Harry Kane, Gareth Bale e o ranking dos 25 melhores jogadores do Tottenham no século 21

E que maneira melhor para começar do que com o homem que proporcionou aos torcedores do Tottenham um dos momentos mais epeciais na história do clube... Em seu dia, Lucas Moura era... Bom, era um jogador capaz de marcar um hat-trick em uma semifinal de Champions League. Mas esses dias não aconteciam com muita frequência, como se viu.

Naquele momento contra o Ajax, naquela fatídica noite de maio de 2019, era evidente que aquele seria o auge de sua carreira como jogador. Ainda assim, a queda de rendimento que veio a seguir foi decepcionante. Mesmo assim, ali estava um atacante que será para sempre uma representação daquele elenco dos Spurs.

O próximo da nossa lista é um herói da galera que dividia opiniões entre frustração e momentos de encanto em proporções praticamente iguais. Cria da base do Tottenham, Peter Crouch passou nove anos longe para encontrar o caminho de volta o White Hart Lane.

Contratado sob o comando de Harry Redknapp – é claro –, Crouch se tornou o homem para as grandes partida, mais do que artilheiro confiável. Isso ficou claro em seu desempenho na temporada 2010/11, quando marcou quatro gols em 34 jogos na Premier League e sete em apenas dez partidas da Champions.

Sua altura fazia dele o parceiro ideal para jogadores como Jermain Defoe e Rafael van der Vaart (e, às vezes, com certa relutância, Roman Pavlyuchenko). No entanto, seu cabeceio, que deixava a desejar, irritava os torcedores nas arquibancadas.

Não há muitos da nova geração do Tottenham que conseguiram entrar na nossa lista, mas Micky van de Ven é uma exceção. É impressionante que os Spurs tenham sido os únicos interessados no holandês após sua saída do Wolfsburg, em 2023, e que ele nem sequer tenha sido a primeira escolha dos londrinos no mercado - Edmond Tapsoba, do Bayer Leverkusen, estava, segundo reportagens, mais alto na lista de prioridades.

Hoje, Van de Ven é, tanto com base em números quanto com base no simples olhar, o jogador mais rápido da Premier League e uma arma muito diferente à disposição do Tottenham. Suas recuperações de bola em jogadas individuais, enquanto joga em uma linha alta, combinam perfeitamente com sua habilidade de carregar a bola até o outro lado do campo como basicamente, uma jamanta desgovernada.

De maneira geral, existem apenas dois fatores que poderiam impedir Van de Ven de se tornar um dos maiores defensores de sua geração: lesões e um eventual compromisso de longo prazo com o Spurs, mesmo que seus projetos não saiam como o planejado.

Olhando agora, é absurdo como o Tottenham conseguiu contratar Michael Carrick do West Ham tão facilmente, lá em 2004, após os Hammers não conseguirem voltar à Premier League. Uma batalha nos bastidores entre o então técnico Jacques Santini e o diretor esportivo Frank Arnesen fez com que Carrick não fosse titular até o meio do primeiro semestre da campanha, mas logo ficou claro que o meio-campista estava destinado a coisas maiores.

Por dois anos, os torcedores do Spurs puderam desfrutar de Carrick e sua habilidade controlando o meio de campo, sendo foi uma das principais razões pelas quais o time conseguiu, pela primeira vez, competir por uma vaga entre os quatro primeiros, sob o comando de Martin Jol.

Para os mais antigos, Stephen Carr não deve ser esquecido pelo tempo. Quer saber o quão bom o lateral-direito era? Apesar de jogar com um elenco bem mediano, ele foi escolhido para a Seleção da Temporada da PFA em 2000/01, perdeu a temporada seguinte por conta de uma lesão no joelho e, ao retornar, foi novamente nomeado para a seleção da temporada seguinte. Lembre-se, o Tottenham não era bom nessa época.

O legado do irlandês quase foi manchado por uma saída conturbada para o Newcastle em 2004, após mais de uma década no clube. Na época, rumores diziam que ele buscava um aumento salarial e a chance de ganhar troféus (em um clube que ainda não venceu nenhum desde os anos 1950), embora ele tenha afirmado posteriormente que não sentiu lealdade por parte do Spurs durante as negociações contratuais. Mas a participação de Carr em um dos poucos jogos de lendas do clube em 2019, para inaugurar o novo estádio de um bilhão de libras, sugere que tudo isso ficou no passado.

Como jogador e como pessoa, Michael Dawson era o pacote completo. Ele nunca superestimou a si mesmo ou se achou melhor do que realmente era: uma opção sólida como banco para qualquer dupla de zaga que estivesse brigando por uma vaga na Champions League. Ele também parecia ser do tipo que traria uma boa conversa no boteco.

Dawson formou duplas excelentes com Ledley King e, mais tarde, com Jan Vertonghen, durante seus nove anos no White Hart Lane. Embora agora seja comentarista, o jogador de 40 anos ainda atua como embaixador do Tottenham.

Em nenhum momento durante sua década no Tottenham, Eric Dier foi um dos principais jogadores da equipe. Na verdade, ele era frequentemente um dos elos mais fracos em qualquer escalação em que aparecesse (ótima maneira de começar esta homenagem, por sinal).

Então, por que ele entra nesta lista, mesmo que em uma posição relativamente modesta? Bom, durante a maior parte de sua passagem, Dier teve um papel de alguma importância em qualquer época em que jogasse. Quando Mauricio Pochettino chegou, em 2014, Dier foi improvisado como lateral-direito devido à falta de opções. Depois, foi testado com sucesso como volante, já que o clube não conseguiu contratar ninguém para a posição, antes de ser deslocado novamente para a zaga em um 3-4-3, ao lado de Vertonghen e Toby Alderweireld. Dier chegou a dizer a José Mourinho que queria atuar apenas como zagueiro central, independentemente da formação, e assim o fez até sua surpreendente ida para o Bayern de Munique, em 2024.

Não dá para ignorar esse tipo de serviço, mesmo que suas atuações tenham caído de nível no fim de sua passagem pelo clube. Dier quase sempre foi útil para seus treinadores.

Para os de fora, Danny Rose será lembrado como o estreante que marcou um golaço de voleio para ajudar o Tottenham a vencer seu primeiro clássico do norte de Londres em muito tempo, lá em 2010. Mas ele fez muito mais do que isso.

Entre 2015 e 2017, Rose teve um período de cerca de dois anos em que foi o melhor lateral-esquerdo do país — chegou a ser incluído na Seleção da Temporada da PFA de 2016/17, apesar de ter jogado apenas 18 dos 38 jogos. Os torcedores apreciavam sua devoção emocional ao clube, mesmo que uma entrevista explosiva ao The Sun, criticando o projeto do clube, quase tenha jogado o Tottenham em uma crise.

A derrota por 2 a 0 para o Liverpool na final da Champions League de 2019 foi apática, mas Rose foi um dos poucos que se destacaram naquela noite. Até hoje, ele ainda assiste aos jogos como torcedor.

Quando os torcedores do Tottenham pensam em Aaron Lennon, eles devem lebrar do som das velhas cadeiras do White Hart Lane batendo. Ele era o tipo de jogador que fazia o público se levantar quando tinha a bola, mesmo que, às vezes, o resultado — geralmente um cruzamento alto em direção ao segundo poste — deixasse a desejar.

Mas isso raramente importava. Lennon se tornou imediatamente um dos favorito da torcida por sua coragem com a bola nos pés, aquela disposição inata de encostar na linha lateral e disparar em direção à linha de fundo pela ponta.

Assim como Danny Rose, seu conterrâneo de Leeds, a abertura de Lennon sobre temas difíceis, como saúde mental, e sua torcida constante pelo Spurs até hoje fazem com que ele continue sendo lembrado com carinho.

Alguém mais cínico poderia descontar alguns pontos de Kyle Walker pela forma como ele lidou com sua saída do Tottenham, informando Pochettino de seu desejo de sair apenas dias antes da derrota para o Chelsea na semifinal da FA Cup de 2016/17. Desta vez, no entanto, vamos passar um pano.

Walker foi o principal lateral-direito da Inglaterra e da Premier League em seus últimos anos no Spurs, e não havia muita concorrência. Isso explica perfeitamente por que o Manchester City desembolsou £50 milhões por ele, em 2017. Ele foi injustamente rotulado como "problemático", e coube a Pep Guardiola receber os elogios por transformá-lo em um defensor de elite, mesmo com todo o progresso sob Pochettino, em Londres.

Dimitar Berbatov foi jogador do Tottenham por apenas duas temporadas, mas que temporadas foram essas! Tanto que os torcedores rivais acham que ele ficou por muito mais tempo. Não era como se o búlgaro fosse um desconhecido quando chegou à Inglaterra em 2006, já tendo marcado inúmeros gols pelo Bayer Leverkusen, então foi quase um insulto ele não ter conseguido uma grande transferência de imediato.

O que tornava Berbatov especial, porém, era sua qualidade técnica, de um nível inigualável em praticamente todos os campos em que pisava. Após marcar 46 gols com a camisa dos Spurs, incluindo um na última vitória em final de copa do clube, ele foi vendido ao Manchester United, por £32,5 milhões.

Assim como Berbatov, Van der Vaart teve um impacto transformador no Tottenham, durante sua passagem de dois anos. Até hoje, sua contratação no Deadline Day, vindo do Real Madrid, é considerada a de maior destaque sob a gestão de Daniel Levy e do grupo ENIC.

Muitos ficaram incrédulos sobre como os Spurs conseguiram trazer uma estrela como Van der Vaart apenas um mês após ele disputar a final da Copa do Mundo de 2010. E os torcedores tinham razão em criar expectativas para o holandês, que atendeu a todas elas e ainda marcou alguns dos gols mais importantes da história moderna do clube.

Quem se lembra de quando o Southampton ameaçou processar o Tottenham por "roubar" o acordo deles com o Atlético de Madrid pelo Alderweireld? Bons tempos...

De qualquer forma, embora o Southampton não tivesse fundamento para o caso, com certeza se sentiram prejudicados ao ver o defensor evoluir tanto nos rivais de cidade. Reunindo-se com o compatriota belga e ex-companheiro de Ajax, Vertonghen, Alderweireld formou uma das melhores duplas de zaga da Europa.

Não havia um passe cruzado que Alderweireld não pudesse fazer, nem um único fio de cabelo fora do lugar. Ótimas atuações eram o natural.

Ao chegar ao Tottenham em 2002, Keane era o próprio Tottenham. O carismático irlandês foi a única coisa divertida no clube por um bom tempo, até que ele finalmente se tornou competitivo novamente.

Você podia jogar Keane no ataque com qualquer um - Defoe, Crouch, Berbatov, Frederic Kanoute, Mido, qualquer um - e ele sempre entregaria uma boa performance de alguma forma. Ele se tornou amado pelos seus gols, pela comemoração rolando no chão, pela sua energia, e até por organizar uma festa de Natal contra a vontade do técnico Redknapp, em 2009.

Provavelmente, haverá debates sobre o posicionamento aqui de Keane e Defoe. Não há muita diferença entre eles, e, no auge, verdade seja dita, Keane provavelmente foi o jogador melhor.

No entanto, Defoe, ao todo, marcou mais gols pelo Tottenham — ele é o sétimo maior artilheiro da história do clube — e foi mais bem-sucedido do que seu parceiro irlandês em duas passagens distintas pelo White Hart Lane. É basicamente por isso que deixamos Defoe à frente.

Dele Alli pode ter não atingido todo seu potencial, mas, mesmo assim, teve uma carreira incrível no Tottenham. Sucessor de Frank Lampard e a versão 1.0 de Jude Bellingham, o meio-campista foi um vaita investimento, custando apenas £5 milhões aos Spurs.

Ben Davies afirmou que a determinação de Dele e o fato de nunca ter medo eram o que realmente o diferenciava, sendo a base das suas três primeiras goleadoras temporadas pelo Tottenham. Ele era o garoto prodígio, mas também um bad boy. Essa combinação dava em um adversário temido.

Independentemente do que o futuro reserve para Dele, ele sempre será bem lembrado nos Spurs. Isso ninguém pode tirar dele.

Luka Modric era um jogador digno de vencer a Bola de Ouro antes de deixar o Tottenham rumo ao Real Madrid? Claro que não, mas ele também não se tornou, em um simples toque de mágica, um jogador de classe mundial logo depois de deixar o White Hart Lane.

Qualquer torcedor do Spurs que entendesse minimamente de futebol sabia que bom o pequeno croata seria de alguma utilidade para o Real Madrid - claro, ele foi bem mais que isso. No Tottenham, ele era regularmente o melhor jogador em campo, mesmo ao lado de grandes jogadores, como Gareth Bale e Van der Vaart. A influência de Modric era sutil, como a de Carrick, mas em uma escala ainda maior.

Este era um jogador que simplesmente nunca tomava a decisão errada. Cada passe era perfeito. O que Modric fazia não era algo que se pudesse ensinar. Parece que sempre soube jogar bola...

Há um vídeo famoso que, ora ou outra, circula mostrando vários ex-companheiros de Mousa Dembélé no Tottenham o exaltando como o maior jogador dos Spurs daquela era, superando até mesmo Harry Kane.

Quando não limitado pela lesões, Dembélé era praticamente a personalização do meio-campo daquela equipe. Na temporada 2015/16, ele registrou 207 duelos (dribles e desarmes) e perdeu apenas 20 dessas disputas - 90,3% de aproveitamento, algo absolutamente insano. Faltam superlativos para descrever quão absurdo é esse feito.

Dembélé também tem a honra de ser um dos poucos meio-campistas a ter driblado o grande N'Golo Kanté. Como tantos outros nesta lista, Dembélé não conquistou títulos com os Spurs, mas seu legado permanece vivo.

É estranho ver um dos melhores goleiros da era moderna do futebol passar a maior parte de sua carreira e auge no Tottenham, onde não conquistou nada, mas capitaneou a França até a glória na Copa do Mundo.

No entanto, isso não diz tudo de Lloris. O goleiro foi o capitão de uma das equipes que mais superaram expectativas na Europa por praticamente uma década, mesmo sem conquistar títulos nesse período. O famoso documentário da Amazon sobre o clube também revelou muito sobre sua liderança nos bastidores, mesmo que isso tenha quase levado a uma briga com Son Heung-min - o homem mais gentil do mundo. Ele se importa profundamente com o clube.

Lloris chegou ao Tottenham visto como um goleiro moderno devido ao seu futebol de bons reflexos, mas seu declínio foi, ironicamente, centrado em seus erros.

"Super Jan" sempre será um super-herói para a torcida do Tottenham. Parece que esse sempre foi seu destino, especialmente depois de ter rejeitado o Arsenal antes de assinar com os Spurs, em 2012.

Enquanto o resto da Europa se esforçava para encontrar um lendário zagueiro canhoto, confortável com a posse de bola mas que não fosse uma completa bagunça defensivamente, os Spurs estavam tranquilos, sabendo que tinham Vertonghen.

No seu melhor, ao lado de Alderweireld, Vertonghen deu tudo pelo Tottenham. Na verdade, foi isso que fez com que sua queda de nível fosse ainda mais evidente, após voltar a campo rápido demais depois de uma lesão feia na cabeça, em um partida contra o Ajax, pela Champions.

Praticamente por tudo que foi reportado, King é o maior defensor a ter jogado pelo Tottenham e que não conquistou um título inglês. Se sua carreira não tivesse sido prejudicada por lesões no joelho, ele simplesmente não teria ficado muito tempo nos Spurs.

O inglês é citado pelo rival do Arsenal Thierry Henry como seu maior adversário na Premier League, o único jogador capaz de desarmá-lo de forma limpa e sem cometer falta. Não é à toa que King foi o último capitão do Tottenham a levantar um troféu.

King foi forçado a se aposentar aos 32 anos devido à gravidade de seu problema no joelho, mas encerrou uma carreira estimada com apenas oito cartões amarelos. Isso pode ser até mais impressionante do que aquela estatística de Dembélé, que vimos há pouco.

Não há um único jogador na história do Tottenham cuja influência tenha sido mais subestimada do que a de Christian Eriksen. Nenhum.

Kane, Son e Dele Alli eram os protagonistas e as atrações principais, mas Eriksen era quem realmente estava no comando. Esse trio podia entrar e sair do time, seus gols podiam ser substituídos, mas os Spurs eram muito pior quando o dinamarquês não estava em campo.

Melhor ainda, Eriksen também era um grande artilheiro - registrando 13 gols de empate ou vitória em minutos finais, além de outros 23 de fora da área. Ele foi um dos jogadores mais decisivos que o Tottenham teve na 'era Pochettino', alguém confortável em utilizar ambos os pés, capaz de lançar um passe ou um gol de qualquer lugar praticamente. Esse tipo de jogador não nasce a todo momento.

Sim, ele ocupa apenas a terceira posição, mas isso não diminui o que Bale fez pelo Tottenham. Afinal, ele foi um jogador extraordinário de duas maneiras diferentes.

O Bale que surgiu arrasando o lateral-direito Maicon, do Inter, foi o mais puro exemplo de um ponta aberto, como não se via desde os dias áureos de seu compatriota Ryan Giggs. Não havia ninguém que o vencesse em uma corrida pela ala esquerda.

O breve experimento de Redknapp com pontas invertidos levou os torcedores dos Spurs a cantar: "Gareth Bale, ele joga pela esquerda". Seu sucessor, André Villas-Boas, porém, ignorou essas manifestações e ajudou a transformar o galês no fenomenal atacante por dentro que ele é lembrado hoje.

Na última temporada de Bale como jogador do Tottenham antes de retornar eventualmente por empréstimo, ele marcou vários gols decisivos para salvar sua equipe da beira do abismo, garantindo sua transferência para o Real Madrid por um valor recorde, à época, de £85 milhões. Não dava para negar a ele isso depois de arrastar um time medíocre à incrível marca de 72 pontos na Premier League.

Para completar, Bale retornou ao Tottenham por empréstimo na temporada 2020/21, atingida pela pandemia, juntando-se a Kane e Son em uma espécie de conto de fadas para os torcedores. Ufa, que jornada!

Son não é tão subestimado quanto Eriksen, mas ainda assim é pouco valorizado. Curiosamente, parece haver mais reconhecimento do seu valor entre torcedores de outros clubes do que entre a própria torcida do Tottenham.

O sul-coreano está em sua 10ª temporada em Londres, sendo a segunda como capitão. Por algum motivo, ele demonstra um amor pelo clube maior do que alguns jogadores formados na base, tanto do passado quanto do presente. Apenas quatro jogadores marcaram mais gols pelo Tottenham do que ele, que já é o maior artilheiro estrangeiro da história do clube.

Os troféus ainda lhe escapam a nível do clube, mas ele fez história de outras maneiras. O mais notável foi em 2021/22, quando se tornou o primeiro e único jogador asiático a vencer a artilharia da Premier League, igualando a marca de Mohamed Salah, com 23 gols - mas nenhum deles de pênalti.

Além dos números e estatísticas, Son em seu melhor momento foi um dos jogadores mais divertidos de assistir no mundo dos esportes. E ele ainda levou o prêmio Puskás por seu golaço contra o Burnley em dezembro de 2019.

Tem como não amar nesse cara, seja como ser humano ou jogador de futebol?

Não havia como ser outro. A verdadeira questão sobre Kane é onde ele se classifica entre os maiores da história do Tottenham - e não apenas entre os da sua própria era.

Embora não seja impossível, é extremamente improvável que qualquer outro jogador supere a marca de 280 gols de Kane pelo Spurs. E foram gols de todo tipo: com a direita, com a esquerda, de cabeça, de longe, de cara para o gol, decisivos, de empate, para completar goleadas... Teve realmente de tudo.

Kane atingiu um patamar completamente diferente quando passou a explorar ainda mais seu impressionante alcance de passes, agora adicionando assistências ao seu futebol e conquistando tanto a Chuteira de Ouro quanto o prêmio de Armador da Premier League em 2020/21 - curiosamente, ele não ganhou nenhum prêmio de Jogador da Temporada.

Se há como consolar os torcedores do Tottenham pela saída da dolorosa saída do camisa 9 para o Bayern de Munique, é que o resto do mundo finalmente concordou com eles sobre o quão bom jogador ele realmente é.

E pensar que, quando ele começou a integrar a equipe principal do Spurs, ele era apenas uma piada.

Futebol, né?