Jan Oblak Atletico MadridGetty

Plano de Simeone derrapa no Atlético e fica a lição: Oblak não salva sempre

O Atlético de Madrid desperdiçou uma boa oportunidade de voltar à primeira posição do Campeonato Espanhol, levando em conta que possui um jogo a mais em relação aos rivais Real e Barcelona (cujo clássico precisou ser adiado por conta das agitações sociais na Catalunha). Mas ficou apenas no empate por 1 a 1 com o Alavés, fora de casa, e segue mostrando irregularidade neste início de temporada após 11 rodadas do certame nacional.

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A equipe treinada por Diego Simeone, uma das que mais gastou dinheiro no mercado de transferências, continua encontrando dificuldades para criar jogadas. Poupando jogadores importantes como Koke, e sobretudo Thomas Partey, os Colchoneros fizeram primeiro tempo ruim. A situação melhorou justamente quando o técnico fez uso de suas três substituições, já na segunda etapa.

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Thomas Partey, que ao longo da atual temporada tem sido a grande força no meio-campo do time, fez rapidamente a diferença ao entrar na vaga de Marcos Llorente e Álvaro Morata voltou a ser decisivo: pelo terceiro jogo consecutivo, o espanhol (que substituiu o meia Héctor Herrera) balançou as redes. Ángel Correa deu a assistência, em lance aos 70’ que teve a primeira participação de Koke. O meio-campista entrou na vaga de um Diego Costa que segue rendendo abaixo do esperado e sequer finalizou.

Apesar da menor posse de bola no segundo tempo, o Alavés seguiu dando trabalho ao Atleti. Oblak continuou mostrando segurança no gol. O esloveno poderia ter deixado o gramado do estádio Mendizorroza como o arqueiro com maior número de cleensheets* pelo clube, mas com cerca de dez minutos de jogo a serem disputados o atacante Lucas Pérez, que passou pela base colchonera, acertou um lindo chute, indefensável até mesmo para o jogador mais decisivo do alvirrubro de Madri.

O plano de Simeone, de poupar alguns dos principais jogadores que tem à sua disposição (outros, como João Félix, estão lesionados), não deu nada certo e a impressão foi de que os Colchoneros desperdiçaram os 45 primeiros minutos. Foi algo reconhecido pelo técnico argentino, que por sua vez também reconheceu, ainda que veladamente, a dificuldade para fazer o seu time jogar mais.

“Precisamos ficar com o segundo tempo. Se um time não começa bem, a responsabilidade é do treinador”, disse o argentino após o jogo. “O rival fez um grande primeiro tempo, melhor do que nós, e depois teve o golaço do Lucas, espetacular. As coisas estão cada vez mais claras para mim e as rodadas vão passando”.

Diego Simeone Atletico de Madrid Bayer Leverkusen UCL 22102019Getty(Foto: Getty Images)

Deixar de ser um time majoritariamente reativo, para evoluir em uma equipe que dita o ritmo e deixa os adversários contra a parede, é uma das missões de Simeone nesta atual temporada. As dificuldades até o momento são notáveis e os resultados vão decepcionando: em 14 jogos válidos por todas as competições, apesar de apenas uma derrota o Atleti já acumula seis empates. Poderia ser pior se Oblak não tivesse feito tantas defesas importantes até o momento.

O problema é que o goleiraço do Atleti nem sempre vai conseguir salvar o time, que ainda não sabe muito bem o que faz em campo.

*Chama-se de cleansheet os jogos em que o time não sofre gols
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