A avaliação GOAL das principais transferências do mercado da bola na Europa

Para o Chelsea: Um baita alívio. O Chelsea deixou claro que Sterling não fazia parte dos planos de Enzo Maresca para esta nova temporada, e havia um risco real de um dos seus jogadores mais bem pagos do elenco salários passar o toda a campanha no banco de reservas. Os Blues, portanto, certamente celebraram o acordo com o Arsenal, que dividirá parte do salário do inglês pelo resto da temporada. Jadon Sancho vai ser um bom substituto? Isso já é outra história… Nota: C

Para o Arsenal: Uma operaçãosurpreendente, já que o Arsenal não precisava de outro ala-esquerdo. Os Gunners já têm Gabriel Martinelli e Leandro Trossard competindo pela mesma posição, mas a verdade é que Sterling pode jogar em qualquer um dos lados, também servindo como um bom substituto para Bukayo Saka. No final das contas, é um negócio de baixo risco para Mikel Arteta, que teve um bom relacionamento com Sterling durante seus tempos no Manchester City, como assistente de Pep Guardiola. O boss do Arsenal conseguiu reviver a carreira de Kai Havertz; talvez ele consiga fazer o mesmo com Sterling. Nota: C+

Para Sterling: Ficou no lucro! Sterling vive em uma queda clara de forma desde que deixou o Manchester City - na verdade, pode-se até argumentar que ele já estava em declínio antes mesmo de deixar o Etihad Stadium, onde mal faz falta. Então, garantir uma transferência para um Arsenal em disputa pelo título justo quando toda esperança de sair do Chelsea parecia perdida é motivo de comemoração. Obviamente, não será fácil para ele ser titular com Arteta com base na sua forma ruim nos últimos anos - o que lhe custou, inclusive, a convocação à seleção da Inglaterra -, mas Sterling recebeu uma chance inesperada - e não merecida - de redenção, sem sequer ter que deixar Londres. Incrível! Nota: A+

Para o United:
Uma perda colossal de investimento frente aos £75 milhões investidos na contratação do inglês. Mas, cá entre nós, era um negócio que simplesmente tinha que ser feito. Nunca saberemos exatamente o que aconteceu nos bastidores entre Sancho e Erik ten Hag, mas uma vez que o United decidiu manter o holandês como treinador, não havia volta para o ala, que nunca fez questão de se desculpar por chamar o técnico de mentiroso. A situação demorou um pouco para ser resolvida, mas o United deve estar respirando mais tranquilo agora que alguém finalmente tirou Sancho de suas mãos. Mas, claro, Ten Hag rezará para que o ex-jogador da seleção da Inglaterra não se recupere logo em um rival da Premier League, já que ele mostrou lampejos de sua antiga forma no Borussia Dortmund, na última temporada.
Nota: C-

Para o Chelsea:
Outro ala! Sério, por quê?! Por que o Chelsea foi inventar de substituir Raheem Sterling por mais um ala? Os Blues já têm Noni Madueke, Pedro Neto, Mykhailo Mudryk, Christopher Nkunku e João Felix competindo por um lugar no ataque ao lado de Nicolas Jackson e de Cole Palmer. É absolutamente absurdo, mas, por outro lado, já estamos acostumados com essa loucura. Olhando isoladamente, não foi um mau negócio - Sancho ainda tem apenas 24 anos, e os £25 milhões que os Blues terão que pagar por sua compra no meio do ano que vem são um valor razoável. Mas o fato é que o Chelsea não precisava de outro ponta, mas de um verdadeiro camisa 9.
Nota: D

Para Sancho:
Um fim para seu sofrimento em Manchester. Sancho era considerado uma das grandes promessas do futebol mundial quando chegou ao Old Trafford, em 2021 - mas será lembrado como um dos piores contratações da história do clube. A questão agora é se ele conseguirá reconstruir sua carreira no Chelsea. Ele certamente tem a habilidade para isso; isso nunca esteve em dúvida. O problema é que estamos falando de um jogador cujo profissionalismo e caráter foram repetidamente questionados desde que ele surgiu como uma potencial estrela no Manchester City - então, será que se juntar a um clube em constante estado de caos foi realmente o movimento certo?
Nota: C-

Para o Brentford: Não era o que os Bees esperavam. Havia grandes expectativas de que o Brentford arrecadasse pelo menos o dobro desse valor por Toney quando ele estava no auge da Premier League. Infelizmente, seu problema com apostas interrompeu o bom momento e a situação de mercado fez com que seu valor despencasse. No final, o Brentford teve sorte de um clube da Saudi Pro League ter interessado, já que ficou claro que nenhum time inglês de elite com qualquer senso pagaria muito por um dos jogadores mais superestimados da Premier League. Nota: C

Para o Al Ahli: Talvez o artilheiro que estava esperando. O Al Ahli contratou Roberto Firmino no ano passado - além de Riyad Mahrez e Franck Kessié -, mas o brasileiro nunca foi o artilheiro que o clube esperava. A esperança agora é que Toney possa ajudar o Al Ahli a reduzir a diferença para Al Hilal e Al Nassr no Sauditão. O inglês só teve algumas boas temporadas na Premier League e está longe do nível de Victor Osimhen, mas tem a força, potência e velocidade para causar muitos problemas na Arábia Saudita. Nota: B+

Para Toney: Uma humilhante realidade. Toney achava que seria contratado por um dos principais times da Premier League após deixar claro - de maneira muito desrespeitosa - que queria sair do Brentford, mas ninguém mostrou-se disposto a contratá-lo. Nem o Chelsea. Consequentemente, ele acabou no Oriente Médio, ainda aos 28 anos. Ele vai, claro, ganhar uma quantia incrível de dinheiro por lá, o que é um grande feito para um jogador vindo de divisões inferiores, mas é uma queda séria de expectativa para Toney, que provavelmente nunca recuperará seu lugar na seleção inglesa como resultado. Nota: F

Para o PSG: Uma decisão estranha à primeira vista. O PSG contratou Ugarte do Sporting no meio do ano passado por €60 milhões, e ele não deixou a desejar. Queriam um volante agressivo e conseguiram - o uruguaio venceu mais desarmes do que todos, exceto dois jogadores da Ligue 1 na última temporada, apesar de ter sido titular em apenas 21 partidas. O PSG pode sentir falta de sua fisicalidade, mas a negociação faz algum sentido. Ugarte havia perdido espaço no final da temporada, com Vitinha em ótima forma, Fabian Ruiz em recuperação e Warren Zaire-Emery em plena ascensão. Além disso, com a chegada de João Neves, não havia sentido em Luis Enrique manter um jogador o qual sentia não estar oferecendo exatamente o que queria quando tinha a posse de bola. Do ponto de vista financeiro, o PSG praticamente recuperou o valor gasto em um jogador que já não queria ou precisava mais. Nota: B+

Para o United: Mais uma demonstração do que o clube almeja em 2024/25. Podemos questionar o valor pago por um reserva do PSG (Ugarte é agenciado pela mesma pessoa que Leny Yoro, o empresário Pedro Mendes), mas o uruguaio de 23 anos é o tipo de meia recuperador de posse que o United precisa, mesmo que Casemiro esteja mostrando sinais de recuperação após um 2023/24 desastroso. O uruguaio pode não ser o melhor passador, mas é muito eficiente na retenção de posse e vale notar que, apesar de não não ter um faro aguçado para se envolver em gols, ele contribuiu com algumas assistências na última temporada da Ligue 1. Ugarte pode formar uma dupla de meio-campistas bastante combativa com Kobbie Mainoo. Nota: B+

Para Ugarte: Uma boa solução para seu problema no PSG. Há o risco real de ele estar trocando um clube caótico por outro, mas pelo menos há mais espaço para ele na equipe titular de Erik ten Hag, com Scott McTominay indo para o Napoli. Também é de se imaginar que ele vá gostar da intensidade da Premier League. Até por isso, dada sua personalidade, estilo de jogo e circunstâncias, é fácil entender por que Ugarte estava disposto a abrir mão da Champions League nesta temporada para se juntar a um time que clama por um jogador com suas características. Nota: A

Para o United: Mais um jogador indesejado fora das contas. Um dos maiores problemas do United nos últimos anos tem sido a incapacidade de limpar o elenco, mas progressos foram feitos neste meio de ano - Donny van de Beek e Aaron Wan-Bissaka também saíram. A ironia é que McTominay foi, na verdade, um dos melhores jogadores do United na última temporada e é bastante popular entre os torcedores. No entanto, a dura realidade é que ele não é bom o suficiente para ser titular em um time com aspirações de lutar pelo título da Premier League (por mais improvável que isso possa parecer agora). Assim, embora McTominay tenha o direito de se sentir um pouco injustiçado (particularmente com Casemiro ainda no clube), a decisão do United de vendê-lo por um bom preço é totalmente justificada, especialmente porque seu substituto, Manuel Ugarte, deve se mostrar uma evolução. Nota: B+

Para o Napoli: Uma contratação clássica de Antonio Conte. Quando se trata de comprar jogadores, diretores esportivos e presidentes geralmente tomam as decisões na Itália. No entanto, o negócio de McTominay tem a assinatura de Conte. Lembre-se: quando ele assumiu a Inter, contratou vários jogadores com experiência na Premier League porque se adequavam ao seu estilo de jogo fisicamente exigente. Ele claramente está tentando replicar seu sucesso no San Siro. Assim, embora seja difícil não sentir que o Napoli pagou demais por McTominay, o escocês deve se destacar sob Conte, dado que o que lhe falta em técnica ele frequentemente compensa com consistência. Ele poderia ser a resposta do Napoli para Lewis Ferguson no Bologna. Nota: B

Para McTominay: Uma mudança empolgante. Como cria da base do United, McTominay claramente sonhava em passar toda a sua carreira no Old Trafford, mas o Napoli lhe ofereceu uma oportunidade incrível. Nápoles, como cidade, é tão bela quanto barulhenta, e abriga os torcedores mais apaixonados do planeta. Se McTominay abraçar o caos que vai encontrar em campo e fora dele em um Napoli treinado por Conte, ele pode se tornar um herói no Maradona devido à sua admirável ética de trabalho e faro para gol. Nota: A

Para a Juventus: Um fim para uma novela que ofuscou o início da temporada da Serie A da Bianconeri. Desde o momento em que o novo treinador Thiago Motta deixou claro que Chiesa não fazia parte de seus planos, a especulação tomou conta, resultando em constantes perguntas ao novo técnico sobre o futuro do ala. E o desespero da Juve para se livrar do ex-Fiorentina deixou muitos, sem dúvida alguma, um pouco perplexos; afinal, ele foi um dos melhores jogadores da equipe na temporada passada (marcando dez gols - seu melhor número desde 2020/21) e tinha as características ofensivas para brilhar sob um treinador muito mais progressista do que Massimiliano Allegri. No entanto, uma vez que Chiesa se recusou a assinar uma renovação com mais ou menos o mesmo salário, a Velha Senhora entendeu que não tinha outra opção a não ser vender o jogador de 26 anos - mesmo que fosse por uma quantia modesta -, para evitar perdê-lo de graça no próximo meio de ano. Nota: D

Para o Liverpool: Um reforço - finalmente! O Liverpool pode ter acompanhado Chiesa de perto no passado, mas poucos imaginavam que os Reds fariam uma investida pelo ala nesta janela, especialmente considerando que estão bem servidos no ataque. No entanto, este é exatamente o tipo de contratação "oportunista" de que o diretor esportivo Richard Hughes falava. É raro conseguir um campeão da Euro anteriormente avaliado em €100 milhões por tão pouco dinheiro - e isso fez com que o Liverpool se sentisse praticamente obrigado a aproveitar a queda de braço entre Chiesa e Juve, mesmo com seus recentes problemas físicos. Basicamente, é uma transferência de baixo risco que pode render altos dividendos. Nota: B+

Para Chiesa: "Uma nova aventura", como ele mesmo colocou - e uma aventura bastante inesperada. As esperanças de Chiesa de acabar em um grande clube antes do fechamento da janela de transferências estavam diminuindo, convenhamos. O Barcelona estava interessado, mas novamente impedido pela sua bagunçada situação financeira. Consequentemente, havia um risco real de Chiesa ficar esquentando o banco em Turim. Em vez disso, ele vai a Anfield, onde deve ter pouca dificuldade para se adaptar - já que ele fala inglês e tem um estilo energético ideal para a Premier League. O único problema é que Arne Slot já tem um ótimo grupo de atacantes à disposição. Existe a chance de que ele não se encaixe no Liverpool e essa seja a última vez que o vemos em um grande time? Sim. No entanto, se Chiesa conseguir se manter saudável - e ele insistiu, recentemente, que está totalmente recuperado de seus problemas de lesão -, ele terá o talento, como já comprovado na Eurocopa de 2021, para se tornar um favorito da torcida. Nota: A

Para o Chelsea: Um fim de sofrimento. Lukaku foi a pior contratação da história do Chelsea - o que é bastante significativo considerando o histórico recente do clube no mercado de transferências. Não demorou muito para que o jogador de £97,5 milhões da Inter de Milão percebesse que havia cometido um erro colossal ao trocar o San Siro pelo Stamford Bridge, em 2021, e, apenas seis meses depois de retornar a Londres, ele praticamente pediu para voltar ao seu antigo clube, em uma das entrevistas mais infames e mal planejadas da história do futebol. O Chelsea tem tentado se livrar de Lukaku desde então e, após algumas passagens por empréstimo, na própria Inter e na Roma, os Blues enfim conseguiram removê-lo da folha de pagamento. Não há como esconder, contudo, a grande perda financeira com o atacante em baixa, mas os €45 milhões a serem pagos pelo Napoli - o que não é um valor ruim dadas as circunstâncias, considerando que Lukaku foi absolutamente horrível na Eurocopa - são um pequeno alento. Nota: B

Para o Napoli: Uma movimentação que faz algum sentido na perspectiva dos Partenopei. Lukaku é claramente um dos jogadores mais supervalorizados da história do futebol, conhecido por seu toque de bola ruim e pelo desempenho abaixo em grandes jogos. No entanto, apesar de seus defeitos, ele foi fenomenal durante suas duas temporadas sob o comando do novo treinador do Napoli, Antonio Conte, em Milão. O italiano prometeu transformar Lukaku no melhor centroavante do mundo e, entre 2019 e 2021, ele não ficou muito longe disso. ‘Big Rom’ claramente não é um sucessor de longo prazo para Victor Osimhen, que o Napoli agora precisa desesperadamente vender antes do fechamento da janela de transferências. No entanto, continua sendo capaz de marcar gols na Serie A, como mostrou novamente na última temporada, e não seria nada surpreendente vê-lo ter algumas temporadas produtivas na Itália antes de se mudar para algum lugar como a Arábia Saudita. Nota: B

Para Lukaku: O melhor resultado possível. Houve conversas sobre uma transferência para o Milan - o que teria causado um colapso total nos torcedores da Inter - mas o Napoli é, sem dúvida, a escolha certa para o atacante, que estava desesperado para se voltar a ser comandado por Conte. A temporada passada abaixo também lhe dá a chance de se recuperar de passagens decepcionantes por Chelsea e do Manchester United com um brilho ao se tornar um herói em uma das cidades mais apaixonadas por futebol do planeta. Parece que ele sabe disso também. Nápoles lhe oferece uma última oportunidade para pelo menos restaurar parcialmente sua reputação como um centroavante de qualidade, o que explica por que ele recusou a chance de se juntar a um clube da Saudi Pro League nesta janela. Lukaku pode não saber exatamente a personificação da palavra 'lealdade', mas está claramente ciente de que seu legado está em jogo no Maradona. Nota: A

Para o Valencia: Um choque de realidade da desastrosa administração de Peter Lim. Quando ele assumiu, em 2014, havia esperança de que ele restauraria o Valencia à sua antiga glória e construiria um novo estádio. Uma década depois, os Che mergulharam na mediocridade e ainda estão presos no decadente Mestalla. Os torcedores rezam para que o clube seja eventualmente comprado, mas, por agora, eles têm que suportar a perda de seus melhores jogadores. O caso mais recente foi Mamardashvili, mas que, pelo menos, ficará mais um ano no clube, emprestado, e renderá uma boa grana para ajudar a equilibrar as contas. Mas, fato é, o valor ainda parece pequeno para um goleiro tão talentoso. Nota: C

Para o Liverpool: Um investimento que precisa ser contextualizado. Os torcedores do Liverpool estão compreensivelmente perplexos com o motivo pelo qual o clube investiu tanto tempo, dinheiro e energia na contratação de Mamardashvili, considerando que Alisson segue sendo um dos melhores do negócio e que Caiomhin Kelleher já provou ser um baita reserva. Ainda mais irritante para os torcedores, o elenco claramente precisa de reforços em outras áreas, especialmente no meio-campo - e, no entanto, nenhuma contratação para esta janela foi feita para o novo técnico Arne Slot. Apesar dessa frustração entendível, o negócio com Mamardashvili é uma demonstração impressionante de visão para o futuro. Com 31 anos, Alisson vai deixar o clube mais cedo ou mais tarde, enquanto Kelleher provavelmente sairá no próximo meio de ano, dado que ele acredita, com razão, que poderia ser titular em outro lugar. Contratar Mamardashvili é uma jogada astuta do diretor esportivo Hughes, já que estamos falando de um goleiro fantástico e que deve se mostrar uma boa aquisição. Nota: B+

Para Mamardashvili: Outro passo significativo em direção ao estrelato. O georgiano era relativamente desconhecido quando chegou ao Valencia, vindo do Dinamo Tbilisi, em 2021, mas não demorou para ele se tornar titular. O jovem de 23 anos tem sido quase uma presença constante nas últimas duas temporadas e vem de uma campanha em que registrou 13 clean-sheets, um número bem alto para um time de meio de tabela. Mamardashvili também foi sensacional na Euro 2024, fazendo 30 defesas - o maior número do torneio - e desempenhou um papel crucial na campanha da Geórgia às oitavas de final logo em sua estreia no torneio. É justo, assim, dizer que os maiores palcos do futebol não intimidam Mamardashvili. Portanto, a espera para os torcedores do Liverpool deve valer a pena - porque ele só deve melhorar até o meio do ano que vem. Nota: A

Para o Manchester City: Um presente do Oriente Médio. Cancelo estava completamente 'perdido' no Etihad e nenhum outro clube europeu de elite estava interessado ou tinha capacidade de contratá-lo. Consequentemente, havia um risco real de que o City ficasse com um ativo valioso apodrecendo nas arquibancadas nesta temporada. No entanto, o Al Hilal veio ao socorro, pagando uma quantia considerável pelo português. As coisas não poderiam ter se resolvido melhor para o City no final. Nota: A

Para o Al Hilal: O time mais forte da Arábia Saudita acaba de ficar ainda mais forte. O Al Hilal não havia feito nenhuma contratação até então, após a espetacular conquista do título invicto da Saudi Pro League na temporada passada. No entanto, a chance de contratar Cancelo, que ainda tem apenas 30 anos, era boa demais para ser deixada de lado. Um lateral técnico e ambidestro, Cancelo nunca foi questionado no que se refere à sua qualidade, então, se ele estiver motivado, deve ser um ótimo reforço a um time estrelado que conta com jogadores como Neymar, Sergej Milinkovic-Savic, Aleksandar Mitrovic, Kalidou Koulibaly e o compatriota Rúben Neves. Nota: A

Para Cancelo: Tchau, Guardiola! Não faz muito tempo, Cancelo era considerado o lateral dos sonhos do catalão, dada sua capacidade de jogar em qualquer um dos lado - além de avançar para o meio-campo para criar oportunidades. No entanto, após um surpreendente desentendimento com o treinador, ele foi prontamente emprestado ao Bayern de Munique e depois ao Barcelona. Uma transferência permanente para o Barcelona teria sido ideal, mas os catalães simplesmente não tinham o dinheiro para fechar o negócio, o que significa um dos defensores mais talentosos de sua geração precisou acabar na Arábia Saudita. Uma triste perda, é verdade. Nota: F

Para a Real Sociedad: Um revés pesado, mas nada surpreendente. A Real obviamente gostaria de ter mantido um dos protagonistas da histórica campanha rumo à Liga dos Campeões da temporada passada - na qual chegaram às oitavas de final -, mas a situação de Merino era um pouco diferente da de Martin Zubimendi. O jogador de 28 anos estava no último ano de seu contrato, tornando uma venda nesta janela algo necessário. Agora, a Sociedad vai receber, incluindo bônus, três vezes o que pagou ao Newcastle pelo jogador, há seis anos. Coisa boa. Nota: B

Para o Arsenal: Finalmente conseguiram o seu homem! O Arsenal nunca desistiu da contratação de Merino, e a perseverança acabou valendo a pena. Este não é um jogador com grande valor de revenda, mas não importa -ele foi comprado para o presente. Merino é mais do que capaz de se integrar imediatamente ao meio-campo dos Gunners, sendo muito dinâmico; ele venceu mais duelos do que qualquer outro jogador nas cinco principais ligas europeias na última temporada e, como mostrou com seu gol nas quartas de final contra a Alemanha na Eurocopa, ele é forte no jogo aéreo e tem o faro do gol. Em resumo, é fácil ver por que Mikel Arteta estava tão interessado em contratá-lo. Trata-se de um jogador dedicado e tecnicamente qualificado que deve provar-se uma ótima adição ao elenco do Arsenal. E melhor ainda - tudo isso por um preço bastante razoável. Nota: B+

Para Merino: Uma segunda chance na Premier League - e que deve ser muito melhor do que a primeira. Merino conseguiu apenas um gol em 17 partidas durante sua única campanha no Newcastle, em 2017/18, mas evoluiu muito desde então. Agora, há poucos meio-campistas melhores que ele na atualidade em recuperar a posse da bola, especialmente em campo adversário, e ele também vem de sua melhor temporada, com oito bolas na rede. Muitas expectativas serão colocadas sobre Merino, dada a busca inabalável do Arsenal, mas não é difícil vê-lo prosperando ao lado de Declan Rice, da mesma forma que o fazia ao lado de Zubimendi. Nota: A

Para o Barcelona: Mais uma evidência da completa incompetência do clube no mercado de transferências. Roque chegou à Catalunha apenas em janeiro e deveria ser a próxima grande promessa do Barça, mas foi emprestado apenas sete meses depois. Por quê? Porque o brasileiro ainda não está pronto para desafiar Robert Lewandowski por uma vaga de titular e o Barça simplesmente não pode arcar com o custo de registrar um atacante de 19 anos que provavelmente não jogará regularmente. Deco e companhia agora estarão torcendo para que a contratação de €40 milhões do Athletico Paranaense se destaque no Betis, para que possam recuperar parte do dinheiro gasto com Roque ou tentar reintegrá-lo ao elenco principal no futuro. Se ele algum dia ele vai querer voltar para um clube tão desorganizado é uma questão ainda, porém, em aberto. No que diz respeito à estabilidade e ao recrutamento bem-sucedido de grandes promessas do Brasil, o Barcelona não está no mesmo nível do Real Madrid. E isso já deveria estar claro. Nota: C+

Para o Real Betis: Uma operação sem riscos. Como os primeiros jogos da nova temporada da Liga destacaram, o Betis está precisando desesperadamente de um goleador. Eles têm alguns jogadores muito criativos, incluindo Nabil Fekir e Isco, mas a maioria dos seus atacantes são veteranos que estão com dificuldades para marcar gols. Ter Roque por empréstimo com uma opção de compra ou até mesmo de estender sua permanência temporária em Sevilha é inquestionavelmente um excelente negócio. Sabemos que o brasileiro é talentoso e chega ao Benito Villamarín ansioso para mostrar ao Barça que ele pode fazer a diferença - uma combinação que empolga seu novo clube. Nota: B+

Para Vitor Roque: Uma mudança muito necessária. Roque simplesmente precisava sair do Barcelona. Ele conseguiu apenas dois gols em 16 aparições pelos catalães em todas as competições na temporada passada e ficou rapidamente claro que ele era muito mais uma contratação do clube do que uma escolha técnica. O ex-treinador Xavi não parecia avaliá-lo muito bem, e suas chances de atuar com regularidade não melhoraram sob Hansi Flick. Portanto, não foi nada surpreendente ver Roque tão feliz após se juntar ao Betis, que lhe renderá uma chance boa de mostrar exatamente por que foi convocado para a seleção brasileira com apenas 18 anos. Roque também poderia ter escolhido a opção mais fácil, indo para o Sporting - até mesmo do ponto de vista do idioma -, mas ele apostou em brilhar na La Liga. E isso é um sinal positivo. Aparentemente, sua confiança permanece intacta. Nota: B+

Para o Barcelona: Totalmente constrangedor! Um ano depois de conseguir um grande feito ao convencer um dos melhores meio-campistas do mundo a recusar uma oferta mais alta de outros clubes para se mudar para Catalunha, o Barcelona teve que retirar Gundogan da folha de pagamento devido aos seus problemas financeiros - os quais só estão lá por conta de sua própria incompetência. Não importa que o alemão tenha sido o melhor jogador da equipe na temporada passada, com 14 assistências ao todo; ele simplesmente teve que sair para que os catalães endividados pudessem registrar sua única grande contratação deste meio de ano, Dani Olmo. A necessidade desesperada de se livrar de um dos maiores salários fez com que o Barcelona deixasse Gundogan sair gratuitamente, mesmo com dois anos restantes em seu contrato - uma prova adicional, se é que era necessário, de que o Barcelona é um desastre. Nota: F

Para o Manchester City: Um retorno surpreendente, mas muito bem-vindo. O City ainda conseguiu vencer a Premier League na temporada passada sem Gundogan, mas houve momentos em que sentiram falta do jogador de grandes jogos que Kyle Walker uma vez chamou de “Zinedine Zidane em sua melhor forma”, principalmente no final da temporada. Gundogan será titular desta vez? Provavelmente não - mas, como mostrou no Barcelona na temporada passada e durante a campanha da Alemanha na Euro 2024, ele ainda tem o talento e a mentalidade vencedora necessários para o mais alto nível. Pep Guardiola está supostamente encantado por ter Gundogan de volta - o que praticamente diz tudo. Ele pode ter 33 anos agora, mas recontratar o capitão tricampeão do City em gratuitamente era a escolha óbvia. Nota: B+

Para Gundogan: A melhor opção disponível. O meia claramente teria ficado feliz em permanecer no Barcelona, tendo saído do City no momento perfeito - após a conquista da tríplice coroa -, e estava determinado a enfrentar um novo desafio em um lugar muito mais ensolarado, admitindo que admirava o Barcelona desde criança e que era uma um tanto quanto sonho poder atuar no Camp Nou. No entanto, os problemas financeiros do clube tornaram sua saída forçada inevitável. Gundogan poderia ter ido para outro lugar, mas continua sendo um competidor feroz que acredita, com razão, que ainda tem muito a oferecer no mais alto nível. Na verdade, apenas Bruno Fernandes criou mais chances do que o alemão nas cinco principais ligas da Europa na temporada passada. Ele deve, portanto, se reintegrar facilmente ao elenco de Guardiola. Nota: A

Para o Atlético de Madrid: O Natal chegou mais cedo! Os madrilenos basicamente trocaram João Félix por Conor Gallagher, reforçando seu meio-campo sem enfraquecer seu ataque - e ainda fazendo um pequeno, mas significativo lucro. Os Rojiblancos ainda sofrem com o grande prejuízo por terem comprado Félix junto ao Benfica, há cinco anos, por €126 milhões, mas isso já não importa; a corda ao redor do pescoço do clube foi finalmente removida após uma série de empréstimos nada empolgantes. O Atleti finalmente encontrou alguém tolo o bastante para comprar um jogador que os torcedores absolutamente desprezavam e no qual Diego Simeone já havia perdido a confiança há anos. Ouviu o respiro de alívio no Metropolitano? Nota: A

Para o Chelsea: É difícil entender o que se passou na cabeça dos diretores do Chelsea - pelo menos do ponto de vista esportivo. Este negócio é claramente movido pelo dinheiro. Na verdade, ele só ocorreu por conta da saída de Gallagher e pelo fato do acordo pela troca envolvendo Samu Omorodion ter caído. Então, sim - o Chelsea só recorreu a Félix porque ele também era um jogador do Atlético. Ele não tem o mesmo perfil e não há espaço óbvio para ele em Stamford Bridge, onde ele conseguiu apenas quatro gols em 20 partidas durante seu empréstimo, em 2023. E se os Blues não quiseram comprá-lo ao final daquele período - então por que agora, depois que Félix também fracassou no Barcelona, eles parecem achar que o português tem futuro na equipe? Nada disso faz sentido. A tolice parece ser o modus operandi da Clearlake Capital. Nota: F

Para Félix: Terrível, mas não é como se ele tivesse muitas outras opções na Europa. Nenhum outro grande clube teria considerado contratá-lo, considerando toda sua inconsistência recente. Ele simplesmente nunca correspondeu ao hype gerado durante seu tempo no Benfica. Consequentemente, para um jogador de alto salário e baixo desempenho, a decisão era praticamente entre o Chelsea e a Arábia Saudita. Diz-se que Félix está empolgado com a volta a Londres, mas ele será apenas um entre cerca de oito atacantes disputando uma vaga de titular sob Enzo Maresca. Talvez Félix encontre uma maneira de prosperar no meio do caos em Stamford Bridge, mas é estabilidade que ele há muito precisa, e não mais incertezas. Nota: F

Para o Chelsea: Um duro golpe à política de transferências absurda do clube. Gallagher foi um dos melhores jogadores do Chelsea e eles essencialmente o trocaram pelo pior reforço da história do Atlético, João Félix. Gallagher foi o terceiro jogador mais envolvido em gols na Premier League na temporada passada - apenas Cole Palmer registrou mais assistências - e também recuperou a posse de bola mais vezes (221) do que qualquer um de seus companheiros de equipe. No entanto, ele foi vendido simplesmente por ser um cria da base, o que significa que o lucro líquido com sua saída ajudará a resolver alguns dos problemas financeiros causados pela farra de gastos dos donos. Há quem diga que Gallagher não se encaixa no estilo de jogo de Enzo Maresca, mas os torcedores não são tolos: ele é muito mais adaptável e talentoso do que muitos membros de um elenco inflacionado cheio de fracassos. Um herói da base foi dispensado apenas para ajudar a equilibrar as contas. Vergonhoso. Nota: F

Para o Atlético de Madrid: Uma operação para lá de interessante - mas pode terminar muito bem ou muito mal. Poucos esperavam que o Atlético tornasse Gallagher um dos reforços mais caros da janela de transferências da La Liga até agora, e há rumores de que teriam preferido contratar Javi Guerra, do Valencia. O inglês pode, contudo, se encaixar muito bem no time titular de Diego Simeone. Gallagher é o tipo de meio-campista ativo que o argentino adora, uma máquina de pressão que deve conquistar imediatamente o novo treinador e os torcedores do clube. Haverá, obviamente, muita pressão sobre o jogador de 24 anos para provar que tem o nível técnico necessário para prosperar na Espanha, já que ele notadamente possui suas limitações, como vimos na Euro, e há forte concorrência por vagas no meio-campo no time. Ainda assim, ele pode se mostrar um bom reforço, dado que seu estilo de jogo enérgico é, pelo menos no papel, adequado ao estilo intenso de Simeone. O fato de terem se livrado de João Félix no processo, ainda, é um belo bônus. Nota: A-

Para Gallagher: Um rompimento doloroso, mas que pode acabar se provando a escolha acertada. Gallagher claramente preferiria ter ficado em Stamford Bridge, já que está no Chelsea desde os oito anos de idade. E mesmo após se tornar claro que ele teria que deixar seu clube de infância, ele provavelmente teria preferido seguir na Premier League. Ademais, também foi relatado que ele tinha sérias dúvidas sobre se mudar para Madrid. No entanto, enquanto ele pode ter dificuldades para se adaptar à capital espanhola, jogadores como Jude Bellingham têm tirado claramente os benefícios de jogar na Espanha. o que também pode acontecer com Gallagher, que deve gostar de trabalhar sob Simeone, um técnico conhecedor da arte de jogar no meio-campo como um 'motorzinho'. E claro, é um momento muito empolgante para o Atlético, que claramente mira o título espanhol nesta temporada após a janela de transferências movimentada. Pode não parecer agora, mas ser forçado a sair do Chelsea pode ser a melhor coisa que já aconteceu com Gallagher. Nota: B+

Para o Rennes: Mais uma evidência do trabalho fantástico sendo realizado pela base do clube. Uma promessa talentosíssima vendida por uma boa grana, Doue está simplesmente seguindo os passos de Ousmane Dembélé, Mathys Tel e Eduardo Camavinga. Substituir o ponta, que contribuiu com quatro gols e quatro assistências em apenas 17 partidas da Ligue 1 na temporada passada, não será fácil e certamente levará algum tempo - mas, se alguém pode fazer isso, é o Rennes. Nota: A

Para o Paris Saint-Germain: Mais uma contratação empolgante. Nas últimas janelas de transferências, o PSG adotou uma política de recrutamento semelhante à do Chelsea, focando agora em contratar jogadores promissores. A grande diferença é que a abordagem do time francês é mais sobre qualidade do que quantidade. Ao contratar Doue, o PSG conseguiu um verdadeiro golpe, já que o jovem de 19 anos também estava na mira de clubes como Manchester United e Bayern de Munique. O valor é alto, mas Doue, que é ambidestro, provou na temporada passada ser um dos melhores dribladores do futebol europeu. Nota: A

Para Doue: O próximo passo lógico. Mudar-se para Paris em vez de Manchester ou Munique faz muito sentido. Ele ganhou a Euro Sub-17 de 2022 ao lado de seu novo colega de equipe Warren Zaire-Emery, o que significa que ele deve se integrar facilmente ao Parque dos Príncipes - tanto dentro quanto fora de campo. Não é surpreendente para alguém tão jovem que ele ainda tenha alguns problemas em seu futebol, mas seus ex-treinadores dizem que ele é um garoto humilde e dedicado. Os €50 milhões certamente trarão uma certa pressão e o PSG possui realmente várias opções pelos lados, então se estabelecer como titular não será fácil. Mas isso provavelmente não é um problema nesta fase de sua carreira. Além disso, como um atacante versátil e devastador no um contra um, ele ainda deve ter várias chances de impressionar uma torcida na 'era pós-Kylian Mbappé'. Nota: A-

Para o Bayern de Munique: Uma boa movimentação. O Bayern parecia ter feito um grande negócio ao contratar De Ligt da Juventus por muito menos do que os italianos haviam pago por ele, em 2022, mas, após inicialmente parecer que ele poderia se tornar um pilar da defesa dos bávaros por anos, o holandês acabou sendo bem diferente daquele magnífico zagueiro que vimos no Ajax. Ele permaneceu como titular até o fim da passagem de Thomas Tuchel, mas o simples fato de o Bayern ter mostrado tanto interesse em vendê-lo já diz tudo - assim como o fato de ele não ter jogado um único minuto pela Holanda na Euro 2024. O Bayern ficará feliz em ter recuperado parte significativa do valor que pagaram por um jogador que já não queriam. Nota: B+

Para o Manchester United: Um risco que vale a pena. Há preocupações de que De Ligt tenha sido superestimado durante seu tempo em Amsterdã - já ele simplesmente não se mostrou capaz de entregar consistentemente no mais alto nível. Mas o valor não é nenhum absurdo e ainda dá para argumentar que existe um bom zagueiro dentro dele. E, convenhamos, alguém melhor do que o ex-treinador do Ajax Erik ten Hag para ressuscitar esse talento? Além disso, sejamos francos de novo, De Ligt é bem mais talentoso do que muitos dos zagueiros que o United tinha na última temporada. Nota: B

Para De Ligt: Potencialmente sua última chance de se provar em um clube desse tamanho. De Ligt ainda tem apenas 24 anos, mas se ele fracassar no United, após passagens decepcionantes por Juventus e Bayern, será difícil imaginar outro time da elite europeia pagando um valor alto por seus serviços. Ele é um zagueiro ambidestro e fisicamente imponente, mas há questões contínuas sobre sua velocidade e propensão a cometer erros. A responsabilidade é apenas dele para provar que pode lidar com a pressão de entregar um bom desempenho em todos os jogos para uma grande equipe. De Ligt deverá ter várias chances de fazer isso sob o comando de Ten Hag, no Old Trafford. Nota: B+

Para o Bayern: Uma decisão esperada. Mazraoui se mostrou um jogador de elenco útil, capaz de atuar tanto na lateral-direita quanto na lateral-esquerda, mas nunca foi realmente a primeira escolha em nenhuma das posições quando todos estavam completamente em forma. É verdade, se Joshua Kimmich ou Alphonso Davies tivessem saído neste meio de ano, as coisas poderiam ter sido diferentes. No entanto, considerando que Sacha Boey e Raphael Guerreiro ainda estão no clube, e que o novo reforço Hiroki Ito também pode atuar como lateral-esquerdo, vender Mazraoui fez todo o sentido. Nota: B

Para o United: Uma evolução em comparação a Aaron Wan-Bissaka. O United esteve envolvido em muitos negócios desastrosos na última década, mas fizeram um bom trabalho aqui ao efetivamente pagar por Mazraoui aquilo que conseguiram mandando Wan-Bissaka para o West Ham. O marroquino não só é mais versátil, como também muito mais confortável no ataque, o que significa que deve se mostrar uma boa opção ofensiva - independentemente de onde ele seja escalado. Nota: B+

Para Mazraoui: Uma oportunidade de garantir uma vaga de titular em um dos maiores clubes do futebol mundial - e sob um de seus ex-técnicos. Mazraoui demonstrou tanto no Ajax quanto durante a notável campanha do Marrocos na Copa do Mundo de 2022 que possui talento e compostura para brilhar no mais alto nível. Trabalhando em conjunto com Achraf Hakimi no Qatar, ajudou a manter os adversários afastados enquanto também causava problemas no ataque. Embora não esteja no mesmo nível que seu colega de seleção, Mazraoui é capaz de se tornar um dos favoritos da torcida de Old Trafford. Nota: A

Para o Manchester City: Outra grande entrada de recursos com a venda de um jogador que eles não precisavam. O City também lucrou recentemente com Raheem Sterling, Ferrán Torres, Gabriel Jesus, Leroy Sané e Cole Palmer e nenhuma dessas saídas afetou o ciclo de sucesso do clube na Premier League. Álvarez é um ótimo jogador - ele provou isso tanto no clube quanto na seleção -, mas a contratação de Savinho neste meio de ano significou que a competição por vagas de titular ao lado do indiscutível número 9 Erling Haaland seria ainda maior de agora em diante. Não é de se surpreender, então, que o City tenha aceitado uma oferta gigantesca do Atlético, que pode chegar a €95 milhões, poucos depois de contratá-lo por €21 milhões, junto ao River Plate. Nota: A+

Para o Atlético de Madrid: Um atestado de que o clube está (ou quer estar) para a briga nesta temporada. Durante uma janela de transferências relativamente tranquila até agora, o Atlético já se destacava como um dos participantes mais ativos, trazendo Alexander Sorloth, Robin Le Normand e Conor Gallagher. A aquisição de Álvarez, no entanto, está em outro nível. O argentino é um atacante multifuncional que já conquistou praticamente todos os principais troféus do futebol ainda aos 24 anos. Ele também conseguiu marcar gols com consistência, apesar do tempo de jogo restrito e de ser frequentemente escalado fora de sua posição preferida. O valor pode ser alto, mas o potencial de Álvarez é ainda maior. Ele pode realmente mudar de patamar no Metropolitano. Nota: B+

Para Álvarez: A oportunidade que ele sempre desejou. Já sabemos há algum tempo que o argentino é bom o suficiente para ser titular semanalmente em um time de ponta; era apenas a presença de Haaland que o estava segurando no Etihad. Agora ele tem a chance de provar que pode se tornar um atacante de elite por conta própria. Ele certamente tem todas as ferramentas para isso - é rápido, fisicamente forte, tecnicamente talentoso e incrivelmente dedicado. Ou seja, é basicamente tudo o que Diego Simeone deseja em um número 9. Dado o tamanho do investimento em seus serviços, as expectativas serão bem altas nos próximos meses, é verdade, mas, como mostrou na Copa do Mundo de 2022 e enquanto liderava o ataque do City durante as ausências de Haaland por lesão, ele tem talento e temperamento para se tornar um dos melhores atacantes da atualidade. Ele tem tudo para abraçar a pressão de jogar por um clube tão ambicioso e diante de torcedores tão apaixonados. Nota: A

Para os Wolves: Decepcionante, mas ainda assim uma boa grana. Neto é um dos maiores criadores de chances na Premier League, e sua perda será muito sentida durante a temporada. Ainda assim, não é como se o Wolverhampton não estivesse acostumado a jogar sem o ponta, muito propenso a lesões. O time de Gary O'Neil sem dúvida será muito menos ameaçador sem Neto, mas a esperança é que eles possam contratar um bom substituto - e, inevitavelmente, estão sendo ligados a outro jovem jogador português, Carlos Forbes, do Ajax. Além disso, Neto já sairia dei qualquer jeito, era inevitável. Então, o fato de os Wolves ainda conseguirem um bom valor para um jogador que ficou de fora duas vezes apenas na última temporada por lesões musculares é realmente um alento. Nota: B+

Para o Chelsea: Mais uma aposta. Neto é um jogador comprovado da Premier League, mas também tem um histórico preocupante de perder jogos. Na verdade, ele teve quatro períodos como ausência significativos nos últimos três anos. Se o Chelsea conseguir mantê-lo em forma, ele deve ser um bom reforço - ele é rápido, criativo, dinâmico e trabalhador -, mas, com base no que vimos até agora, esse é um baita "se". Consequentemente, isso parece muito dinheiro para investido em uma nova versão de Diogo Jota: um talentoso português vindo dos Wolves e com vários problemas de lesão. Nota: B

Para Neto: Um passo adiante há muito tempo já esperado. Com todo o respeito ao Wolverhampton, está claro há algum tempo que Neto merecia uma chance em um clube realmente grande. Agora ele tem essa chance, embora ainda reste saber se o Chelsea é realmente a melhor escolha. O elenco dos Blues está cheíssimo, os proprietários parecem não ter ideia do que estão fazendo e várias contratações caras já tiveram dificuldades para se estabelecer em Stamford Bridge. Neto certamente tem talento para brilhar em um grande time, mas ele definitivamente precisa marcar mais gols (ele nunca marcou mais de cinco em uma única temporada da Premier League) se quiser ter sucesso onde tantos outros já falharam. Nota: B-

Para o Bournemouth: Um baita lucro - mas também um baita problema. O Bournemouth perdeu seu melhor atacante pouco mais de uma semana antes do início da nova temporada. Era algo previsível, claro - o proprietário, Bill Foley, disse em julho que o clube tinha "dois ou três candidatos alinhados" para substituir Solanke. Se algum deles será capaz de replicar os 19 gols que o inglês marcou na última temporada ainda não está claro, porém. Houve ligações com jogadores como Ivan Toney e Dominic Calvert-Lewin, mas é difícil ver qualquer um deles se mudando para o Dean Court. Ainda assim, os £65 milhões são impressionantes, mesmo que seja importante notar que o ex-clube de Solanke, o Liverpool, tivesse direito a 20% do montante. Nota: B

Para o Tottenham: Uma operação impressionante de um presidente ainda considerado muito cauteloso. Solanke foi excelente na última temporada e seu futebol completo já o faz ser apontado como o sucessor de Harry Kane nos Spurs. No entanto, não há como esconder o fato de que essa é um valor colossal para um atacante de 26 anos com apenas uma boa campanha na Premier League. Ainda assim, se o Tottenham conseguir convencer Richarlison a se mudar para a Saudi Pro League, Daniel Levy considerará £65 milhões um preço que vale a pena ser pago, especialmente porque Solanke parece bem adaptado ao estilo de jogo de Ange Postecoglou. Nota: B-

Para Solanke: Uma terceira - e provavelmente última - chance de mostrar que pode se destacar em um grande clube. O cria da base do Chelsea não conseguiu se firmar em Anfield, mas aos poucos conseguiu dar a volta por cima na carreira no Vitality Stadium. O imenso desafio agora é justificar seu valor. Os Spurs não são exatamente o Liverpool ou o Chelsea, e o nível de competição que ele teve que enfrentar anteriormente não será nem de longe tão intenso no norte de Londres. Ele deve ser um titular certo, de fato, e embora persistam dúvidas sobre sua finalização, ele é o tipo de centroavante completo e que deve se entrosar bem com jogadores como Son Heung-min e James Maddison. Nota: A

Para o RB Leipzig: Uma transferência já aguardada há algum tempo, mas a qual os alemães sempre tentaram evitar. Olmo vinha sendo alvo de rumores de uma saída da Red Bull Arena, então sua performance estelar na Euro 2024 só tornou sua partida uma mera formalidade. À primeira vista, os €55 milhões podem parecer um pouco baixo para um dos jogadores-chave da Espanha na Alemanha, mas estamos falando de um atacante de 26 anos que nunca conseguiu marcar mais de cinco vezes em uma única temporada na Bundesliga. O Leipzig, ainda assim, embolsou o dobro do que pagou por Olmo, quando o contratou do Dinamo Zagreb, lá em 2020. Nota: B+

Para o Barcelona: Um alívio. É justo dizer que os torcedores do Blaugrana estavam ficando incomodados com a nova temporada se aproximando e o clube ainda sem contratar um único jogador. O retorno de um ex-astro da base obviamente reduzirá um pouco a tensão. Haverá, é claro, perguntas sobre o que exatamente Hansi Flick pretende fazer com Olmo - e se sua chegada resultará na venda de outro atacante -, mas o espanhol pode jogar em ambas as pontas, assim como na posição de número 10, onde ele atuou tão efetivamente para seu país na Euro. Estar de volta ao Barça pode realmente trazer o melhor de Olmo. Nota: B

Para Olmo: Uma chance tardia de se tornar uma estrela no Barcelona. Olmo surpreendeu o clube quando decidiu sair para o Dinamo, no meio de 2014, quando ainda tinha apenas 16 anos de idade, mas talvez deixar La Masia tenha realmente beneficiado seu desenvolvimento. Ainda assim, o desafio agora para Olmo é alcançar a consistência que tem lhe faltado até este ponto de sua carreira. Sabemos que ele é tecnicamente diferenciado - vimos isso na Euro -, mas seu poder de decisão tem sido um problema. O desafio agora será entregar resultados de forma consistente em um dos maiores clubes do mundo. Nota: A

Para o Benfica: Sentimentos mistos. O Benfica mais uma vez lucrou rios de dinheiro por um de seus principais jogadores, mas os torcedores estão, sem surpresa, devastados com a saída de um cria da base tão querido depois de tão pouco tempo no time principal. O presidente Rui Costa disse que entende e compartilha a dor da torcida, mas destacou que o PSG fez uma oferta irrecusável. Este negócio apenas reforçou a reputação do Benfica como mestres do mercado de transferências, no que diz respeito a obter uma boa grana vendendo jogadores promissores (vide Darwin Núñez e Enzo Fernández, nas janelas recentes), mas isso é pouco para os torcedores frustrados no momento, especialmente porque há um risco real de que Neves possa acabar se mostrando subvalorizado. Nota: B

Para o PSG: Um lembrete de que o clube apoiado pelos catarianos continua capaz de fazer contratações de peso. Concordo, é um baita dinheiro por um jovem de 19 anos, mas o potencial é inegável. Podemos realmente estar falando de um talento geracional aqui, então o PSG se saiu muito bem ao contratá-lo por apenas €20 milhões a mais do que o Bayern de Munique pagou por outro volante português, João Palhinha, que tem dez anos a mais. Os campeões da Ligue 1 são conhecidos por desperdiçar milhões no mercado de transferências, mas a recente mudança na política de transferências, evitando contratações de superestrelas e focando em jovens de enorme potencial, deve eventualmente se fazer valer. Nota: A

Para Neves: Muitos prós e contras. O Parque dos Príncipes não é o ambiente mais estável - tome como exemplo Manuel Ugarte, que também chegou vindo de Portugal, no meio do ano passado, por um valor semelhante, e não conseguiu garantir uma vaga no meio-campo de Luis Enrique até então. Neves, no entanto, já parece ter ainda mais potencial do que o uruguaio e poderia formar um bom quarteto de meio-campo, ao lado do compatriota Vitinha, o também jovem Warren Zaire-Emery e talvez até Fabián Ruiz, caso a estrela espanhola permaneça. Espera-se muito de Neves, mas ele deve ir bem na Ligue 1, considerando sua boa fase de grupos de Champions na temporada passada. Nota: B+

Para o Dortmund: Um baita lucro por um centroavante de 31 anos. Fullkrug foi um dos artilheiros da equipe na última temporada e desempenhou um papel fundamental na campanha rumo ao vice-campeonato final da Champions League, marcando gols importantes contra o Atlético de Madrid e o Paris Saint-Germain. Ele também impressionou saindo do banco pela Alemanha na Eurocopa. No final das contas, porém, o Dortmund tem opções de ataque mais jovens e atraentes e dobrou o valor que pagou por Fullkrug há um ano - isso é um ótimo negócio sob qualquer perspectiva. Nota: A

Para o West Ham: Uma surpresa. Os Hammers estavam obviamente em extrema necessidade de um novo camisa 9, já que tanto Michail Antonio quanto Danny Ings passaram dos 30, mas por esse mesmo motivo se presumia que trariam um jogador muito mais jovem, como Jhon Duran. Em vez disso, acabaram com Fullkrug, cujos melhores anos sem dúvida já ficaram para trás. Nesse sentido, os £27 milhões são surpreendentes, mas isso não significa que o alemão não se mostrará um reforço importante - pelo menos a curto prazo. Na verdade, ele tem justamente o estilo e a personalidade para se tornar um dos favoritos da torcida no London Stadium se começar bem. Nota: B-

Para Fullkrug: Uma chance na Premier League que ele realmente deve aproveitar. Fullkrug tem a cara do futebol inglês, no que se refere ao seu físico, mas sua técnica subestimada pode fazer dele um excelente alvo para que Mohammed Kudus e Jarrod Bowen possam encontrar. Como mostrou durante a Eurocopa, ele é um jogador capaz de dedidir jogos, mesmo vindo do banco. Nota: B+

Para o PSG: Não é lá o movimento ideal para um clube que ainda busca fortalecer seu elenco. Uma venda talvez fosse mais adequada tanto para o PSG quanto para Simons, que fez apenas sete aparições na Ligue 1 desde que deixou o Barcelona, em 2019. Em vez disso, a decisão final sobre o futuro do holandês foi adiada por mais uma temporada. Claro, o PSG ainda pode acabar ganhando ainda mais dinheiro com Simons no próximo meio de ano se ele conseguir desempenhar mais uma vez em Leipzig, mas é lógico pensar que o PSG teria preferido lucrar já com um jogador que Luis Enrique claramente vê como dispensável, ainda mais considerando que o interesse por ele só aumentou após sua boa Eurocopa. Nota: C

Para o RB Leipzig: Um bom negócio. Depois de atingir dois dígitos tanto em gols quanto em assistências durante o empréstimo da última temporada na Red Bull Arena, era de se imaginar que Simons fosse negociado com uma grande equipe nesta janela. Na verdade, o jovem de 21 anos parecia destinado a assinar com justamente um rival do RB Leipzig - o Bayern de Munique. Portanto, o time merece um baita crédito por convencer Simons de que sua carreira seria melhor servida passando uma segunda temporada emprestado em Leipzig. O clube também conseguir segurar Dani Olmo seria o cenário perfeito para o técnico Marco Rose - não importa o que mais possa acontecer entre agora e o fim da janela. Nota: A

Para Simons: Uma decisão surpreendente, mas talvez sensata. Simons parecia pronto para dar outro passo em sua carreira. No entanto, a informação é de que, após inicialmente concordar em se mudar para Munique, ele começou a ter dúvidas sobre quanto tempo de jogo teria na Allianz Arena. Consequentemente, ele foi atraído de volta para Leipzig pela promessa de um papel de ainda maior responsabilidade e importância nesta próxima campanha. Pode muito bem ser a decisão correta. Simons ainda é bem jovem e, assim como Benjamin Sesko, que também decidiu permanecer na Red Bull Arena em meio aos vários rumores de uma transferência, pode se beneficiar de mais um ano em um clube com renome quando se trata de desenvolver jovens promessas. Nota: B+

Para o Villarreal: Sempre um prazer fazer negócios com o Chelsea. No meio do ano passado, o Villarreal vendeu Nicolas Jackson para os Blues por £32 milhões, após a boa fase do atacante na segunda metade da temporada 2022/23. Agora, o time conseguiu mais £21 milhões por um jogador que estreou no Espanhol apenas em janeiro do ano passado. E estamos falando de puro lucro, já que Jorgensen veio da base do Villarreal. O dinamarquês pode até ser o goleiro titular do Submarino Amarelo, mas esta foi mais uma oferta do Chelsea que o time espanhol simplesmente não podia recusar. Nota: B+

Para o Chelsea: Totalmente de acordo com a estratégia de transferências do clube, de comprar o maior número possível de jovens e assinando contratos longos. E Jorgensen pode se provar um dinheiro bem gasto. Ele ainda, claro, carece de experiência, pois só se tornou o número 1 do Villarreal na última temporada, mas acabou fazendo mais defesas do que qualquer outro goleiro na La Liga (143) e tem uma incrível capacidade de distribuição, a principal razão pela qual os Blues acreditam que o goleiro é ideal para o estilo de jogo de Enzo Maresca. Nota: B-

Para Jorgensen: "Um sonho realizado", como ele mesmo disse. A esta mesma altura no ano passado, Jorgensen nunca poderia ter imaginado que seria contratado por um dos clubes mais conhecidos do planeta 12 meses depois. Mas isso é consequência de sua grande evolução no El Madrigal na última temporada. E, dado que Robert Sánchez e Djordje Petrovic não estão exatamente no nível de elite, ele tem tudo para lutar pelo posto de titular. Apesar de todo o caos e confusão no Stamford Bridge, ele dificilmente teria a mesma oportunidade em algum outro gigante europeu. Nota: A

Para o Bologna: Outra perda dolorosa nesta devastadora janela. O time pode ter surpreendido a Série A na última temporada, inclusive classificando-se à Champions League, mas já perdeu seu técnico, Thiago Motta, para a Juventus, seu atacante Joshua Zirkee, para o Manchester United, e deve também perder, agora, Calafiori, para o Arsenal. E o fato de o Bologna receber apenas metade desses 42 milhões de libas, - devido à cláusula de percentual de futura venda que o Basel incluiu no contrato do jogador com o clube italiano - só causa ainda mais estrago. Os Rossoblu terão um lucro considerável, considerando o investimento de apenas €4 milhões para adquiri-lo, há um ano, mas perder o jovem de 22 anos após apenas uma temporada não deixará de ser um golpe amargo. Pelo menos, ele não está indo para um rival italiano… Nota: B-

Para o Arsenal: Um jogador feito para Mikel Arteta. Alguns torcedores do Arsenal questionam essa contratação, já que os Gunners já têm uma dupla de zagueiros titulares estabelecida - William Saliba e Gabriel Magalhães -, além do versátil Jurrien Timber em fase final de recuperação de uma lesão. Esse ceticismo é compreensível, mas Calafiori é um jogador com múltiplos talentos e só dará a Arteta ainda mais opções. Ele é bom com a bola no pé - tanto que Luciano Spalletti até o utilizou como um camisa 10 em um jogo-treino da Itália durante a Eurocopa -, e tem uma capacidade de quebrar linhas que foi perfeitamente ilustrada com sua maravilhosa assistência para o gol de empate da Itália na terceira rodada do torneio na Alemanha, contra a Croácia, na bacia das almas. Onde Calafiori se encaixará no Arsenal? Praticamente em qualquer lugar. Nota: A

Para Calafiori: Uma oferta boa demais para ser recusada. Claro, teria feito mais sentido para Calafiori seguir Motta para a Juventus - já que foi com ele que o zagueiro se transformou de um lateral-esquerdo para um zagueiro que joga com a bola -, mas o italiano certamente tirará proveito da oportunidade sob o comando de Arteta, que deve vê-lo como uma evolução frente a Oleksandr Zinchenko, um defensor pela esquerda capaz de atuar como meio-campista. Calafiori obviamente precisará de tempo para se adaptar a uma nova liga e a um novo idioma - mas não se deixe levar pela faixa de cabelo e pela boa aparência: este é um jogador extremamente determinado e com talento para se tornar o próximo grande zagueiro da Itália. Nota: A-

Para o Everton: Uma venda nada surpreendente. O Everton tem problemas financeiros bem claros, que tornaram a venda de um titular quase que obrigatória nesta janela. Agora, a torcida espera que a saída de Onana ao menos signifique que eles não terão que vender Jarrad Branthwaite, este sim nas graças do torcedor. Embora haja uma aceitação no Goodison Park de que o belga tem o potencial de se desenvolver em um volante de classe mundial, também havia a sensação de que ele via o clube como um trampolim e só se destacava em grandes jogos para se mostrar. Nesse sentido, tudo o que os torcedores querem é que os Toffees mantenham o jogador, alvo do Manchester United, e reinvistam parte dos lucros de Onana - altos para um jogador do seu calibre - em reforços para Sean Dyche. Nota: B

Para o Aston Villa: O substituto de Douglas Luiz? O jovem de 22 anos ainda não é um meio-campista tão completo quanto Luiz, que se juntou à Juventus, no mês passado, o que significa que é provável que ele seja utilizado mais à frente da linha defensiva por Unai Emery. Ele, ainda, também não oferece a mesma ameaça de gol que Luiz, é verdade, mas é fisicamente imponente, forte no jogo aéreo e um bom distribuidor de bola. Honestamente, o preço parece um pouco alto, mas Onana definitivamente tem um grande potencial e é o tipo de jogador com imposição que o meio-campo do Villa estava precisando. Nota: B-

Para Onana: É uma chance de mostrar do que realmente é capaz em um clube em ascensão que jogará na Liga dos Campeões na próxima temporada. Onana é muito bem avaliado pelo treinador da Bélgica, Domenico Tedesco, e jogou todos os minutos da campanha dos Red Devils na Euro 2024 - mas não impressionou e claramente precisa trabalhar no lado ofensivo de seu futebol. Ainda assim, a presença do colega de seleção belga Youri Tielemans deve ajudá-lo a se adaptar rapidamente ao meio-campo de Emery, enquanto ele pode acabar se revelando o complemento perfeito para Boubacar Kamara, quando o francês eventualmente retornar de lesão. De fato, não importa como se olhe para o negócio, Onana deve, no mínimo, jogaráo sob o comando de um melhor treinador e ao lado de melhores jogadores. Nota: B

Para o Lille: Um valor incrível por um jovem com apenas um ano restante em seu contrato. A principal preocupação do Lille na última temporada era manter Yoro durante a janela de transferências de janeiro para conseguir se classificar para a Champions League. Com esse objetivo alcançado, Yoro, é claro, receberia propostas agora no meio do ano - a única questão era os valores. O Lille fez um trabalho sensacional ao convencer Yoro a se juntar ao Manchester Unite, em vez do Real Madrid, dado que o clube de Old Trafford ofereceu bem mais dinheiro. Perder um jogador tão promissor é obviamente um grande revés para um clube que também viu o treinador Paulo Fonseca sair, para o Milan, mas o orçamento está agora bem robusto para fortalecer a equipe antes da terceira rodada dos playoffs da Liga dos Campeões. Nota: A

Para o Manchester United: Sejamos francos, a maioria dos torcedores do United provavelmente nunca viram Yoro jogar, mas não é surpresa que sua chegada iminente esteja sendo tão comemorada, dada a disputa com o Real pela contratação. Yoro é, sem sombra de dúvida, um dos jovens jogadores mais empolgantes da Europa - um garoto de 18 anos com 60 aparições na Ligue 1 e que tem sido comparado a William Saliba por sua habilidade com a bola. Existem preocupações legítimas sobre seu físico - ele claramente precisará ganhar massa para lidar com a fisicalidade da Premier League -, mas seu enorme potencial é indiscutível. Há, sem dúvida, aqueles que vão criticar o clube por terem pago bem mais do que o oferecido pelos merengues, mas os novos dirigentes em Old Trafford merecem crédito pelo negócio, principalmente por não poderem utilizar a carta 'Champions League' nesta temporada. Nota: B+

Para Yoro: Um pouco arriscado. O Old Trafford tem sido algo como um matador de carreiras nos últimos anos. Vários jogadores talentosos com muito mais experiência do que Yoro foram engolidos e cuspidos por um clube em constante turbulência. Na verdade, ele provavelmente teria se saído melhor juntando-se ao Real, cuja construção de equipe muito astuta contrasta fortemente com a abordagem errática do United nas várias últimas janelas. Seus dois compatriotas Aurelien Tchouaméni e Eduardo Camavinga, por exemplo, não parecem ter arrependimentos em Madri. Ainda assim, o United está seriamente carente de qualidade no centro da defesa, o que significa que Yoro deve ter bastante tempo de jogo em um dos maiores clubes do mundo. A possível chegada de Matthijs de Ligt também pode ser positiva, já que haverá maior pressão por resultados imediatos em cima do sobre o holandês do que sobre o jovem, que, com sorte, terá tempo para se adaptar em Manchester. Nota: B

Para o Manchester United: Um fim para uma das sagas mais deprimentes e longas da história do clube. O United lidou com todo o 'caso Greenwood' pessimamente do início ao fim, alienando e enfurecendo muitos torcedores e membros da equipe ao longo dos últimos dois anos. Do ponto de vista puramente financeiro, o United fez bem em conseguir um valor tão grande por um jogador que a maioria dos times da Europa nem teria sequer considerado contratar. Os Red Devils também conseguiram inserir uma cláusula de revenda significativa no acordo contrato com o Marselha, mas, para ser bem honesto, parece bem injusto que o United ganhe talvez mais dinheiro com Greenwood agora do que ganharia na época em que já deveria ter o dispensado. Nota: F

Para o Olympique de Marselha: Logicamente, o acordo dividiu opiniões. Até o prefeito de Marselha se manifestou, argumentando que comprar Greenwood ia contra "os valores" da cidade e do clube. O OM acredita que esta foi uma oportunidade boa demais para ser deixada de lado, dado que Greenwood é um talento raro que um time com seus recursos financeiros limitados normalmente não conseguiria contratar. O clube argumentará que o inglês nunca foi considerado culpado de qualquer crime e que estava totalmente dentro de seus direitos quando contratou o versátil atacante, que, verdade seja dita, deve adicionar muito ao time de Roberto De Zerbi. Mas o time também deve estar ciente de que os torcedores de hoje são volúveis. Se Greenwood marcar gols, os torcedores rapidamente esquecerão a polêmica que cercou sua chegada. É triste, mas é assim que funciona o futebol moderno. A ética já não entra mais na equação. Nota: F

Para Greenwood: Mais um passo à frente na carreira, após a queda de dois anos atrás. Após ser afastado pelo United, Greenwood reiniciou sua carreira com um empréstimo muito bem-sucedido no Getafe, onde contribuiu com 14 gols em 33 partidas, na última temporada. O desafio agora é manter esse impulso no Marselha. É um ambiente caótico, mas um clube enorme, o que significa que Greenwood tem uma oportunidade de ouro para se restabelecer como um dos melhores jovens atacantes do futebol. Trabalhar com De Zerbi certamente tem o potencial de levar seu jogo a um nível totalmente novo. Quanto mais gols ele marcar e quanto mais o tempo passar, mais provável que ele possa retornar à Premier League em alguns anos. Nota: B+

Para o Troyes: Um caso muito moderno - e um exemplo claro dos perigos da propriedade de múltiplos clubes. Savinho assinou com o Troyes há dois anos, mas nunca jogou uma única partida por lá. O Troyes obviamente receberá uma quantia significativa de dinheiro do Grupo City, mas isso não deve ajudar com que os torcedores esqueçam que sofreram rebaixamentos consecutivos desde que Savinho se tornou a contratação mais cara da história do clube. A tendência é de que os cânticos amargamente sarcásticos de 'Mérci, City!' sigam na próxima temporada. Nota: F

Para o Manchester City: O claro exemplo do porquê o Grupo City acumula tantos talentos. O City contratou o promissor jovem brasileiro do Atlético Mineiro via Troyes, permitiu que ele ganhasse experiência no PSV, crescesse no Girona e agora, finalmente, o traz para o Etihad. Savinho é essencialmente a prova de que o sistema funciona e ilustra por que outros proprietários de clubes estão tentando copiá-lo. Neste caso, não há muito sentido em analisar os valores da transferência. É essencialmente irrelevante. Mas, do ponto de vista futebolístico, Savinho deve se provar um excelente reforço ao elenco do City. Ele tem apenas 20 anos, mas já foi convocado sete vezes pela seleção brasileira - e é fácil entender o motivo. Ele tanto marca quanto cria gols, podendo jogar em qualquer lado do campo, e é um exímio driblador (completou mais dribles do que qualquer outro jogador na La Liga na última temporada). Basicamente, Savinho e Jérémy Doku serão um sério problema para a Premier League na próxima temporada. Nota: A

Para Savio: O próximo passo óbvio. A esperança era que Savinho se provasse bom o suficiente para se transferir para Manchester, e ele fez exatamente isso no Girona na última temporada, registrando nove gols e dez assistências na campanha que rendeu aos catalães a tão sonhada vaga para a Liga dos Campeões pela primeira vez em sua história, terminando em terceiro na La Liga. Claro, ele não será um dos jogadores-chave no City - pelo menos não imediatamente - dado a intensa competição por lugares na formação inicial de Pep Guardiola. Mas está ocorrendo uma certa reconstrução no City, e Savinho deve ser uma parte importante do processo. Pode ser que leve um pouco de tempo para o atacante se adaptar à Premier League - e às exigências de Pep -, mas certamente não seria surpresa vê-lo se tornando rapidamente um dos favoritos dos torcedores no Etihad. Nota: A

Para o Atlético de Madrid: Uma saída nada surpreendente. Morata pode ser o atual campeão da Eurocopa, vindo da campanha mais prolífica de toda sua carreira no clube (21 gols em 48 partidas) - mas foi óbvio, durante a difícil segunda metade da temporada, que ele estava perdendo a confiança de Diego Simeone, que o substituiu no intervalo da eliminação nas quartas de final da Champions League, diante do Borussia Dortmund. Nesse contexto, €13,5 milhões não é um mau valor para um atacante de 31 anos - e esse dinheiro agora será destinado à compra de um finalizador mais jovem - e muito mais clínico. Nota: B

Para o Milan: Um risco que vale a pena. Morata é um personagem complexo que lutou com sua saúde mental ao longo da carreira, mas, quando está feliz, é um atacante formidável - e ele deve, em teoria, estar muito feliz em Milão - sua esposa é italiana e ele retorna à Serie A em alta, após liderar a Espanha a um título histórico neste meio de ano, na Alemanha. De fato, há um otimismo justificável em San Siro de que Morata terá um impacto positivo no vestiário, e especialmente nos jogadores mais jovens. Após a saída de Olivier Giroud, os Rossoneri também queriam um atacante experiente e trabalhador capaz de criar tempo e espaço para seus talentosos pontas. Morata responde a esse pedido - e por um preço baixo. Nota: B-

Para Morata: Um retorno previsível à Itália. O atacante tem boas memórias de seu tempo em Turim e pode também prosperar em Milão. Ele certamente vai gostar de jogar ao lado de Rafael Leão e Christian Pulisic, sem falar que Paulo Fonseca já considerava Morata uma provável escolha melhor para seu estilo de jogo do que Joshua Zirkzee, que acabou se juntando ao Manchester United. Morata é um titular certo? É difícil dizer neste momento. Fato é que os Rossoneri ainda devem estar à procura de pelo menos mais um atacante para a próxima temporada, dado que nunca foi uma boa ideia para qualquer time confiar em Morata para marcar gols (ele conseguiu apenas um na Eurocopa). No entanto, nesta fase de sua carreira, o capitão espanhol provavelmente aceitaria um papel secundário. Nota: A

Para o Bologna: Um golpe duro, mas inevitável. Está claro há alguns meses que o Bologna não tinha chance de segurar um jogador promissor com cláusula de rescisão de apenas €40 milhões. Eles até devem receber um pouco mais, mas os Rossoblu receberão apenas metade do valor de qualquer forma, por conta da cláusula de revenda inserida pelo Bayern de Munique no contrato do atacante. É difícil não sentir pena dos torcedores, que estavam animados após a inesperada classificação para a Champions League na próxima temporada, mas agora, além de Zirkzee, viram seu treinador, Thiago Motta, e provavelmente Riccardo Calafiori deixando o clube. Nota: D

Para o Manchester United: Um negócio intrigante. Zirkzee vem de sua melhor temporada, com sua boa forma lhe garantindo uma convocação para a seleção da Holanda na Euro 2024. Dado seu estilo técnico semelhante ao de Zlatan Ibrahimovic, ele deve se mostrar muito apto a criar espaço e oportunidades para jogadores como Alejandro Garnacho. O United também fez bem em vencer a dura concorrência contra o Milan - sem falar de Juventus e Arsenal, que também estiveram ligados ao holandês nos últimos meses. É também um bom negócio do ponto de vista financeiro: Zirkzee é um jogador com um alto potencial e que chega Old Trafford por um preço baixo. Mas se ele é a solução para os problemas de gols do United ainda está para ser visto - afinal, o atacante marcou apenas 12 gols em todas as competições na última temporada... Nota: B

Para Zirkzee: Uma baita reviravolta. Na Itália, acreditava-se que Zirkzee queria permanecer na Serie A e só tinha olhos para o Milan - ele também foi muito vocal sobre seu desejo de jogar na Liga dos Campeões -, então é interessante vê-lo se juntar ao United, um clube em um estado aparentemente constante de caos e que não tem garantias de qualquer tipo tipo de estabilidade no futuro próximo. Na verdade, era de se esperar que as dificuldades de Rasmus Hojlund pudessem desencorajar o jovem. Ainda assim, não falta confiança ao atacante de 23 anos, que, sem dúvida, tem o tipo de habilidade capaz de levá-lo às graças dos torcedores no Old Trafford. Nota: B+

Para o Fulham: Era inevitável. O Fulham perder um dos melhores volantes da Premier League não é surpresa; o que surpreendeu foi a demora para isso acontecer. Palhinha vai fazer muita falta para a equipe de Marco Silva, mas os Cottagers lidaram com sua saída da melhor forma possível - renovaram com o jogador em setembro e conseguiram um valor decente por um jogador prestes a completar 29 anos. Ademais, ainda há tempo para se reforçarem. Nota: B

Para o Bayern: Antes tarde do que nunca! Quem sabe como teria sido a última temporada se o Bayern tivesse conseguido concluir essa transferência antes? Thomas Tuchel certamente tem direito de se sentir um pouco frustrado agora. Mas não é hora de olhar para trás. O Bayern precisa focar no futuro após uma temporada traumática e turbulenta - e Palhinha deve ajudá-los nisso. Como o português mostrou na Eurocopa, há poucos melhores desarmadores no futebol de hoje, o que o credencia a se tornar rapidamente um jogador-chave na Allianz Arena. O Bayern finalmente conseguiu seu homem - e sua chegada deve amenizar o impacto da provável saída de Joshua Kimmich. Nota: B+

Para Palhinha: A transferência que ele queria - e merecia. Palhinha conquistou a chance de jogar por um clube de elite da Europa com suas atuações pelo Fulham e pela seleção de Portugal nos últimos anos. É verdade, pode ter demorado um pouco mais do que ele gostaria - mas antes tarde do que nunca! Com todo o respeito ao Fulham, o Bayern tem um elenco acima - e seu futebol só tende a render mais por conta disso. Nota: A

Para o Crystal Palace: O melhor que poderiam ter feito nas circunstâncias. Olise certamente iria deixar o Palace neste meio de ano; para ser sincero, eles provavelmente foram sortudos em mantê-lo por tanto tempo. O objetivo, então, sempre foi obter um bom valor no eventual negócio. E o Palace alcançou esse objetivo - além de conseguir encontrar um comprador de fora da Inglaterra. Vê-lo fechar com o Chelsea, que chegou a abrir tratativas pelo jovem, teria sido difícil para os torcedores! Nota: A

Para o Bayern de Munique: Mais uma demonstração clara de que os bávaros estão para jogo, após o fecharem com João Palhinha. É indiscutivelmente uma quantia significativa de dinheiro para um jogador de 22 anos que ainda sequer foi convocado para a seleção principal da França e não tem experiência em futebol europeu e também há preocupações com os problemas recentes de lesão no seu posterior da coxa, mas seu enorme potencial é inegável - um exímio driblador com um bom olho para o passe. Ele se encaixa perfeitamente na ideia de um novo projeto na Baviera. Vários grandes clubes da Premier League queriam Olise, mas foi o Bayern que o conseguiu. Contratação digna de celebrações. Nota: B+

Para Michael Olise: A decisão certa. Retornar ao Chelsea teria sido um movimento bem arriscado e, embora haja intensa competição na Allianz Arena, é bem provável que um do trio Kingsley Comán-Leroy Sané-Serge Gnabry seja vendido nesta janela. Na verdade, dá até para argumentar que os três estão em declínio (ou pelo menos estagnando), enquanto Olise está em ascensão. Há uma grande chance de que o francês forme uma poderosa dupla com Jamal Musiala - talvez evocando lebranças de Franck Ribéry e Arjen Robben, aos mais saudosistas -, o que só deve beneficiar Harry Kane lá na frente. Olise queria jogar a Liga dos Campeões. Ele queria a chance de provar seu valor no mais alto nível. Ele conseguiu as duas coisas - e em um dos maiores clubes mundio. Nota: A

Para o Leicester: Éa consequência de gastos imprudentes. Está claro há algum tempo que o Leicester eventualmente pagaria o preço por violar as regras financeiras, o que significa que a venda de um cria da base era apenas uma questão de tempo. Há algo de errado no fato de que o Leicester está de volta à Premier League, mas sem seu herói da casa e que desempenhou um papel crucial na campanha na Championshiop. O negócio ainda ficou abaixo do que o valor de mercado do jogador sugeria. No geral, muito ruim. Nota: D

Para o Chelsea: Um bom negócio - sim, negócio. Dewsbury-Hall é uma evolução em relação a Conor Gallagher, cada vez mais próximo de deixar o Stamford Bridge? Não, de forma alguma. Mas ele pode se provar um bom jogador da rotação, vindo de sua melhor temporada na carreira, justamente sob o comando do novo técnico do Chelsea, Enzo Maresca. Ademais, ele chegou por um preço reduzido. Nota: C

Para Dewsbury-Hall: Uma oportunidade inesperada de provar que pertence à Premier League. Dewsbury-Hall tem 26 anos e nunca foi convocado para a seleção da Inglaterra - incluindo categorias de base -, mas agora se coloca em uma excelente posição para mostrar que pode ser um grande meio-campista. Claro, o constante caos no Chelsea não ajuda muito e, sim, há jogadores muito mais talentosos na hierarquia do meio-campo - mas a energia, honestidade e o bom pé esquerdo de Dewsbury-Hall podem acabar conquistando os torcedores de seu novo clube. Nota: B+

Para o Leeds: Um golpe amargo. Assim que o Leeds perdeu a final dos play-offs da Championship para o Southampton, ficou claro que o clube teria que vender um dos seus jogadores mais valiosos para equilibrar as contas. A venda de Gray se dá por isso - mas, ainda assim, é uma transferência de um jovem de 18 anos bem difícil de aceitar. Parece que estão perdendo um patrimônio do clube. A única coisa positiva é que conseguiram fechar o acordo com os Spurs, que inclui o galês Joe Rodon - bem mais vantajoso do que o que fora proposto pelo Brentford. Nota: C+

Para o Tottenham: Uma ótima compra. Muitos clubes da Premier League ficaram impressionados com as atuações de Gray na última temporada, tanto na Championship quanto na FA Cup, então este é um negócio bem interessante para o Spurs, ainda mais considerando que Liverpool e Chelsea também pareciam estar entre os interessados. O preço também é bastante razoável para um jogador capaz de atuar como lateral-direito ou no meio-campo. Gray parece ideal para o projeto de Ange Postecoglou. Nota: B+

Para Gray: Um negócio que pode funcionar muito bem. Gray provavelmente teria preferido ficar no Leeds, pelo menos por mais uma temporada, mas o fracasso da equipe em retornar à elite tornou sua saída uma mera formalidade. Ele já mostrou o suficiente em sua carreira até aqui para sugerir que merece jogar com regularidade na Premier League - o que é exatamente o que ele deve conseguir nos Spurs nesta próxima temporada. Ele poderia se perder no Chelsea e dificilmente teria garantia de tempo de jogo no Liverpool. Definitivamente, é bom ficarmos de olho nele em 2024/25. Nota: A-

Para o Aston Villa: Um mal necessário. Os problemas financeiros do Villa tornaram a venda de um ativo valioso algo inevitável, e Luiz, infelizmente, se encaixava como um meio-campista muito cobiçado, ainda com dois anos de contrato e adquirido por apenas £15 milhões. Perder o brasileiro é, no entanto, um duro golpe. Embora tenha sido apontado que sua forma caiu um pouco no final da última temporada, ele ainda contribuiu com nove gols e cinco assistências para a quarta colocação do Villa na Premier League. Quanto a Barrenechea, que chega junto ao atacante Iling-Junior, não há garantia de que se adaptará à Premier League após uma passagem decepcionante pelo Frosinone, na última temporada. E vale a pena lembrar que o meia Weston McKennie deveria originalmente fazer parte do acordo. Nota: C-

Para a Juventus: Oportunismo puro. Com o futuro de Adrien Rabiot ainda incerto e sem grandes avanços nas trataivas por Teun Koopmeiners, o meio-campo notoriamente fraco da Juve clamava por reforços. O 'faro de gol' de Luiz será muito bem-vindo em Turim. Assim, o diretor esportivo, Cristiano Giuntoli, que chegou recentemente do Napoli, merece crédito por conseguir dois coelhos em uma cajadada só - trouxe um dos principais alvos do clube, enquanto despachava dois reservas. Nota: B+

Para Douglas Luiz: O movimento certo e no momento certo, talvez. Luiz vinha sendo frequentemente vinculado a uma saída do Villa Park e este parece um acordo que beneficia todos os envolvidos, embora por razões diferentes. Do ponto de vista de Luiz, ele terá a oportunidade de jogar em um dos clubes mais renomados do mundo - e justamente quando a Velha Senhora deve passar por uma transformação dramática (e há muito esperada) no estilo de jogo sob o comando do recém-chegado Thiago Motta, que fez maravilhas no Bologna, na última temporada. Na realidade, é fácil imaginar o ex-meia da Itália elevando o futebol de Luiz em Turim, tornando-o uma peça-chave em uma equipe que, espera-se, disputará títulos na próxima temporada. Este é um momento empolgante tanto para o jogador de 26 anos quanto para seu novo clube. Nota: B+

Para o Chelsea: Um pouquinho de lucro, né? O Chelsea precisava vender jogadores antes do final de junho para evitar possíveis punições por violação das regulamentações financeiras e já possui alguns laterais-esquerdos em seu elenco, então lucrar com um cria da base como Maatsen (contratado do PSV ainda quando adolescente) era uma decisão mais lógica. Questinar se o jovem de 22 anos seria uma opção melhor na lateral-esquerda do que Marc Cucurella ou Ben Chilwell na próxima temporada não faria qualquer sentido. Então foi só juntar o útil ao agradável. Nota: C+

Para o Aston Villa: Uma possível solução para o problema da lateral-esquerda. O nome de Maatsen claramente apareceu em várias histórias sobre o controverso 'fim de semana de trocas' - uma tentativa de vários clubes da Premier League em contornar as Regras de Lucros e Sustentabilidade (PSR) antes do final de junho -, mas, embora o valor possa estar um pouco inflacionado, este acordo é diferente dos outros envolvendo Villa, Chelsea, Everton e Newcastle, pois também faz sentido do ponto de vista esportivo. Maatsen teve um desempenho muito bom durante seu empréstimo de seis meses ao Borussia Dortmund e até chegou a ser incluído na Equipe do Ano da Liga dos Campeões, antes de ser convocado pela seleção da Holanda para a Euro 2024. A transferência faz sentido em vários sentidos. Nota: B

Para Maatsen: Uma excelente alternativa ao Dortmund. O holandês provavelmente teria se beneficiado mais se permanecesse no BVB após causar um impacto quase que instantâneo no Signal Iduna Park, mas os alemães dificilmente conseguiria pagar o que era pedido pelo Chelsea. Ainda assim, uma mudança para o Villa pode funcionar muito bem para Maatsen, já que este é um time claramente indo para frente sob o comando de Unai Emery, que faz um trabalho sensacional desde que substituiu Steven Gerrard, há pouco mais de 18 meses. Ao contrário do Chelsea, o Villa estará na Liga dos Campeões na próxima temporada, o que significa que Maatsen terá outra chance de brilhar no maior palco do futebol de clubes. No momento, para um jogador como ele, o Villa representa definitivamente um passo à frente em relação ao Chelsea - tanto em termos de qualidade quanto de estabilidade. Nota: B+

Para o Palmeiras: O Alviverde conseguiu. De novo. Um ano após acertar um negócio de €60 milhões com o Real Madrid por Endrick, o Palmeiras fechou outro acordo significativo (que pode ultrapassar a casa dos €61 milhões) para um jovem com um grande clube europeu - e, mais uma vez, eles conseguirão manter seu potencial astro até ele completar 18 anos. Claro, é triste que tais talentos deixem o Brasil tão cedo, mas essa é a natureza deprimente do mercado de transferências hoje. A maioria dos clubes agora depende de suas categorias de base para se sustentar. Não há garantias de que jogadores promissores terão sucesso no mais alto nível, então o Palmeiras merece elogios não apenas por desenvolver Estêvão e dar a ele a chance de brilhar, mas também por conseguir um valor tão alto por um jogador tão jovem. Nota: A

Para o Chelsea: Uma baita conquista. O modelo de mercado do clube não é lá muito sofisticado: comprar o maior número possível de jovens jogadores altamente cotados na esperança de que pelo menos um deles se torne o próximo Cole Palmer. Estêvão, porém, parece ser o mais próximo que um clube pode chegar de uma aposta segura, razão pela qual Arsenal, Manchester City, Paris Saint-Germain, Barcelona e Bayern de Munique também estavam interessados em contratá-lo. Branco, campeão do mundo com a seleção brasileira em 1994, diz que Estêvão é o melhor jogador brasileiro desde Neymar. Ele não chegará ao Stamford Bridge até o meio de 2025, mas, com base em tudo o que vimos até agora, parece que a espera vale a pena. Nota: A

Para Estêvão: Um risco inegável. Como já mencionado, ele podia escolher entre os melhores clubes da Europa. Nesse sentido, o Chelsea é uma decisão estranha. É um clube em constante estado de caos, onde vários jovens jogadores - com exceção de Palmer - quase inevitavelmente não conseguem justificar as enormes cifras neles investidas. Os Blues não estarão na Liga dos Campeões na próxima temporada e, mais uma vez com um novo técnico, não há garantia alguma de que estarão na ponta dos cascos quando Estêvão chegar. Não é surpresa, então, que a decisão de se mudar para o Chelsea tenha deixado muitos perplexos, especialmente porque o jovem sempre disse que seu sonho era o Barcelona - mas os problemas de fluxo de caixa dos catalães obviamente tornaram isso impossível (pelo menos por enquanto). Porém, é verdade que a tendência é que o atacante tenha mais tempo de jogo no Stamford Bridge do que no Etihad, Emirates, Parque dos Príncipes ou Allianz Arena. O medo é que Estêvão vire um 'novo Andrey Santos' - que passou toda a última temporada emprestado. Nota: C

Para o Fulham: Um golpe significativo, mas não surpreendente. Assim que Adarabioyo recusou uma oferta que o tornaria um dos jogadores mais bem pagos do clube, ficou claro que seus dias no Craven Cottage estavam contados. Ainda assim, ver o zagueiro sair gratuitamente - e ainda se juntar ao Chelsea - é obviamente difícil a clube e torcida aceitarem. Nota: F

Para o Chelsea: Não é exatamente uma contratação para empolgar a torcida no Stamford Bridge. Adarabioyo dificilmente preencherá o vácuo deixado por Thiago Silva. Pelo contrário, sua chegada provavelmente só acelerará a saída do cria da base Trevoh Chalobah, enquanto o Chelsea tenta equilibrar as contas após uma onda de gastos sem precedentes nos últimos dois anos. Adarabioyo é consistente e deve provar-se, porém, como um jogador decente para o elenco. Ainda, do ponto de vista puramente financeiro, é claro que um reforço de graça faz muito sentido. Nota: C+

Para Adarabioyo: O momento certo para tentar a sorte em um nível mais alto. Ele tem 26 anos agora e especula-se que, embora o Chelsea lhe tenha oferecido mais financeiramente do que o Newcastle, a principal razão pela qual ele escolheu o oeste de Londres em vez de Tyneside foi a chance de jogar em competições continentais. Adarabioyo certamente não entrará diretamente na equipe titular e é claro que sempre há um risco em se transferir para um clube tão caótico, mas a familiaridade com o ambiente e a falta de pressão em seus ombros devem pelo menos facilitar para ele produzir seu melhor futebol. Nota: B

Para o Paris Saint-Germain: Nasser Al-Khelaifi afirmou várias vezes que não havia maneira de o PSG permitir que o melhor jogador do mundo saísse de graça. Bem, só que aconteceu. E não há outra maneira de rotular essa perda a não ser como um desastre esportivo e financeiro completo. Sim, o PSG economizará uma fortuna em salários; sim, o comportamento de Mbappé havia se tornado um grande problema. Mas perdê-lo sem receber um tostão é péssimo, independente de qualquer argumento. De certa forma, Mbappé pode muito bem ter feito um favor ao PSG ao expor a tolice de perseguir e mimar superestrelas. Tanto que, com base na montagem do time da última temporada, parece que os proprietários qataris do clube perceberam o erro de seus caminhos anteriores. No entanto, o dano já causado à sua marca é colossal. O PSG realmente corre o risco de cair na irrelevância sem seu astro, que também era garoto-propaganda, herói caseiro... Enfim, a 'pedra angular' de todo o seu projeto; Agora, porém, ele deixa o clube à beira do colapso completo. Nota: F

Para o Real Madrid: Perfeição pura. Florentino Pérez finalmente conseguiu seu homem - e sem ter que pagar um centavo sequer. Claro, o Madrid vai pagar uma fortuna para garantir Mbappé em salário e luvas, mas isso acabou saindo melhor do que qualquer um poderia ter imaginado. Pode ter demorado - muito -, mas o francês ainda tem apenas 25 anos, o que significa que seu auge ainda estão por vir. Nesse sentido, parece muito com a chegada de Cristiano Ronaldo, em 2009: um talentoso atacante já preparado para levar seu jogo a outro nível no maior clube do mundo. Arrogância de Mbappé é obviamente fora do comum e há dúvidas sobre onde exatamente ele jogará - mas quem melhor do que Carlo Ancelotti, o mestre em gerir egos, para fazer isso funcionar? Nota: A+

Para Mbappé: Um sonho realizado. Mbappé queria isso desde... sempre? Ele precisava disso nesta fase de sua carreira. Houve aqueles no futebol francês que acreditavam que o craque estava estagnando em Paris, que ele realmente precisava de um novo desafio longe de sua cidade natal. Agora, ele tem o maior de todos no futebol: provar sua grandeza no Real Madrid. Obviamente, qualquer coisa além da glória na Liga dos Campeões e de uma Bola de Ouro será considerada um fracasso, mas, convenhamos, se Mbappé se mantiver em forma, ele dominará na Espanha, não importa em que posição ele jogue. Ele é muito, muito bom para esperarmos menos que isso. Nota: A+