Por que Romário, rei da área, imortalizou a camisa 11?

Hoje é impossível pensar em Romário sem imaginá-lo com uma camisa 11. Ainda que tenha utilizado outros números nas excelentes passagens por PSV (entre 1988 e 1993) e Barcelona (entre 1993 e 1995), o Baixinho ficou imortalizado mesmo envergando os dois traços às costas.

Foi assim por Vasco, Flamengo e especialmente pela seleção brasileira – e também em outros clubes onde, já consagrado, teve boa passagem, como no Fluminense.

Autor de mais de mil gols no geral, embora oficialmente a conta não passe dos 800, Romário é sinônimo de bola na rede como referência no ataque. Uma curiosidade é que tradicionalmente o número que imortaliza os maiores centroavantes costuma ser o “9” (como no caso de Ronaldo Fenômeno).

ronaldo romario Confederations Cup 1997 06062017Social Media

Romário usou o nove em uma temporada no Barcelona – onde passou mais tempo com a 10 às costas – e na maior parte de seu período no PSV, mas começou a carreira com a 11 porque não era um centroavante.

Pois ainda que hoje em dia um jogador possa utilizar praticamente a numeração que quiser, décadas atrás elas seguiam uma lógica por posições. No Brasil, a camisa 7 era destinada ao ponta-direita e a 11 ficava com o ponteiro do outro lado.

Romário apareceu com destaque pelo Vasco, em 1985, fazendo dupla de ataque com um já veterano Roberto Dinamite que exercia a função de centroavante. Como jogava em velocidade pelos lados, ainda que centralizando as últimas ações, a camisa 11 foi destinada a Romário.

O Baixinho não era necessariamente um ponta-esquerda, mas jogava a partir daquele setor – situação bem comum a partir daquela metade de década de 80, como o jornalista Paulo Vinícius Coelho explica de forma bem mais minuciosa no livro Escola Brasileira de Futebol.

Com o passar das décadas Romário virou um centroavante, mas já estava imortalizado com a 11 que o escolheu.

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