Cristiano Ronaldo se apresentou à seleção portuguesa sob dúvidas. Afinal de contas, havia sido substituído nos últimos jogos da Juventus e a explicação do técnico Maurizio Sarri era de que o atacante sentia alguns incômodos físicos.
O português não escondeu a irritação pela substituição contra o Lokomotiv, na Liga dos Campeões, e dias depois subiu o tom ao nem ficar no banco de reservas quando Dybala entrou em seu lugar, além de ter deixado o Allianz Stadium antes do apito final contra o Milan.
Nas duas ocasiões, as mudanças de Sarri deram certo: a Juventus conseguiu as vitórias justamente sem ter o seu principal jogador em campo. Ou seja: CR7 precisaria dar uma resposta com a seleção portuguesa, seu porto-seguro.
E não havia adversário melhor para enfrentar, neste momento de críticas e desconfianças em meio a um de seus piores inícios de temporada, do que a Lituânia. Afinal de contas, no duelo anterior contra o mesmo adversário (14), Cristiano havia feito quatro gols na vitória por 5 a 1.
No Estádio do Algarve, nesta quinta-feira, tudo deu certo para o grande astro português. Cristiano sofreu pênalti logo no início do primeiro tempo e abriu a contagem. Ele faria outros dois na goleada por 6 a 0.
Se em 14 jogos pela Juventus foram apenas seis gols anotados em 2019-20, somente contra a Lituânia CR7 somou sete nos dois encontros válidos pelas Eliminatórias. O craque de 34 anos foi substituído na reta final do encontro, mas o semblante foi muito diferente ao de dias atrás.
E como se a seleção não fosse porto-seguro o bastante para lhe acolher neste momento, o técnico Fernando Santos ainda voltou a dar declarações que podem ser interpretadas como indiretas a Maurizio Sarri.
“Dúvidas desfeitas? Para quem as tinha... Eu não tinha nenhuma dúvida, disse isso na conferência de imprensa (do dia anterior). Nada me surpreende no Cristiano".
