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Tite Everton Cebolinha Brasil Qatar 05 06 2019Pedro Martins / MoWA Press

Sem Neymar, seleção de Tite corre para ter uma boa alternativa

Quando Neymar sofreu a lesão na coluna que o tirou da Copa do Mundo de 2014, não havia Plano B para a sua ausência. Nos dias anteriores à semifinal contra a Alemanha, diversos nomes, com diferentes características de jogo, foram cogitados e no final das contas Felipão, treinador do Brasil na época, optou pela velocidade de Bernard. Tudo bem improvisado. O resultado, todos sabemos. Para esta Copa América de 2019, entretanto, Tite terá mais tempo para montar a seleção com o desfalque de seu camisa 10 – cortado após ruptura nos ligamentos do tornozelo.

Tempo este que já iniciou na metade do primeiro tempo do amistoso contra o Qatar, assim que Neymar deixou o gramado do estádio Mané Garrincha. Nos cerca de 70 minutos em que precisou pensar na sua equipe sem o jogador “imprescindível”, a escolha do treinador foi por Everton Cebolinha, do Grêmio, que ficou preso na extremidade esquerda, participou bem de algumas ações mas não foi agudo o suficiente: arriscou uma única finalização a gol.

Qual Plano B vira opção principal?

GFX Brasil opção 1

Faltam oito dias para a estreia na Copa América contra a Bolívia, e até lá o amistoso perante Honduras, neste domingo (09), ganha nova importância para Tite ajustar este time pós-Mundial de 2018 sem Neymar. Ciente de que precisará otimizar ao máximo o tempo para montar a sua equipe principal, é possível imaginar Tite mantendo Everton na ponta-esquerda [até porque já utilizou o gremista por ali no amistoso contra a República Tcheca].

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David Neres seria outra opção. Embora tenha entrado na ponta-direita no amistoso contra os tchecos – inclusive dando uma assistência na vitória por 3 a 1 – Neres atuou boa parte desta temporada europeia pelo flanco canhoto. Foi por ali que ajudou o Ajax a chegar nas semifinais da Champions League. Com a convocação de Willian para o lugar de Neymar, a outra opção é colocar o jogador do Chelsea na ponta-esquerda ou também pela direita - no lugar hoje de RIcharlison.

Independentemente da opção, o importante neste caso seria dar cara definitiva de 4-2-3-1 por causa de Philippe Coutinho. O jogador do Barcelona não pode ficar recuado na faixa de meio-campo em um 4-3-3: precisa ficar perto da área, como fez em momentos da vitória por 2 a 0 sobre o Qatar.

Paquetá e mais força no meio-campo?

GFX Brasil opção 2

Se o Brasil perdeu o Plano A, a segunda opção vira a primeira e a terceira agora é a segunda. E, acredite, na teoria a seleção ainda conta com outras opções que podem tirar o máximo da capacidade do elenco. Uma delas seria colocar Philippe Coutinho na ponta-esquerda, onde viveu os melhores momentos de sua carreira, e escalar Lucas Paquetá para compor uma linha de meio-campo ao lado de Casemiro [mais recuado] e Arthur.

Coutinho do Barcelona também não rende seu melhor na Seleção

As variações do time poderiam ficar para um 4-2-3-1, graças às pisadas na área de Paquetá (que no Milan seguiu demonstrando a energia apresentada no Flamengo) ou até mesmo um 4-1-4-1, tendo em Casemiro o jogador mais preso na frente da zaga. Ao mesmo tempo, seria uma opção que resolveria o problema deste time em ter um volante que pise mais na área.

GFX Brasil opção 3

Outra alternativa, muito mais improvável por sua complexidade, seria manter Coutinho na esquerda, mais preso, com Roberto Firmino um pouco mais recuado atrás de Gabriel Jesus em um 4-2-3-1. O atacante do Liverpool, apesar de vestir a camisa 9 em seu time, atuou em vários jogos da caminhada até o título da Champions League voltando para criar e abrindo espaços para quem chegava pelos lados [Salah e Mané].

Protagonismo com quem?

Sem Neymar, Philippe Coutinho e Roberto Firmino são os nomes mais fortes do meio para a frente.  E os que, ao longo dos últimos anos, mais demonstraram capacidade para decidir jogos com protagonismo. Algumas das principais opções que Tite terá para montar o seu time terá eles como peças-chave. Mas não resta dúvidas de que, acima de tudo, a estrela principal volta a ser quem mais importa: a camisa amarelinha. Responsabilidade a mais para Tite, que vem pressionado após a queda nas quartas de final do Mundial: se não existe jogador insubstituível, como deve acontecer, a equipe precisa funcionar bem. E vencer.

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