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Ronaldo Nazário, SAF Cruzeiro 2022Gustavo Aleixo/Cruzeiro

O que causou briga entre Ronaldo e líderes do Conselho Deliberativo do Cruzeiro

Um mês antes de assinar o documento para adquirir o Cruzeiro, Ronaldo Fenômeno entrou em rota de colisão com a mesa-diretora do Conselho Deliberativo e membros do comitê de transição para a transformação do clube em SAF (Sociedade Anônima do Futebol).

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Em pauta, o desejo do ex-jogador de ter os dois centro de treinamentos do clube (Toca da Raposa I e Toca da Raposa II) como garantia da dívida tributária, que será assumida pelo empresário. A GOAL preparou um passo a passo para explicar a confusão política envolvendo o clube:

- Dívida tributária

Ronaldo Fenômeno soube, em meio às diligências prévias, que há uma dívida tributária de R$ 400 milhões. O ex-jogador se incomodou com a situação, que não foi comunicada pelo presidente Sérgio Santos Rodrigues no ato da venda, em dezembro do ano passado.

O clube obteve desconto de quase 50% do débito com a união. O valor é de cerca de R$ 200 milhões atualmente e foi parcelado em dez anos. Mesmo com o aviso de última hora, o novo dirigente do clube topou se responsabilizar pelo pagamento.

- Por que Ronaldo soube depois da dívida?

A princípio, os débitos que são assumidos pela SAF são cíveis e trabalhistas — estes já estavam no acordo. O clube poderá centralizar esses dois débitos a fim de pagá-los em até dez anos.

Ao tomar ciência da dívida tributária, Ronaldo Fenômeno optou por assumi-la. O dirigente acredita que poderia ter problemas com o débito no futuro. Por isso, se dispôs a pagá-la. A conversa para que isso acontecesse ocorreu na última semana, quando apresentou a saída a alguns interlocutores.

- CTs como garantia

Para assumir a dívida, Ronaldo Fenômeno fez uma reunião às portas fechadas com a mesa-diretora do Conselho Deliberativo na última segunda-feira (14). No bate-papo, em que pediu sigilo sobre o tema aos envolvidos, o ex-jogador disse que só se responsabilizaria pelo débito se houvesse uma contrapartida: os dois centros de treinamentos (Toca da Raposa I e Toca da Raposa II) devem ser garantias das dívidas.

Os dois espaços, juntos, estão avaliados em R$ 180 milhões, de acordo com a apuração da GOAL. O time de Ronaldo Fenômeno foi quem fez uma avaliação dos valores dos locais a fim de usá-los como garantia.

A solicitação feita pelo futuro dono do clube incomodou os líderes do Conselho Deliberativo. O grupo, composto por Nagib Simões, Mauricio Silva, Marcus Lambertucci, Evandro Vassali, Alvimar Perrella, Bruno Lourenço, Paulo Henrique Pentagna Guimarães, Aquiles Diniz, Alexandre Azevedo, Pedro Lourenço e Régis Campos, não gostou da solicitação e fez uma nota expondo detalhes do acordo firmado entre o ex-jogador e o clube.

- Caso será levado a votação

Mesmo que haja resistência entre os líderes do Conselho Deliberativo, o repasse do CT à SAF será votado no Conselho Deliberativo. Para aprovação, é necessária a votação da maioria simples. Não há pré-requisitos para que se inicie a votação, que deve ser convocada nos próximos dias.

- Ronaldo não tem plano B

A equipe de Ronaldo Fenômeno e o presidente Sérgio Santos Rodrigues estão confiantes na aprovação do repasse dos centros de treinamentos à SAF. Não à toa não fizeram um plano B para o caso. A GOAL apurou que o grupo acredita que não terá problemas em conseguir a aprovação do Conselho Deliberativo nos próximos dias.

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