Aos 41 anos de idade, Gianluigi Buffon conquistou quase tudo o que um jogador profissional pode vencer, incluindo uma Copa do Mundo com a Itália, em 2006. No entanto, o goleiro, tido como um dos melhores da posição em todos os tempos, sempre 'bateu na trave' no tema Champions League. Mas agora, 18 anos depois de iniciar sua primeira passagem pela Juventus, Gigi deposita o cobiçado sonho de ganhar o maior campeonato da Europa em outras mãos.
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As frustrações com os vices da Liga dos Campeões diante de Milan (2002), Barcelona (2015) e Real Madrid (2017) teriam influenciado diretamente na decisão do ídolo da Juve em trocar Turim pelo Paris Saint-Germain no último ano, uma aposta para, enfim, erguer o troféu da competição. Na época, cogitado como um dos favoritos a vencer a Champions, o PSG esbanjava confiança devido com um elenco farto de estrelas no ataque, como Neymar, Cavani e Mbappé, uma defesa sólida liderada por Thiago Silva e, claro, a segurança sob as travez oferecida pelo próprio Buffon.
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A surpreendente mudança para Paris após quase duas décadas de Juve não rendeu o resultado esperado. Pior do que isso, o italiano ainda levou o peso de ser um dos responsáveis pela eliminação da equipe para o Manchester United, falhando decisivamente naquela que, no fim das contas, foi sua única participação em Champions pelo time francês.
O erro de Buffon é quase um capítulo final àquele que, em campo, sempre foi tido como uma das figuras mais decisivas no futebol - ao menos num primeiro momento. Considerado um dos mais experientes do elenco bianconero, Buffon não só encerrou o breve ciclo no PSG, como optou por retornar a antiga casa, a Juventus, que atualmente, conta com um dos melhores elenco do torneio. Era outro esforço do arqueiro de olho no título da Champions.
Mesmo tendo retornado ao time onde passou a maior parte da carreira, o Gigi não é mais tido como a principal figura e influência do clube. A Juventus se prepara para a estreia na Champions League 2019-20 contra o Atlético de Madrid, nesta quarta-feira (18), às 16h (Brasília), e, para essa missão, se apoia em outras figuras de liderança, entre elas a de Cristiano Ronaldo. Na linha, nomes como o bósnio Pjanic, o argentino Dybala e, mais recentemente, o jovem holandês De Ligt são as apostas para uma nova era de vitórias em Turim.
Buffon não leva mais a faixa de capitão no braço, como fez durante tantos anos e, no que ainda pode ser estranho para muita gente, volta ao time italiano para ser reserva do polonês Szczesny que, aos 29 anos, não passa sequer perto de repetir os feitos de carreira do italiano. Mas é por suas mãos que, possivelmente, a Juve pode lavar a alma e conquistar a Europa pela primeira vez desde 1996 - realizando também o desejo há muito adiado de Gigi.
De qualquer forma, o veterano segue na busca pelo inédito título de sua carreira, sem o mesmo estrelismo e importância de antes, é verdade, mas sempre presente entre os melhores elencos da competição - seja na Itália ou na França. E é assim que o experiente Gianluigi Buffon segue sonhando.