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Philippe Coutinho Vasco 16x9GOAL

Decepção no Vasco: Philippe Coutinho volta a sucumbir para as altas expectativas

Dizem que a expectativa é mãe da decepção. E neste seu retorno ao Vasco da Gama, 14 anos depois de ter deixado o Cruz-maltino rumo ao futebol europeu, Philippe Coutinho mais uma vez faz valer esta máxima. Muito se esperava do meia-atacante, mas o que foi visto no segundo semestre de 2024 foi algo muito abaixo da crítica.

Não é um roteiro novo para Coutinho, infelizmente. Uma constante em sua carreira, desde a chegada à Inter de Milão, em 2010, é a de jogar muita bola quando a expectativa sobre si é baixa, mas deixar a desejar quando se espera muito de seu futebol.

O ponto mais decepcionante nesta sua segunda passagem por São Januário é que seu retorno, além de ter enchido o torcedor de orgulho, parecia ser uma espécie de casamento perfeito: jogador e clube precisavam um do outro para recuperarem um protagonismo perdido na mais alta prateleira das disputas por títulos. Não foi o que aconteceu.

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  • Vasco da Gama v Bragantino - Brasileirao 2024Getty Images Sport

    Lesões atrapalharam

    Evidente que os problemas físicos explicam parte da história de insucesso. Coutinho desfalcou o time por um mês devido a uma lesão na coxa, seguido por um período se recuperando de Covid-19, mas sua ausência foi sentida apenas pelo que a imaginação fazia o torcedor acreditar que poderia acontecer.

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  • Flamengo v Vasco da Gama - Brasileirao 2024Getty Images Sport

    Decidiu muito pouco

    Philippe Coutinho fez o vascaíno sonhar logo quando retornou aos gramados após a lesão: saiu do banco de reservas para evitar uma derrota no clássico contra o Flamengo, no Maracanã, marcando no final do jogo o gol daquele empate por 1 a 1 – aparecendo na área como se fosse um centroavante para cabecear após cruzamento de Pumita Rodríguez.

    Algumas semanas depois, deu mostras de que estaria, enfim, à altura de todas as expectativas quando abriu o placar para o Vasco no jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil, contra o Atlético-MG. O Galo virou e saiu vitorioso por 2 a 1 na MRV Arena, mas o tento de Coutinho dava esperanças de que o time poderia chegar à grande decisão.

    Entretanto, no duelo de volta, na única vez em que ficou em campo do apito inicial ao final, Coutinho não conseguiu tirar um coelho da cartola. Tentou um ou outro toque de magia, que não deu certo, e é verdade que se dedicou correndo por quase todo o gramado de São Januário. Acontece que apenas isso não basta para alguém como Coutinho. O protagonista vascaíno foi Pablo Vegetti, autor do gol cruz-maltino, mas o craque da noite foi Hulk, autor do golaço que selou o empate e a classificação atleticana para a final.

  • Poderia ter sido muito mais

    O caminho do Vasco até a semifinal da Copa do Brasil, melhor campanha do clube no torneio em 13 anos, teve justamente Vegetti como maior figura: autor de sete gols, o argentino terminou como artilheiro da competição. Philippe Coutinho fez três gols e deu uma assistência. E só. É muito, muito pouco, para alguém de seu tamanho e importância.