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Spain Women Euro 2022Getty Images

Seleção espanhola tem "motim", e jogadoras exigem demissão de treinador

Quinze jogadoras da Espanha enviaram um e-mail para a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) solicitando a demissão do técnico, Jorge Vilda, da seleção espanhola feminina. Na mensagem enviada, o grupo afirma que, caso a saída do treinador não aconteça, elas deixaram de jogar pelo país.

Em um comunicado, a Federação Espanhola demonstrou apoio ao técnico, que coleciona resultados ruins nas últimas partidas: “A RFEF não vai permitir que as jogadoras questionem a continuidade do treinador e de sua comissão técnica, pois tomar essas decisão não está dentro de suas responsabilidades. A Federação não vai permitir nenhum tipo de pressão por parte de nenhuma jogadora na hora de tomar medidas no âmbito esportivo."

“De acordo com a legislação espanhola vigente, não responder a uma convocação da seleção é classificado como infração muito grave e pode acarretar em sanções de dois a cinco anos de suspensão. Direto ao ponto, (a Federação) não convocará jogadoras que não desejam vestir a camisa da Espanha. A Federação contará unicamente com jogadoras comprometidas, ainda que tenha de jogar com juvenis."

Como se sabe, depois de disputa da Eurocopa Feminina, as capitães espanholas e várias jogadoras pediram a Jorge Vilda que se afastasse para tentar dar um ar fresco à equipe para o futuro, com a Copa do Mundo de 2023 se aproximando.

O elenco do time feminina, com a grande maioria das jogadoras apoiando esta causa, considera que a equipe espanhola sofre de um impasse com os métodos e decisões do treinador nos últimos jogos.

De acordo com o Marca, o presidente da RFEF, Luis Rubiales, recebeu um e-mail de cada uma das 15 jogadoras (Ainhoa Moraza, Patri Guijarro, Leila Ouahabi, Lucía García, Mapi León, Ona Batlle, Laia Aleixandri, Claudia Pina, Aitana Bonmatí, Andrea Pereira, Mariona Caldentey, Sandra Paños, Lola Gallardo, Nerea Eizaguirre y Amaiur Sarriegi), informando que as mesmas estavam lesionadas para não serem convocadas para os jogos da seleção em outubro.

Jorge Vilda selección españolaGetty Images

A Cadena Ser, rádio espanhola, tornou público o conteúdo do e-mail que as 15 jogadoras enviaram à RFEF: "Venho informar que devido aos últimos acontecimentos ocorridos na equipe espanhola e a situação gerada, fatos dos quais já conhecem, estão afetando significativamente meu estado emocional e, portanto, minha saúde.

Por tudo isto, neste momento, não me vejo em condições de ser uma jogadora selecionável para a nossa seleção e, por isso, solicito que não seja convocada até que esta situação seja revertida.

O meu compromisso com a equipe no passado, presente e futuro foi, é e será absoluto, e sou a primeira a querer alcançar o máximo de sucesso esportivo para a nossa equipe.

Permaneço à sua inteira disposição para o que considerar oportuno, sempre com o objetivo de buscar o melhor para a nossa seleção", disse o e-mail.

Segundo a imprensa espanhola, o ambiente no vestiário da seleção já não era dos melhores há muito tempo. Alexia Putellas, Aitana Bonmatí e Irene Paredes já teriam pedido a demissão do treinador no fim de agosto, gerando uma divisão entre as jogadores do elenco.

No comando da seleção espanhola há sete anos, Jorge Vilda, que tem contrato até 2024, não conquistou nenhum título com a equipe, mesmo tendo um elenco qualificado e favorito em diversas competição. A Espanha garantiu seu lugar na Copa do Mundo Feminina de 2023 depois de somar o máximo de pontos em seus oito jogos de qualificação.

Agora, a seleção fará dois amistosos em outubro contra Suécia, no dia 7, em Córdoba, e Estados Unidos, no dia 11, em Pamplona.

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