Poucos jogadores têm oferecido um retorno ao Barcelona como o que deu Rafa Márquez em seus sete anos de clube. O mexicano chegou no verão de 2003 como um dos pilares da equipe que Juan Laporta estava montando, após vencer as eleições para presidência do clube pela primeira vez. O dirigente incorporou o zagueiro do Monaco, um jovem mexicano de 22 anos, conhecido como “O Kaiser de Michoachán”.
O torcedor, no entanto, teve receio da contratação do zagueiro, após a péssima experiencia ao contratar Philippe Christanval (2001-2003), antigo companheiro do mexicano na zaga do time francês e que fracassou no Camp Nou. Mas Márquez não. Ele alcançou a glória com Frank Rijkaard e até Pep Guardiola evitou a sua saída quando ela estava praticamente certa. Custou apenas 5, 5 milhões de euros, um valor irrisório para um jogador que foi titular durante os sete anos que vestiu a camisa do clube. Chegou para jogar de zagueiro, mas teve que se reinventar como volante em sua segunda temporada no clube devido as diversas lesões que atingiram a equipe e que impediu Rijkaard de contar com Edmílson e outros jogadores durante seis meses.
Era a segunda temporada do técnico holandês no comando do clube e o Barcelona, depois de uma temporada mais ou menos, aspirava ganhar sua primeira La Liga depois de cinco anos. As lesões dos jogadores de meio-campo, uma posição fundamental para a equipe, podiam alongar a seca do clube, mas Rijkaard mexeu na equipe, colocando Márquez no meio que correspondeu, permitindo o Barcelona acabar com a seca de títulos. Depois disso, com os meias já recuperados, retornou ao miolo da zaga junto com Carles Puyol, formando uma dupla de zaga inesquecível.
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E precisamente é isso que busca hoje o Barcelona, um zagueiro jovem, com projeção de classe mundial, capaz de jogar em várias posições, graças a sua boa compreensão de jogo e boa saída de bola. Além de barato, claro. No entanto, hoje dificilmente o clube encontrará algo parecido, em uma era que o time culé tem dominado o futebol europeu. Mas o objetivo do Barcelona neste mercado de verão é encontrar o “novo Márquez”.