Depois da eliminação na Copa do Mundo da Rússia, é evidente que é necessário respeitar a "ressaca", mas não há muito tempo para lamentações. Com amistosos agendados, a Copa América em 2019 e as Eliminatórias para o Mundial do Catar, o Brasil precisa colocar a mão na massa.
A primeira definição é sobre a permanência de Tite: a CBF deseja contar com o comandante, que sempre deixou claro que gostaria de ter um ciclo de quatro anos à frente da Seleção. É bem provável a continuidade do treinador e da comissão técnica.
Por outro lado, Tite ou um novo treinador vão precisar comandar uma reformulação natural na equipe, já que alguns jogadores devem se despedir da Seleção: daqui a quatro anos, no Catar, é pouco provável que nomes como Daniel Alves ou Thiago Silva estejam no elenco.
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As laterais, inclusive, devem ser um grande problema. Nem tanto o lado esquerdo, que têm nomes até mesmo já convocados por Tite capazes de substituir em alto nível a Marcelo. O jogador do Real Madrid deve seguir sendo convocado, até porque tem apenas 30 anos, é um dos mais experientes e pode ajudar bastante neste momento.
Do lado direito, no entanto, Daniel Alves, aos 35, deve seguir o caminho natural e se aposentar da Seleção em breve. Aí mora um grande problema: é notória a falta de um nome pronto para a posição neste momento. Danilo, com 26 anos, pode herdar o posto, mas vai precisar evoluir e mostrar mais do que fez nesta Copa do Mundo.
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Na zaga, Miranda e Thiago Silva, ambos com 33 anos, também devem se despedir da equipe em breve. A dupla foi muito bem na Copa do Mundo e saiu como uma das melhores do Mundial, mas, pela idade, deve dar espaço aos mais jovens. Marquinhos é o herdeiro natural, e vai precisar de um companheiro já pensando no Catar.
No meio-campo, Paulinho e Fernandinho também devem seguir a ordem natural e dar espaço para outros atletas. O primeiro fez uma Copa do Mundo ruim, e o segundo falhou bastante contra a Bélgica. As despedidas no entanto, serão por conta da idade, e já projetando a próxima Copa do Mundo. No setor, há muitos jogadores de qualidade que estão crescendo, e devem evoluir nos próximos anos.
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É claro, essas "aposentadorias" da Seleção não vão acontecer de uma hora para outra. Nomes experientes como esses serão importantes para ajudar na transição para um novo ciclo, mas é natural que esses atletas, ou pelo menos a grande maioria deles, não tenham espaço no time no Mundial de 2022.
O próximo compromisso da Seleção Brasileira será em setembro, nos Estados Unidos, e é bem provável que o treinador no comando convoque novos nomes e traga surpresas, já pensando no início de um novo ciclo na equipe.
