A homenagem a Diogo Jota que quebrou tradição de 148 anos em Wimbledon

Francisco Cabral, tenista português que disputa a chave de duplas em Wimbledon, quebrou uma tradição de 148 anos do Grand Slam de Londres. Número 40 do ranking da ATP em duplas, ele prestou homenagem ao compatriota Diogo Jota, atacante do Liverpool e da seleção portuguesa, que morreu nesta quinta-feira (3) em um acidente de carro na Espanha. O irmão de Diogo, André Silva, jogador do Penafiel, da segunda divisão de Portugal, também foi vítima da tragédia.

Cabral entrou em quadra usando um laço preto no braço, em sinal de luto por Jota e André. A organização de Wimbledon mantém, desde 1877, a regra que exige trajes completamente brancos dos atletas, mas autorizou a exceção para o uso do laço preto, permitindo assim a homenagem do tenista.

Em entrevista, o tenista português lamentou a perda: "Diogo é um ídolo, um ícone, uma pessoa incrível. Estou muito triste com o que aconteceu. Eu soube (da morte) quando estava dirigindo até Wimbledon e desejo o melhor à família."

"Ontem alguém sugeriu e eu achei muito boa ideia. Inicialmente era uma braçadeira preta, mas através do gabinete de relações disseram-me, esta manhã, que não autorizavam e a única opção que me deram foi utilizar o laço preto. Portanto, era isso ou nada, e foi uma honra”, explicou ao Raquetc, portal especializado na cobertura do tênis português, e a outros jornalistas presentes.

A morte de Diogo Jota comoveu não apenas o mundo do futebol, mas também o de outros esportes. Rafael Nadal, um dos maiores tenistas da história e bicampeão de Wimbledon (2008 e 2010), usou o X (antigo Twitter) para prestar sua homenagem: "Que notícia triste e dolorosa. Todo meu carinho, afeto e apoio à esposa, filhos, familiares e amigos neste momento tão difícil. Descansem em paz, Diogo e André."

Apesar da homenagem, Cabral acabou eliminado do torneio. Ao lado do austríaco Lucas Miedler, foi derrotado pelos tchecos Petr Nouza e Patrik Rikl por 2 sets a 0 e se despediu de Wimbledon 2025.