O Vasco da Gama pode passar por mudanças em sua estrutura política e administrativa. Isso porque as eleições presidenciais do clube já movem, sempre com muita polêmica, o cenário político do clube. O atual presidente, Alexandre Campello tenta a reeleição, concorrendo com outros quatro candidatos para comandar o clube no próximo triênio.
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Essa é a primeira eleição presidencial do Vasco sem a presença, participação e influência de Eurico Miranda, que faleceu aos 74 anos, em março de 2019, devido a um câncer no cérebro.
Quando será a eleição presidencial no Vasco?
Alexandre Campello chegou a afirmar, em um vídeo postado em sua rede social, que tentou adiar a data de votação para o começo de dezembro, a fim de dar "mais legitimidade" ao processo de escolha do novo mandatário, de acordo com as palavras do próprio cartola. Entretanto, o presidente da Assembleia Geral do Cruz-maltino, Faues Mussa, diz que, por razões estatutárias, a eleição precisa acontecer na primeira quinzena de novembro. Após reunião realizada no dia 5 de novembro, ficou estabelecido que o dia 14 seria a data para o pleito, de forma virtual. Foi a primeira de muitas polêmicas.
Isso porque na noite de 6 de novembro, o desembargador Camilo Ribeiro Ruliére derrubou a liminar que determinava eleições online para o próximo dia 14. A decisão também remarcava o pleito para o sábado, 7 de novembro, na sede do clube em São Januário. Ou seja, além da mudança da data, mudou-se o sistema eleitoral. Às 23h08 (de Brasília) de sexta, o Vasco confirmou a realização da votação para às 09h do dia seguinte.
Uma longa fila se formou a partir de 08h40 nos arredores do ginásio vascaíno no sábado de votação. No entanto, o pleito teve seu início adiado pois dois dos principais nomes da política do clube, Jorge Salgado, candidato a presidente, e Faués Cherene Jassus Mussa, presidente da Assembleia Geral, tentaram - sem sucesso - interromper o pleito em seu início. Mussa pediu reconsideração a respeito da decisão tomada na noite anterior, justificando que não havia tempo hábil para a realização do pleito neste sábado.
Os primeiros votos começaram a ser registrados perto das 10h (de Brasília). Os votos seriam aceitos até 22h. Entretanto, às 20h deste sábado (07), o departamento jurídico do clube recebeu um e-mail com ordem de paralização do pleito, expedido pelo TJD (Superior Tribunal de Justiça) a pedido de Faues Mussa.
Segundo o GE, a votação chegou a ser retomada assim que Mussa deixou a sede de São Januário, por volta das 21h. Entretanto, a ordem judicial tira a sua validação - ao menos neste momento. Inclusive, o vice-presidente jurídico do Vasco, Rogério Peres, fez questão de pedir ao vice-presidente da Assembleia Geral do clube, Alcides Martins, para registrar a isenção de responsabilidade do clube diante da insitência pela retomada dos votos, mesmo com a proibição judicial, pela mesa diretor
Quem são os candidatos à presidência?
Cinco nomes disputam o cargo mais alto da política do Vasco. O atual presidente Alexandre Campello (chapa "No Rumo Certo") terá como concorrentes Jorge Salgado ("Mais Vasco"), Julio Brant ("Sempre Vasco"), Luiz Roberto Leven Siano ("Somamos") e Sérgio Frias ("Isso Aqui É Vasco"). Os dois últimos citados disputam as eleições pela primeira vez.
Como funciona a escolha do novo presidente?
O novo presidente do Vasco da Gama será escolhido pelos sócios do clube. A proposta das eleições diretas avançou e essa será a primeira vez que tal modelo será usado desde 1921. Quem vencer comandará o Vasco entre os anos de 2021 e 2023.
Aproximadamente 9.200 eleitores estão aptos à votar e escolher o próximo mandatário do clube, mas segundo o GE o número de votantes ultrapassou a casa dos 2.500 eleitores. Por causa de toda a situação caótica, os votos não começaram a ser apurados neste sábado (07).

