A escolha de Fernando Diniz como técnico interino da seleção brasileira conciliando o trabalho no Fluminense não caiu muito bem em vários clubes da Série A do Campeonato Brasileiro. Nos bastidores, segundo apurou a GOAL, a sensação é de estranheza e questionamentos. Alguns dirigentes ficaram incomodados e aguardam para fazer questionamentos a Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade.
O principal ponto levantado por algunsé o “conflito de interesses”, segundo uma fonte da reportagem. Um dirigente ouvido pela GOAL destacou ainda que a quantidade de dados e informações que o técnico pode levantar num período de 10 dias ao lado de jogadores rivais é enorme.
O Fluminense, por sua vez, não vê problema no fato de Fernando Diniz dividir as funções. O Tricolor, inclusive, foi procurado pela CBF e deu o aval para que a entidade negociasse com treinador. Só depois disso é que Ednaldo Rodrigues procurou o técnico. O Tricolor ainda vai receber uma compensação financeira pelo “empréstimo”.
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (5), Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, afirmou que em conversa com Ednaldo Rodrigues, ficou combinado que o Tricolor seria prioridade de Fernando Diniz.
"Nas palavras dele [Ednaldo], eles já estão acertados com o Ancelotti. O contrato está acertado com ele. Mas o nome do Fernando era consenso na CBF e gostariam de contar com ele por um ano. Na ligação, ele me disse que a ideia era esse de hoje: que o Diniz atuasse nas Datas-Fifa, tendo o Fluminense como prioridade. Eu imediatamente fiz uma videoconferência com o Diniz, Paulo Angioni e Fred. Para tomar uma decisão dessas, tinha que me reunir com o clube. A resposta é que teria ser algo que não poderia prejudicar ao Fluminense. Teria que atender a CBF, mas sem nos prejudicar”.
Fernando Diniz recebeu o aval dos jogadores para ser o técnico interino da seleção brasileira. Em conversa entre o presidente da CBF e os principais líderes da canarinho, o técnico foi muito elogiado.