de suas capacidades – depois daquilo, virou de vez a chave para seus rolês aleatórios e festas sem fim.

  • Santos v Bragantino - Campeonato Paulista 2025Getty Images Sport

    Tic-tac, tic-tac, tic-tac...

    Neymar está com os mesmos 33 anos que Ronaldinho tinha naquele 2013 em que deu sua resposta, mas o último grande argumento futebolístico entregue por Neymar foi, provavelmente, na temporada 2019/20, quando levou o PSG até a final da Champions League. Há quase cinco anos! E, claro, o jogador do Santos ainda não tem um título de Copa do Mundo ou uma Bola de Ouro em sua coleção.

    Verdade seja dita, Neymar é adulto e pode curtir sua festa e levar seus relacionamentos do jeito que achar que deve. O problema é dele. Mas é uma pena que tudo isso, essa espécie de rolê certeiro – nada aleatório – que tem insistido em cercar sua carreira nestes últimos anos, continue a ser mais notícia do que o que ele pode fazer, e não tem conseguido fazer, num jogo de futebol. Ainda há tempo, mas cada vez menos.