Era 23 de junho de 2018. A seleção da Alemanha parecia prestes a desmoronar, na segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo da Rússia. Toni Kroos se preparava para uma cobrança de falta, um pouco à esquerda da grande área, aos 50 minutos do segundo tempo da partida contra a Suécia, com pouco ângulo para o gol. Em linhas gerais, a Alemanha estava prestes a ser eliminada muito precocemente, empatando em 1 a 1 - qualquer resultado que não fosse uma vitória acabaria com as esperanças da equipe de chegar ao mata-mata.
No entanto, Kroos mudou as coisas. Ele rolou para Marco Reus, que parou a bola, abrindo um pouquinho mais de ângulo. Kroos acertou um chute curvado no ângulo do goleiro, confirmando uma uma vitória por 2 a 1. Esse seria o último grande momento do craque com a seleção. A Alemanha, claro, acabaria perdendo dramaticamente para a Coreia do Sul no jogo seguinte e eliminada diante da Inglaterra, três anos depois, na Euro 2020, nas oitavas de final.
Naquela época, o maestro estava sendo massacrado pela imprensa alemã e deixado de lado por companheiros. A nação, na prática, voltou-se contra ele, que mostrou pouco remorso ao anunciar a aposentadoria com a seleção, em 2021.
Quase três anos, porém, tudo isso mudou. O ousado técnico Julian Nagelsmann trouxe Kroos de volta à equipe, e o meio-campista, uma vez desonrado e descartado, agora está pronto para ser uma parte essencial de uma equipe que precisa muito de uma boa campanha, sediando a Euro 2024.
Ele não retorna como um salvador, contudo. Na verdade, Kroos recuperou seu lugar na equipe por mérito. Trata-se de um jogador renascido e pronto para trazer qualidade a um time que parecia estar nas piores.
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