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Thiago Silva Fluminense 2025Lucas Merçon/Fluminense

Melhor brasileiro do Mundial, desafio do Fluminense é provar que é o melhor do Brasil em 2025

O que acontece quando um herói volta para casa após empreitadas de sucesso no exterior? Só existe uma resposta óbvia: depende. Depende da história e do herói, da empreitada e de sua casa. O contexto de uma história, portanto, é tão importante quanto a história em si. Não há linhas sem entrelinhas. Acompanhar o Fluminense nesta metade final de temporada 2025, portanto, será um exercício interessante até para quem não torce jogando Pó de Arroz para o alto.

Pense que a campanha espetacular dos tricolores no Mundial de Clubes de 2025, quando chegaram até a semifinal, sendo eliminados apenas pelo futuro campeão Chelsea, representa um filme de sucesso. Agora, os desafios no Brasileirão, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana representam uma espécie de “Parte II” no filme do diretor Renato Gaúcho. E repetir sucessos em sequência não é tarefa fácil em nenhuma indústria. Para este Fluminense, não será diferente.

Apesar de ter sido o melhor time brasileiro no Mundial de Clubes expandido da Fifa, nos Estados Unidos, apontar o Fluminense como melhor time brasileiro do mundo está longe de ser consenso – estamos, aqui, desconsiderando os (válidos, como não?) argumentos absolutos daqueles ditos em rodas de amigos, botecos ou grupos de WhatsApp, claro. Embora espetacular e histórica, a campanha do Tricolor teve contextos específicos que existem em qualquer tipo de torneio eliminatório.

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  • Fluminense v Cruzeiro - Brasileirao 2025Getty Images Sport

    O desafio agora é outro

    De qualquer forma, o desafio agora é óbvio: ser campeão de algum dos três torneios que ainda disputa, especialmente Brasileirão ou Copa do Brasil, uma vez que a Sul-Americana habita em um segundo escalão de forças. E logo de cara, o clube lida com uma grande baixa: a saída de Jhon Arias para o Wolverhampton, da Inglaterra.

    Perder o craque do time é quase como perder o ator protagonista da franquia. A diferença é que, muitas vezes, as narrativas do futebol surpreendem com mais velocidade: poderia John Kennedy, de volta após empréstimo no Monterrey, do México, assumir de vez esse protagonismo como grande força criativa no ataque?

    A boa notícia é que o restante do elenco segue lá: um Fábio quase intransponível no gol, um Thiago Silva tão monstruoso quanto no comando da zaga, além do meio-campo com Martinelli e Hércules como opção, e a promessa de gols de Germán Cano quando o último toque se faz necessário...

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  • Fluminense v Cruzeiro - Brasileirao 2025Getty Images Sport

    Qual versão seguir?

    Mas é na montagem do time que mora o grande desafio. A fórmula encontrada por Renato Gaúcho durante o Mundial de Clubes, com três zagueiros, linhas mais baixas e aposta nos contra-ataques, funcionou quando o Fluminense preferiu jogar a responsabilidade de propor o jogo mais para seus adversários. Em um Maracanã cheio, no entanto, a história pede para ser diferente.

    O que fazer? A tendência é ver estratégias diferentes dependendo dos adversários e de onde as partidas serão disputadas. O futebol é um esporte sem garantias, apenas riscos. No reencontro com a torcida dentro do Maracanã, no primeiro jogo do Fluminense após a campanha no Mundial de Clubes, duas realidades diferentes ainda mostram que a resposta que buscamos não vem logo de cara.

    Jogando sem os três zagueiros, o Fluminense perdeu por 2 a 0 para o Cruzeiro na 14ª rodada. Os dois gols da Raposa vieram através de Fabrício Bruno e Kaio Jorge, com ajuda de evidentes falhas defensivas no primeiro tempo. Mas a segunda etapa, com amasso ofensivo e protagonismo propondo o jogo com a bola no pé, tendo azar em não ter até mesmo empatado, mostrou que o Tricolor também pode bater de frente com os melhores times do país – os cruzeirenses assumiram a liderança do Brasileirão após a vitória. Depois de viver o épico longe de casa, resta saber qual será a versão definitiva do Fluminense ao final de 2025. O mundo já ficou para trás.

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