“Descartado” na Espanha, por que Saúl Ñiguez encaixou tão bem no Flamengo de Filipe Luís

Saúl Ñiguez teve impacto imediato para elevar ainda mais a qualidade de jogo do Flamengo. A chegada do espanhol de 30 anos coincidiu com o que parece ser o ápice técnico da equipe comandada por Filipe Luís, que inclusive foi companheiro de time do próprio Saúl no Atlético de Madrid.

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Saúl ainda não marcou gols pelo Flamengo. Estufar as redes não é sua qualidade mais destacável, apesar de ter em seus registros uma semi-bicicleta contra o Real Madrid, em 2015. Mas o meio-campista espanhol deu ainda mais fluidez, qualidade e criatividade aos rubro-negros.

É nítido ver o espanhol e a admiração de torcedores rubro-negros a cada vez que a bola cai nos pés de Saúl, ou quando eles e elas têm que falar algo sobre as atuações mais recentes do atleta. Reações carregadas até mesmo com um certo ar de espanto.

Saúl sempre foi definido como um grande talento do futebol espanhol, responsabilidade grande se levarmos em conta a escola recente de craques como Xavi e Iniesta. Mas a impressão foi de que, pelo Atlético de Madrid, sempre ficava faltando alguma coisa para ele desenvolver todo o seu potencial.

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Títulos não foram o problema para ele no Atleti: um Campeonato Espanhol (2020/21), uma Copa do Rei (2012/13) e duas Europa Leagues (2011/12 e 2017/18) foram as principais taças, além de uma supercopa da Espanha e outra da Europa. A questão é que Saúl parecia sempre ficar devendo em alguma coisa, se comparado à sombra da própria expectativa que era criada sobre si.

Foi por isso que ele até chegou a ser emprestado ao Chelsea, onde foi campeão da Copa Intercontinental em 2021. De volta ao Atleti nos anos seguintes, não mudou tanto assim sua história. Resultado? Acabou indo para o Sevilla, onde também não impressionou muito. O futebol turco, mais precisamente o Trabzonspor, apareceu como destino, mas o Flamengo apareceu em seu caminho antes.

Saúl desacertou o que havia acertado com os turcos e pediu desculpas. Queria jogar no Flamengo, sob o comando de Filipe. E a decisão se mostra um grande acerto: vestido de preto e vermelho, finalmente o espanhol se encontra num time cujo DNA é de valorização de posse de bola e jogo ofensivo, um prato cheio para ele entregar todo o seu potencial.

As atuações nas vitórias sobre o Internacional, por Brasileirão e Libertadores, já haviam chamado atenção, assim como seu recital particular no 8 a 0 sobre o Vitória que estipulou um novo recorde de goleada nos pontos corridos. E ele não quer parar por aqui...