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Thiago Neves Cruzeiro Corinthians Brasileirão Série A 08062019Pedro Vilela/Getty

Thiago Neves, Adidas e nada de reforços: o fim de ano do Cruzeiro pós-rebaixamento

O 98º ano da história do Cruzeiro talvez tenha sido o pior de toda a existência do clube mineiro. Um ano que começou promissor com a conquista do campeonato estadual e terminou com uma tragédia que relegou o clube à Série B. Tudo isso em meio à pior crise política que o clube já enfrentou. Com o rebaixamento decretado, o Cruzeiro se prepara para 2020, mas sabe que será um ano difícil.

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Os problemas não acabaram na última rodada do Brasileirão. Na verdade, após o fim do certame, vários problemas apareceram.

Uma das situações mais complicadas nos últimos meses foi a postura de Thiago Neves. Visto como "paneleiro", o jogador tem sido usado como o símbolo de um grupo de jogadores que parece descompromissado na avaliação da torcida. Neves é visto como o pivô da queda de Rogério Ceni, que ficou menos de um mês na Toca da Raposa.

Veterano, Neves recebia R$ 800 mil por mês no Cruzeiro, de acordo com O Tempo. Com contrato até 31 de dezembro de 2020, o jogador pediu rescisão de contrato, o que foi negado pelo clube. Além disso, por alegar pagamentos atrasados e falta de recolhimento do INSS, o meio-campista de 34 anos entrou na Justiça para cobrar R$ 16,4 milhões do clube.

Cruzeiro rebaixamento Brasileirão 08 12 2019AFP/GettyCruzeirenses lamentam o rebaixamento decretado na partida contra o Palmeiras (Foto: DOUGLAS MAGNO/AFP/Getty Images)

Outro ponto que exemplifica a psicodelia que se tornou o fim de ano cruzeirense está no novo fornecedor de material esportivo do clube. A campanha que culminou com o rebaixamento da equipe foi feita com mantos da Umbro. Há poucos dias, porém, a Adidas anunciou os novos modelos para 2020.

Porém, no mesmo dia dia anúncio, o CEO do clube, Vittorio Medioli, foi a público e defendeu o fim da parceria com a empresa alemã.

"Temos que encerrar o contrato com a Adidas. O contrato, não sei quais são as cláusulas, mas vai nos deixar falidos. Porque dá um contrato para a Adidas ganhar dinheiro, e o Cruzeiro segurar a brocha, não dá. Hoje tem que partir para uma marca própria. O que vale não é a marca Adidas, e sim a marca Cruzeiro. Para a nossa torcida, o que tem Adidas, Umbro, Nike é um zero à esquerda", falou Medioli, que sugeriu uma "rescisão consensual" com a marca esportiva.

Além disso, o clube não tem como nenhuma prioridade para a contratação de jogadores nesse momento. Isso porque, de acordo com O Tempo, o clube está com quatro meses de salários atrasados e precisa arrumar a casa antes de sequer pensar em novos reforços.

O diretor do Cruzeiro, Pedro Lourenço explicou que tentará fazer o pagamento de pelo menos um dos quatro meses atrasados para "ganhar tempo" com os jogadores e tentar negociar uma forma de efetuar o pagamento de parte do 13º para agora.

As dívidas do Cruzeiro estão na casa dos R$ 700 milhões e vão demandar tempo e uma gestão adequada para que seja zerada, enquanto isso, o clube deve chegar para atuar na Série B praticamente sem nenhuma cara nova.

Além disso, será necessária uma violenta redução do teto salarial do clube. Conforme já foi informado, Thiago Neves, um dos maiores salários do elenco, recebia R$ 800 mil por mês. O CEO do clube afirmou que os cortes precisarão ser profundos e estabeleceu R$ 150 mil por mês como novo teto salarial da Raposa.

Em entrevista ao Globo Esporte, Medioli falou sobre a necessidade dos cortes.

"O clube vai ter, no próximo ano, uma disponibilidade de pagamento de salário que é muito, mas muito mais baixa que a atual. Temos que colocar um limite de salário que caiba no orçamento. Um orçamento de R$ 380 milhões cai para R$ 80 milhões. Imagina o corte. Poderemos manter alguns atletas, mas com um nível salarial que não ultrapasse os R$ 150 mil. Quem quiser ficar, que fique", explicou Medioli.

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