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River Plate Boca Juniors BorreGetty

River Plate (ainda) não é o finalista de Libertadores mais difícil para um brasileiro

Atual campeão da Libertadores, o River Plate voltou a bater o arquirrival Boca Juniors em um mata-mata continental e chegou, pela terceira vez em cinco anos, a mais uma final do maior torneio de clubes das Américas.

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Os Millonarios enfrentarão o Flamengo, que escreveu um dos maiores capítulos de sua história ao eliminar o Grêmio no Maracanã. A certeza é que será uma decisão gigante. A dúvida é se este River Plate já pode ser considerado o adversário mais difícil que um brasileiro enfrentou nas finais do torneio.

Mas embora seja, muito provavelmente, a melhor versão de sua história, este River Plate ainda precisa fazer mais para superar dois grandes esquadrões que representam épocas diferentes na competição: o Peñarol dos anos 60 e o Boca Juniors dos anos 2000.

Parado apenas pelo Santos de Pelé

Alberto Spencer PenarolInternetSpencer, o maior artilheiro da Libertadores, com a camisa carbonera

O Peñarol foi o primeiro campeão da Libertadores, e para conquistar o bi, em 1961, bateu um dos melhores times da história do Palmeiras – um esquadrão que contava com nomes como Djalma Santos e Julinho Botelho, por exemplo.

Os Carboneros também chegaram à final em 1963, mas na ocasião foram derrotados pelo Santos de Pelé – uma equipe que dispensa demais comentários. Ainda naquela década, os uruguaios chegariam a outras duas decisões e conquistariam o título de 1966.

O melhor Peñarol da história conseguia misturar força com muita habilidade. O caminho de cinco finais e três taças nas sete primeiras edições da Libertadores foi construído com grandes craques. Destaques especiais para Alberto Spencer (que acabou se tornando, com 54 gols, o maior goleador na história do torneio), Luis Cubilla e Pedro Rocha (que também faria história no São Paulo e até hoje é, com 36 gols, o terceiro maior artilheiro do certame).

Aquele Peñarol enfrentou Palmeiras e Santos nas finais. Contra o Alviverde, o técnico foi o mítico Roberto Scarone e diante do Peixe o comandante foi o não menos importante Béla Guttmann – húngaro campeão europeu com o Benfica e que também ajudou a desenvolver o futebol brasileiro antes mesmo dos títulos mundiais da seleção.

O devorador de títulos na era moderna

Palermo Riquelme Boca Juniors - River 2000GettyRiquelme e Palermo foram a cara de um Boca que assombrou brasileiros (Foto: Getty Images)

Ao longo das décadas, equipes brasileiras enfrentaram outros esquadrões que ficaram na história. O Estudiantes, primeiro time a conquistar um tricampeonato em sequência (68-69-70), levantou o primeiro título após bater o Palmeiras na final. Mas aquele era um time mais conhecido pela catimba e até mesmo falta de lealdade de alguns jogadores, embora contasse com o hábil Verón (o pai) no meio-campo.

O Estudiantes também se aproveitou da regra em vigor na época, que colocava o campeão vigente direto nas semifinais, para levantar as taças de 1969 e 1970. Embora menos violento, o Independiente que bateu o São Paulo em 1974 também se beneficiou do regulamento e emplacou o seu tri (e quinta conquista, no total de sete que possui hoje) também precisando de menos jogos do que o habitual.

É por isso que o feito do Boca Juniors a partir de 2000 é tão emblemático. Na primeira década do novo milênio, os xeneizes chegaram a cinco finais e conquistaram quatro títulos. Tudo isso com a competição apresentando um rosto bem mais moderno, com mais de 30 participantes, fase de grupos, mata-mata a partir das oitavas de final e nenhuma colher de chá para o time que defendia o título.

Aquele Boca, aliás, acostumou-se a castigar times brasileiros. Em 2000 bateu o Palmeiras, três anos depois venceu o Santos e em 2007 destroçou o Grêmio. O trabalho mais conhecido na área técnica ficou com Carlos Biachi, considerado o maior comandante na história boquense, e teve como grandes ícones Juan Román Riquelme e Martín Palermo – respectivos ícones das camisas 10 e 9, respectivamente.

Ainda com Riquelme em campo, o Boca Junior chegou à final em 2012, mas já não tinha a mesma força e viu o Corinthians levar a melhor.

De lá para cá, a Libertadores alternou alguns finalistas surpreendentes e outros campeões inéditos até o River Plate de Marcelo Gallardo se colocar como uma nova potência: levou a melhor sobre o Boca Juniors, seu arquirrival, nas duas últimas vezes que levantou a taça – uma nas oitavas, outra na finalíssima – e querem ampliar esta marca para três.

No meio do caminho, haverá o Flamengo.

Finais envolvendo brasileiros*

  • 1961 - Peñarol x Palmeiras
  • 1962 - Santos x Peñarol
  • 1963 - Santos x Boca Juniors
  • 1968 - Estudiantes x Palmeiras
  • 1974 - Independiente x São Paulo
  • 1976 - Cruzeiro x River Plate
  • 1977 - Boca Jrs x Cruzeiro
  • 1980 - Nacional x Internacional
  • 1981 - Flamengo x Cobreloa
  • 1983 - Grêmio x Peñarol
  • 1984 - Independiente x Grêmio
  • 1992 - São Paulo x Newell's
  • 1993 - São Paulo x Universidad Católica
  • 1994 - Vélez Sarsfield x São Paulo
  • 1995 - Grêmio x Atlético Nacional
  • 1997 - Cruzeiro x Sportin Cristal
  • 1998 - Vasco x Barcelona de Guayaquil
  • 1999 - Palmeiras x Deportivo Cali
  • 2000 - Boca Juniors x Palmeiras
  • 2002 - Olimpia x São Caetano
  • 2003 - Boca Juniors x Santos
  • 2005 - São Paulo x Athletico
  • 2006 - Inter x São Paulo
  • 2007 - Boca Juniors x Grêmio
  • 2008 - LDU x Fluminense
  • 2009 - Estudiantes x Cruzeiro
  • 2010 - Internacional x Chivas
  • 2011 - Santos x Peñarol
  • 2012 - Corinthians x Boca Juniors
  • 2013 - Atlético-MG x Olímpia
  • 2017 - Grêmio x Lanús

*Este texto não levou em consideração as finais de 2005 e 2006, disputadas entre clubes do Brasil

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