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Chelsea Liverpool winners losers GFX (pre-edit) 16:9GOAL

Estêvão tira a liderança do Liverpool e dá ao Arsenal! Os vencedores e perdedores da vitória do Chelsea sobre os Reds

O que se tornou um jogo eletrizante começou com um golaço candidato a mais bonito da temporada. Moisés Caicedo, que chegou ao Chelsea em 2023 por £115 milhões após forte interesse do Liverpool, recebeu total liberdade da defesa e do meio-campo dos Reds e acertou o ângulo do goleiro Giorgi Mamardashvili.

No intervalo, Arne Slot colocou em campo Florian Wirtz, contratado por £117 milhões, e o Liverpool ganhou novo fôlego. O empate saiu após um cruzamento de Dominik Szoboszlai, que acabou sobrando para Cody Gakpo finalizar, depois de um toque de Alexander Isak — o jogador mais caro em campo, avaliado em £125 milhões. A partir daí, as duas equipes foram para cima em busca da vitória, mas quem levou a melhor foi o Chelsea.

Já nos acréscimos, depois de algumas defesas de Mamardashvili, os Blues partiram para um último ataque. Marc Cucurella cruzou rasteiro dentro da área e Estevão Willian completou para o gol, garantindo os três pontos para o Chelsea. O Liverpool, que parecia ter o jogo sob controle, saiu de campo de mãos vazias.

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  • Chelsea v Liverpool - Premier LeagueGetty Images Sport

    VENCERDOR: Estêvão Willian

    O nome do jogo não poderia ser outro. Aos 18 anos, Estêvão ainda é um garoto, mas dentro de campo já mostra maturidade de gente grande. Não é à toa que o Chelsea venceu a disputa com gigantes como Barcelona e Bayern de Munique para contratá-lo em 2024. Apontado como uma das grandes promessas do futebol brasileiro, ele vem conquistando espaço e já pede passagem para ser titular em Stamford Bridge.

    Estêvão entrou aos 30 minutos do segundo tempo, quando o placar estava 1 a 1 e Pedro Neto, embora esforçado, pouco tinha aparecido. Até então, o Chelsea atacava, mas sem objetividade — prova disso é que o primeiro gol saiu de um chute de fora da área. Com cada toque na bola, Estêvão levantava a torcida. Antes de decidir, já tinha servido Enzo Fernández com um cruzamento na medida (a bola explodiu na trave) e ainda obrigou Mamardashvili a fazer grande defesa. No fim, marcou o gol da vitória, viveu o clima de Stamford Bridge e foi aplaudido de pé. Na saída de campo, abraçou Cole Palmer, hoje a grande referência do time, mostrando que o Chelsea pode, sim, ter duas estrelas dividindo os holofotes. Decidir uma partida desse tamanho, contra o atual campeão inglês, não é para qualquer um — ainda mais com 18 anos.

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  • FBL-ENG-PR-CHELSEA-LIVERPOOLAFP

    PERDEDOR: Arne Slot

    Se o Chelsea conseguiu reagir, muito passou pelos erros do Liverpool dentro e fora de campo. O clube gastou mais de 400 milhões de libras na última janela, mas o time parece ter perdido equilíbrio e organização. Slot ainda busca encaixar a nova equipe, mas o Liverpool raramente tem mostrado a consistência da temporada passada, quando ele chegou a Anfield com fama de técnico inteligente e capaz de adaptar o time conforme a situação.

    No segundo tempo, em alguns momentos, a linha defensiva tinha nomes como Szoboszlai e Gravenberch improvisados ao lado de Van Dijk e Robertson. Faltou seriedade para segurar o Chelsea. O resultado foi a terceira derrota seguida da equipe sob comando de Slot — e, pela segunda rodada consecutiva, sofrendo o gol da derrota nos acréscimos. No início da temporada, o Liverpool tinha virado “rei dos minutos finais”, arrancando vitórias no apagar das luzes. Agora, a história se inverteu.

    Após o jogo, Slot reconheceu: “Fomos dominantes, mas nos últimos 15 minutos a partida ficou aberta e qualquer um poderia ter vencido. Esses detalhes não têm caído para o nosso lado. Temos que trabalhar mais para não depender deles”. O problema é que, jogando de forma tão solta e desorganizada, o Liverpool está longe de controlar o próprio destino.

  • FBL-ENG-PR-CHELSEA-LIVERPOOLAFP

    VENCEDOR: Enzo Maresca

    No lado azul, Enzo Maresca sabe que essa vitória foi gigante — não só para a temporada, mas também para sua trajetória no Chelsea. O time vinha de resultados ruins, e já surgiam notícias de que a diretoria avaliaria o trabalho dele no fim do campeonato. Não era uma demissão à vista, mas o simples fato de esse tipo de rumor circular já mostrava que havia pressão.

    O Chelsea entrou em campo desfalcado de jogadores importantes, incluindo Cole Palmer, lesionado, e ainda sofreu baixas durante o jogo: os zagueiros Acheampong e Badiashile, que vinham bem, saíram machucados. Com um elenco jovem, seria até natural se o time sentisse o peso de encarar um Liverpool milionário e experiente. Mas não foi isso que aconteceu.

    O Chelsea não desistiu, lutou até o fim e conseguiu quebrar a resistência dos Reds. O gol decisivo de Estêvão levou Maresca à loucura: ele correu pela beira do campo, à la Mourinho, comemorando com alívio. Foi um raro momento de emoção de um treinador que costuma ser discreto, mas que, dessa vez, teve motivos de sobra para sorrir de orelha a orelha. Um triunfo desses não só dá moral ao time jovem, como também fortalece a relação de Maresca com a torcida.

  • Chelsea v Liverpool - Premier LeagueGetty Images Sport

    PERDEDOR: Mohamed Salah

    E do outro lado está Salah, em crise. O astro do Liverpool já soma seis jogos seguidos de Premier League sem marcar em bola rolando — um jejum enorme para alguém do nível dele. O problema vai além dos números: falta brilho, falta imprevisibilidade. Enquanto Estêvão incendiava o jogo, Salah parecia deslocado, quase como alguém tentando acompanhar uma geração mais nova sem conseguir.

    No primeiro tempo, praticamente não participou. No segundo, chegou a irritar o torcedor. Logo no início, Wirtz deixou Salah cara a cara com o gol, mas ele desperdiçou. Depois, quando tinha espaço, chutava em cima dos defensores ou isolava. Virou um peso para o time, em vez de solução.

    É verdade que Salah costuma começar algumas temporadas em ritmo mais lento. Mas agora, com 33 anos e já com muitos minutos acumulados nas pernas, a recuperação pode ser bem mais difícil. A dúvida que fica é: ele ainda conseguirá reencontrar a velha forma que o transformou em ídolo no clube?

  • Florian WirtzGetty Images

    PERDEDOR: Florian Wirtz

    A paciência da torcida do Liverpool já começa a se esgotar. São nove jogos sem gols ou assistências desde que Wirtz chegou, contraste enorme para quem terminou as últimas duas temporadas no Bayer Leverkusen com números expressivos.

    O problema não é só a estatística: em campo, ele parece inseguro e perdido no ritmo intenso da Premier League. Considerado um dos grandes talentos alemães entre as linhas, Wirtz ainda não conseguiu se adaptar ao futebol inglês. Por 117 milhões de libras, a expectativa é de impacto imediato — algo que ele ainda não entregou.

    Contra o Chelsea, até deixou Salah na cara do gol logo no início do segundo tempo, mas a jogada desperdiçada acabou sendo seu único lampejo. Para um jogador desse porte, não basta só aparecer em um ou outro lance: ele precisa decidir jogos, assim como fazem Palmer e Estêvão no Chelsea. E enquanto o time acumula três derrotas seguidas, cada atuação apagada de Wirtz só aumenta a pressão e as cobranças.

  • FBL-ENG-PR-ARSENAL-WEST HAMAFP

    VENCEDOR: Arsenal

    Mais cedo, o Arsenal aproveitou a rodada para assumir a liderança da Premier League ao vencer o West Ham por 2 a 0 no Emirates. Foi a terceira vitória nos últimos quatro jogos, sequência que colocou os Gunners à frente do Liverpool na tabela. Há duas semanas, depois do empate com o Manchester City, parecia que o time londrino tinha perdido força na briga pelo título. Mas agora a história é outra: eles têm confiança e pontos a favor.

    É cedo para cravar quem vai levantar a taça, mas o Arsenal transmite muito mais controle e maturidade do que o Liverpool neste momento. Pode não ser o time mais empolgante de se ver jogar, mas tem a cara de quem sabe ganhar campeonatos. Já os Reds dependem do improviso e do caos — uma fórmula que dificilmente se sustenta no longo prazo.

    O Liverpool ainda está vivo na disputa, mas precisa reencontrar identidade. Enquanto isso, o Arsenal aproveita a consistência para se firmar como candidato fortíssimo ao título.

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