Os melhores candidatos ao cargo de técnico da seleção brasileira

Zinédine Zidane fez sua estreia como treinador do Real Madrid em janeiro de 2016. Em suas duas passagens pelo time merengue, o técnico francês alcançou a impressionante marca de três títulos da Liga dos Campeões e dois troféus de La Liga. Apesar de seu histórico como jogador contra o Brasil poder ser visto como uma desvantagem para o treinador, Zidane surge como uma escolha promissora para a seleção.

Em evidência na Itália, o treinador brasileiro Thiago Motta parece ter traçado cuidadosamente sua carreira nos últimos anos. Inicialmente, começou no comando da equipe sub-19 do PSG, passando posteriormente a dirigir o Genoa por duas temporadas, o Spezia por uma, e agora está à frente do Bologna. Thiago Motta também foi cogitado para assumir o cargo de treinador da equipe principal do PSG nesta temporada, e, dada sua notoriedade, está trilhando o caminho para se tornar um dos principais treinadores do mundo.

O treinador com o maior número de vitórias no mundo em 2023, Luís Castro, deixou uma marca significativa durante sua passagem pelo futebol brasileiro ao comandar o Botafogo. Essa influência reflete-se na acentuada queda de desempenho da equipe após sua saída para o Al Nassr, a pedido de Cristiano Ronaldo. Na Arábia Saudita, o técnico português parece ter encontrado a formação ideal para destacar o "robozão" e as diversas estrelas que o time contratou durante a temporada.

Apesar de não poder competir com o poder financeiro do Fundo de Investimentos, Castro demonstra habilidade para montar uma equipe sólida, o que poderia ser uma vantagem valiosa para assumir o comando da seleção brasileira.

Rogério Ceni destaca-se como um dos melhores treinadores jovens no cenário do futebol brasileiro atual. Agora liderando o projeto do Grupo City no Brasil, à frente do Bahia, o treinador é reconhecido por suas ideias táticas inovadoras e por ter deixado um legado positivo em suas passagens pelo Fortaleza e Flamengo. Apesar das contribuições inovadoras, nota-se que Ceni ainda enfrenta desafios na gestão do vestiário, o que pode ter impactado seu trabalho anterior no São Paulo e no Cruzeiro. Contudo, seu perfil o torna uma escolha promissora para projetos de longo prazo.

O atual treinador do Grêmio havia se colocado como um dos candidatos nessa disputa antes mesmo da saída de Tite, destacando-se pelos seus recentes trabalhos no futebol brasileiro. No entanto, parece que o vice-campeonato na Copa Libertadores de 2021 pelo Flamengo relegou o treinador de 61 anos a uma posição menos destacada no cenário nacional.

Renato já expressou em diversas ocasiões o seu desejo de assumir o comando da seleção, afirmando a certeza de que esse sonho se concretizaria um dia. Embora seu estilo "boleirão" possa não agradar a todos os torcedores, o treinador retorna como uma figura fortalecida após o vice-campeonato no Brasileirão de 2023.

Outro nome de difícil persuasão, considerando especialmente o atual cenário e o montante financeiro que recebe na Arábia Saudita, é Jorge Jesus. O treinador português continua sendo uma opção atrativa para assumir a seleção brasileira, notadamente devido à sua marcante passagem pelo Flamengo em 2019. Reconhecido pelo estilo firme e exigente de treinar seus jogadores, parece ser essa a tendência que se desenha no momento.

Estaria na hora de a seleção brasileira considerar a possibilidade de investir em José Mourinho? Certamente, não falta interesse por parte do treinador português. Recentemente, o jornal britânico Mirror noticiou que Mourinho estaria interessado em assumir o comando da seleção e estaria disposto a recusar propostas do futebol árabe para se comprometer com a equipe.

Embora o estilo de jogo de Mourinho possa não agradar aos entusiastas do futebol moderno, o treinador poderia agregar um currículo vitorioso e uma vasta experiência, trazendo consigo ideias do futebol europeu para a seleção brasileira.

Experiente, vitorioso e hábil em lidar com grupos. Aos 61 anos, Dorival Júnior construiu uma carreira que aparenta ter atingido seu ápice ao comandar o Flamengo em 2022 e, posteriormente, em sua segunda passagem pelo São Paulo em 2023. Considerando o momento atual, Júnior pode se apresentar como um candidato natural para suceder nomes como Felipão, Mano Menezes e Tite, levando em conta suas conquistas no cenário nacional. Estaria chegando o momento para essa transição?

Apesar de Abel Ferreira ter reiterado diversas vezes o seu desejo de cumprir o contrato até dezembro de 2024 com o Palmeiras, não há dúvida de que ele seria o candidato ideal para assumir a seleção brasileira, caso os futuros dirigentes optem por um treinador estrangeiro.

Alicerçando essa escolha está o trabalho exemplar de três anos à frente do Palmeiras, resultando em nove títulos, incluindo duas Copas Libertadores da América. Abel Ferreira conseguiu imprimir sua marca no estilo de jogo da equipe alviverde, revelando uma capacidade ímpar para encontrar soluções táticas tanto dentro de campo quanto na ausência de jogadores importantes, deixando um legado vitorioso e de liderança. Além disso, soma-se o amplo conhecimento do treinador português sobre os jogadores brasileiros e o futebol nacional.

No entanto, é fato que seu comportamento à beira do campo e a forma como se expressa nas entrevistas coletivas parecem ser seus maiores pontos de discordância para alguns torcedores brasileiros.

Não há dúvida de que Fernando Diniz é o melhor treinador brasileiro no momento. No entanto, a divisão de suas responsabilidades como técnico interino da seleção brasileira e do Fluminense, especialmente quando o clube carioca estava prestes a disputar a Copa Libertadores e o Mundial de Clubes, não contribuiu para o seu desempenho à frente da seleção.

Além disso, seu estilo único implementado no Fluminense não foi construído da noite para o dia, e modelos de jogo como esse demandam tempo, especialmente considerando o fato de que a seleção se reúne por poucos dias a cada mês.

Caso o futuro presidente da CBF opte por isso, Fernando Diniz parece ser o nome apropriado e conservador neste momento para dar continuidade ao trabalho na seleção, desde que conte com o apoio claro dos dirigentes. No entanto, seria fundamental condicionar sua permanência efetiva na seleção ao desligamento do Fluminense. A questão que fica é se essa é a vontade atual de Diniz.