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Raí: conheça a trajetória do ídolo de São Paulo e Paris Saint-Germain

Raí é um dos maiores ídolos da história do São Paulo. Mas a trajetória do ex-camisa 10 não se limita ao brilho com o Tricolor Paulista. Meio-campista de muito talento, conquistou prestígio e respeito à nivel nacional e internacional atuando também pela seleção brasileira e no PSG.

Antes de ser capitão de conquista de Libertadores, Raí teve a oportunidade de ver de perto outro craque explodir. Era irmão mais novo de Sócrates e viu a ascensão do Doutor no Botafogo de Ribeirão Preto e seu auge no Corinthians nos anos 80. E se tornaria também um meia clássico, daqueles que fazem história.

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Assim como o irmão, Raí começou sua carreira no Botafogo do interior paulista. Em 1986 jogou na Ponte Preta por empréstimo e já demonstrava bom futebol suficiente para fazer parte da seleção que disputou a Copa América no ano seguinte, além de ser campeão dos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis, nos Estados Unidos.

Raí e outros São Paulo Corinthians final Paulista 1998São Paulo FC/Arquivo histórico

No segundo semestre de 1987, se transferiu para o São Paulo, mas não virou destaque logo de cara. Pelo contrário, Raí demorou para deslanchar e enfrentou problemas físicos no Morumbi. O primeiro título viria quase dois anos depois com o Campeonato Paulista de 1989, em final contra o São José.

O melhor futebol de Raí, porém, seria visto nos anos 90 com a contratação do treinador Telê Santana. Camisa 10 e capitão, conquistou com Telê um Brasileirão, dois Paulistas, duas Libertadores e um Mundial. O grande ano foi 1992, quando fez de pênalti o gol do 1 a 0 contra o Newell's Old Boys e converteu uma das penalidades que garantiram a inédita taça.

Koeman Raí Barcelona São Paulo Intercontinental 1992 28 01 2017Getty Images

Em dezembro daquele ano, fez dois gols, um de peito e outro de falta, e garantiu a virada sobre o Barcelona de Johan Cruyff para conquistar o Mundial Interclubes com um 2 a 1. A obra prima contra os espanhóis é um dos gols mais icônicos da história são paulina e está em destaque no museu de conquistas do Tricolor.

O primeiro adeus ao São Paulo foi depois de vencer de novo a Libertadores em 1993, e o destino foi a França. Raí tornou-se um dos destaques do PSG que demonstrava força nos anos 1990 e venceu uma Ligue 1, duas Copas da França, duas Copas da Liga Francesa, uma Supercopa da França e uma Recopa Europeia. Até hoje é reverenciado pelos torcedores no Parque dos Príncipes.

PSG RaiGetty

Enquanto se destacava na Europa, o meia também recebia convocações para defender a seleção brasileira, mas sem o mesmo sucesso. Chegou à Copa do Mundo de 1994 como camisa 10 e capitão, mas foi perdendo espaço no esquema de Carlos Alberto Parreira ainda na fase de grupos e foi sacrificado para a entrada de Mazinho a partir do mata-mata. O Brasil foi tetra, e o novo capitão Dunga levantou a taça. 

A volta ao São Paulo foi em 1998 e já com título: reestreou na final do Campeonato Paulista contra o Corinthians, fez um gol de cabeça e participou de mais uma festa de campeão no Morumbi. Só que o retorno não foi tão feliz. Raí ficaria mais de um ano parado depois de romper os ligamentos do joelho esquerdo depois de sofrer entrada de Wilson Gottardo. Ele se recuperou e voltou a jogar, inclusive no famoso Majestoso de 1999 em que Dida defendeu dois pênaltis do camisa 10. Raí enfim se despediu dos gramados em 2000.

RaíRubens Chiri / saopaulofc.net

Depois da aposentadoria, dedicou-se a diferentes funções, como a Fundação Gol de Letra com Leonardo e um cinema em São Paulo, mas seguiu próximo ao clube do Morumbi. No final de 2017, assumiu o cargo de executivo de futebol do São Paulo e não repetiu o mesmo sucesso dos tempos de jogador. Trabalhando com o presidente Leco, tomou parte de decisões que até hoje são discutidas pela torcida, como a demissão de Diego Aguirre em 2018 e a permanência de Fernando Diniz enquanto a equipe despencava da liderança do Brasileirão de 2020.

Raí deixou o cargo em fevereiro de 2021 sem ser novamente campeão. As taças não vieram, mas não foi o suficiente para macular a história construída nas décadas anteriores. É um dos grandes camisas 10 da história do futebol brasileiro e um dos maiores ídolos do São Paulo.

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