Santos, Real Madrid, Manchester City, Milan e Atlético-MG. É difícil dizer que alguém que jogou por todos estes grandes clubes e pela Seleção Brasileira não teve uma carreira de sucesso. No entanto, Robinho é um caso curioso e especial, e com toda a certeza, não teve a carreira fenomenal que todos esperavam, apesar de títulos, alguns bons momentos e defender gigantes.
Quando estourou no Santos em 2002, sendo um dos grandes nomes da conquista do Campeonato Brasileiro e brilhando com suas pedaladas, muitos acreditavam que Robinho seria um craque fenomenal, que faria história no Brasil e na Europa. No entanto, não foi bem assim.
Depois de conquistar mais um Brasileirão com o Peixe em 2004 e brilhar também com a Seleção, ele foi logo de cara para o Real Madrid em 2005. Chegando com enorme moral e já pegando a camisa 10, o atacante tinha uma enorme expectativa e muita pressão em seus ombros, e não correspondeu. Ele fez alguns bons jogos, mas nunca rendeu tudo o que se esperava dele. Não à toa, apesar de conquistar dois títulos de La Liga e uma Supercopa da Espanha, não deixou saudades no Santiago Bernabéu e até hoje é tido como decepção em Madri.
Apenas três anos depois de se juntar ao Real Madrid, Robinho foi vendido ao Manchester City. O Real se livrava de uma decepção e por um excelente valor: 42 milhões de euros. O brasileiro chegava aos Sky Blues como a principal estrela e o craque que seria o líder da nova era do clube, que recebeu e até hoje recebe um enorme investimento vindo do Oriente Médio.
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O começo foi até bom. Com 14 gols, ele foi o artilheiro do City em sua primeira temporada no clube e o quarto na lista de goleadores da Premier League. No entanto, em sua segunda época nos Sky Blues, as coisas pioraram. Robinho perdeu três meses por lesão e só jogou 12 partidas, marcando apenas um gol. O desempenho também era ruim, e o clube de Manchester, com apenas uma temporada e meia, resolveu emprestar o atacante ao Santos.
Em seu retorno ao Peixe, em janeiro de 2010, ele voltou a brilhar. Fazendo uma parceria infernal com Neymar e Ganso, jogou muito bem e ajudou seu time a conquistar a Copa do Brasil e o Campeonato Paulista, ainda que não tenha sido o principal nome da equipe.
O bom desempenho no Santos fez a Europa voltar a apostar em Robinho. O Milan, em agosto do mesmo ano, contratou o jogador junto ao Manchester City por 18 milhões de euros. No entanto, vale destacar que após decepcionar na Inglaterra, indo aquém do esperado como foi na Espanha, o Rei das Pedaladas viu seu valor no mercado despencar em dois anos, de € 42 milhões para € 18 milhões.
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E a desvalorização tinha motivo. No Milan, Robinho fez alguns bons jogos, mas no geral foi muito abaixo do esperado e, muitas vezes, até reserva dos Rossoneri. Não à toa, durante sua passagem por Milão, ele foi novamente emprestado ao Santos. Sem brilhar e ser um dos destaques, o atacante conquistou uma Serie A e uma Supercopa da Itália, mas também deixou o clube sem deixar saudades.
Já na Seleção, o camisa 7 viveu bons momentos, mas também nunca correspondeu as expectativas. Conquistou duas Copas das Confederações e a Copa América de 2007, quando foi um dos destaques da Amarelinha, mas não brilhou como esperado nas Copas do Mundo que disputou e também foi aquém das expectativas no geral. Ele nunca foi uma superestrela vital no escrete canarinho.
Após nova decepção europeia, Robinho voltou ao Brasil para defender o Santos. Ele até conquistou o Paulistão em 2015 e desequilibrou várias vezes para o Peixe, mas no geral, não foi fenomenal. Por dinheiro, se transferiu para o Guangzhou Evergrande, assinando um milionário contrato de seis meses. Por lá, não foi sequer titular, e após um desempenho pífio na China, voltou para o Brasil.
No entanto, ao contrário do esperado, ele assinou por dois anos com o Atlético-MG, deixando os torcedores santistas revoltados e arranhando um pouco de seu legado no Santos. No Galo, ele foi o artilheiro do time e do futebol brasileiro em 2016, quando teve bom desempenho ao longo do ano, mas, apesar de ganhar o Campeonato Mineiro em 2017, teve uma temporada fraca em seu segundo ano no Alvinegro.
Bruno Cantini / Atlético(Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG)
Não à toa, seu contrato não foi renovado, visto que ele pediu um salário maior que o Galo desejava pagar, e o Atlético-MG não fez esforços para mantê-lo. O Santos cogitou contratá-lo, mas desistiu diante dos altos valores e da polêmica de abuso sexual envolvendo o jogador nos tempos de Milan.
Robinho, diante disso, acabou acertando sua transferência para o modesto Sivasspor, da Turquia. O negócio, segundo o próprio clube turco, está praticamente selado. Nenhum clube brasileiro quis pagar caro por um jogador já veterano, que nunca rendeu tudo o que dele se esperava, mesmo jogando por grandes clubes e sempre em elencos recheados de bons nomes, e que no último ano foi abaixo da crítica em várias partidas. Além disso, o caso de Justiça na Itália também pesa contra o jogador.
O Rei das Pedaladas jogou por grandes clubes ao longo de sua carreira, mas nunca brilhou como esperado. Conquistou alguns títulos, mas poucas vezes sendo a grande estrela como se esperava. Robinho teve seus momentos, mas foram poucos diante do que se imaginava quando ele surgiu em 2002. Robinho nunca foi tudo o que dele se esperava, e agora vai defender uma equipe inexpressiva que sequer está nas grandes ligas do futebol europeu.