Rogério Ceni seguirá no São Paulo em 2023, mesmo que tenha problemas com alguns jogadores — o caso mais recente foi protagonizado com Patrick. Há consenso entre diretoria e comissão técnica que a continuidade do trabalho é a melhor opção para o clube no momento, como soube a GOAL.
O presidente Julio Casares e o treinador reforçaram o discurso de manutenção depois da derrota para o Internacional, na noite dessa terça-feira (8), no Morumbi, pela 37ª rodada do Brasileirão. A dupla, contudo, reconhece a existência de alguns pontos divergentes do técnico com peças do plantel.
O treinador teve outras diferenças com atletas no CT da Barra Funda, sobretudo pela forma direta de lidar com o grupo — a maioria, no entanto, não teve a mesma proporção do caso com Patrick, ocorrido no último sábado (5).
A GOAL apurou que alguns jogadores se incomodaram com a maneira de trabalhar de Rogério Ceni, ainda que não falem abertamente sobre o tema. O diretor de futebol Carlos Belmonte Sobrinho e o executivo Rui Costa foram responsáveis por conduzir os desgastes nos bastidores e evitaram problemas públicos anteriores. As situações são consideradas naturais nos bastidores.
Mesmo com as divergências durante a temporada, o São Paulo está disposto a fazer modificações no plantel para a próxima temporada e ficar apenas com os atletas que estejam dispostos a trabalhar com Rogério Ceni.
O Tricolor paulista planeja um mercado da bola movimentado em janeiro de 2023, utilizando parte do elenco como moeda de troca. O técnico Rogério Ceni será consultado sobre as movimentações por ter respaldo da diretoria.
O contrato do treinador no Morumbi foi renovado em julho deste ano. Ele assinou até dezembro de 2023. A multa rescisória do vínculo não tem um valor estabelecido — os números variam conforme o tempo de contrato e de acordo com salário na CLT (Consolidação nas Leis Trabalhistas) e direito de imagem.
Hoje, a cláusula é inferior a R$ 3 milhões, se somados os contratos do técnico na CLT e direitos de imagem. Este valor permanecerá o mesmo até o fim de novembro e só sofrerá redução a partir de dezembro.
São Paulo e Rogério Ceni evitaram determinar um valor específico no contrato para evitar um novo vazamento do acordo, como aconteceu durante a primeira passagem do comandante no Morumbi, em 2017, durante a gestão do presidente Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco. À época, o clube teve que pagar R$ 5 milhões por rescindir o contrato do técnico.


